A prova em Spa-Francorchamps é uma das queridinhas do campeonato, mas como é ver o GP da Bélgica ao vivo? É bem provável que não será uma experiência das mais confortáveis, mas será memorável para o fã de F1.
É uma das provas raiz do campeonato, com inúmeras opções de aproveitar bem a sensação de velocidade da pista. Arrisco dizer que você vai respeitar mais os pilotos depois de vê-los andar por lá!
Compre ingresso para: general admission
Aí vai depender da sua disposição de encarar as ladeiras, longas distâncias e o clima imprevisível da floresta das Ardenas: o general admission do GP da Bélgica dá um acesso muito bom por 230 dólares.
Lembrando que você estará em um circuito icônico, e com muitos sobes e desces (o que significa ótima visibilidade para este tipo de ingresso, que não inclui entrada em arquibancada, trata-se de uma grande opção. Quer uma comparação? Em Silverstone, onde a visibilidade não é tão boa, o mesmo ingresso sai por quse 350 dólares!
Se o esquema de andar bastante, na chuva ou no sol (às vezes em ambos no mesmo fim de semana), e madrugar no domingo para ter um bom lugar não for sua praia, recomendo a Gold 4. É uma arquibancada coberta com uma excelente visão da Eau Rouge e Raidillion, que custa 540 dólares para os três dias.
Crianças de 6 a 12 anos pagam meia entrada. Crianças de até seis anos entram de graça, mas não podem ocupar um assento na arquibancada.
Hospede-se em: camping ou alugue casa inteira
A grande dificuldade de ir para o GP da Bélgica é entender qual a melhor opção de acomodação. A situação é parecida com a Áustria, mas há menos opções de camping e pelo menos alguma opção de transporte público.
A experiência mais original na Bélgica é acampar, mas espere menos conforto do que em Silverstone ou no Red Bull Ring. O investimento será baixo, menos de 180 dólares para estacionamento e área para até cinco tendas. Mas você vai ter banheiro e chuveiro básicos, vai poder andar para a pista, e é isso. Para ter um pouco mais de conforto, você pode alugar um motorhome e pagar pela vaga de camping. Só aviso que os campings costumam ser regados a muita cerveja e você provavelmente vai acordar com “Super Max” na cabeça.
A solução a que nós, jornalistas, costumamos recorrer é o aluguel de casas nas cidades vizinhas à pista, como a própria Spa, Malmedy, Stavelot. Não é barato mas, se você estiver com uma turma, o preço se dissolve. Por exemplo, dá para encontrar uma casa de 11 camas por 3500 dólares no Airbnb, procurando com antecedência. Mas isso provavelmente significa que você vai precisar de um carro, e também de um motorista da rodada.
Se o camping e o aluguem do carro são não opções, você vai conseguir pagar mais barato (menos de 150 dólares de sexta a segunda) e ter mais conforto em cidades que ficam mais longe de Spa. Mas vai aceitar que vai demorar mais para sair e chegar da pista.
Vá ao GP da Bélgica ao vivo de… depende!
Essa resposta está relacionada a sua decisão a respeito da hospedagem para o GP da Bélgica. Optando pelo camping, você vai a pé. Se ficar em algum lugar mais afastado de grandes cidades, o jeito será alugar um carro.
O estacionamento custa 20 euros por dia e é bom comprar com antecedência pelo site oficial do evento. Outra opção é estacionar de graça a 5km da entrada do circuito e alugar uma bike no estacionamento. Este também é um serviço oferecido pela organização.
Mas também há opções de transporte público e ônibus que circulam apenas durante o evento. São duas opções: um trem até Verviers. De lá, há um serviço de ônibus que leva 45 minutos para chegar na pista. São 20 euros por viagens ilimitadas por todo o fim de semana.
Ônibus especiais são opção
A outra opção é usar um dos serviços de ônibus especiais que saem de várias cidades. Eles custam 50 a 55 euros por dia, o que pode parecer muito. Mas abrem a possibilidade de arrumar hospedagem em uma cidade maior, como Maastricht ou Aachen (as melhores opções, junto de Liège, que costuma lotar rápido). Parece caro, mas você gastaria 40 euros em três dias de trem de Aachen para Vervier + 20 do ônibus. Então a diferença por esse conforto extra de só entrar no ônibus e acordar quando chegar na pista vale a pena.
Dá até para sair de Bruxelas ou Colônia, mas você estará bem longe da pista e sairá antes das 7h da manhã. Claro que você pode ficar na capital belga, pegar o trem para Verviers e o ônibus. Mas, de qualquer maneira, estará a 155km da pista e não será um percurso rápido de ser percorrido. Eu só recomendaria ficar tão longe se você tiver ingresso para apenas um dia. Viajar 300km por dia três dias seguidos é pesado!
Não perca: as cervejas
Imagine fazer um tour de cervejas trapistas? Entendedores entenderão. E se não for na Bélgica, onde mais? Além disso, a Bélgica também é a terra do chocolate. Das batatas fritas. E dos mariscos.
Aliás, uma história curiosa sobre as fritas é que elas são conhecidas como French fries pelos americanos por um erro de geografia. Eles achavam que estavam no norte da França quando comeram a “iguaria” durante a segunda guerra. Mas na verdade estavam em território belga. Em todo caso, é melhor não pedir French fries na Bélgica!
Combine com: qualquer direção está valendo
Pensando em uma viagem de carro, dá para esticar ao sul para Luxemburgo, ao leste para Colônia ou até a maravilhosa Berlim, na Alemanha, ao norte para a Holanda ou mesmo conhecer as belas cidades belgas de Bruges e Antuérpia. E o melhor é que, saindo de Liège ou Verviers, dá para fazer tudo isso de trem.
Quanto fica ver o GP da Bélgica ao vivo?
Agora que o GP da Bélgica mudou para o auge do verão europeu, ficou mais caro ir para a prova. A passagem aérea está acima de 1100 dólares. Outra despesa que vai determinar o quão cara é a brincadeira é a hospedagem.
O restante dos custos fica por conta da opção para resolver a questão de hospedagem x acesso ao circuito. Vamos supor que você vai gastar 400 dólares com esse combo se estiver sozinho (estou pensando em acomodação em Aachen + ônibus fretado).
Lembrando que este não é o gasto mínimo para ver o GP. E, sim, o melhor custo-benefício:
Vale a pena ver o GP da Bélgica ao vivo?
É uma daquelas provas que todo fã de F1 imaginou ver de perto um dia. Mas, pela localização da pista, não é um evento para qualquer um. É preciso um certo espírito aventureiro. E um par de galochas caso a chuva venha.
4 Comments
Olá Julianne!
Adoro o turistando e só vou anotando as dicas para quando resolver assistir a algum GP fora do país, embora esteja difícil conseguir a$$istir um por aqui mesmo.
Rs
Gostaria de aproveitar para fazer duas perguntas fora do contexto do turistando, caso não se incomode:
01. Como ficou os bastidores do GP com o Fernando Alonso dizendo aos quatro ventos que teve duas propostas da Red Bull esse ano?
02. Como anda o Paddock com essa situação da Force India? Li que o Karun Chandok teria soltado de forma extra oficial que em Singapura o Lance já estará por lá e que Kubica assume a Williams. Ocon estaria na McLaren e Vandoorne a pé (e talvez fique com a vaga do contestado Grosjean). Como se desenrola essa situação?
Grande beijo e bom trabalho
Um gtande abraço a todos do blog!
– um ingresso que também pode valer o gasto é o da arquibancada em frente à descida em direção à Eau Rouge, mas de concreto e descoberta – então tem que levar chapéu/boné por causa do Sol forte e capa por causa da chuva, como disse a Julianne é muito provável as duas condiçoes durante o weekend ou até num mesmo dia. Por ser descoberta é categoria Silver, preço entre a Gold e a Bronze (esta a denominação da General Admission). Atrás dessa arquibancada fica o amplo pátio com os estandes de produtos de merchandising das equipes e alguns quiosques de lanches e bebidas. Do alto dessa arquibancada certamente se poderá ver os carros fazendo a Eau Rouge sem nenhuma grade ou tela na frente, e, claro, se pode caminhar pelos caminhos no interno do circuito que é para qualquer tipo de ingresso.
– e duas sugestões de turismo na região: há um museu contando a história do circuito na cidade de Stavelot – uma das que formavam o ‘triângulo’ da pista de estradas original – com uma pequena mas espetacular coleção de carros de corrida: um Porsche 917 da equipe Gulf-Wyer que foi pilotado pelo magnífico piloto Pedro Rodriguez e alguns bólidos de todas as épocas dos Grands Prix (o circuito existe há mais de 90 anos !…). Fica no subsolo de um antigo prédio público que agora é um centro cultural e de lazer da cidade. E se pode visitar na segunda-feira, no dia seguinte à corrida.
– em Stavelot também utilizei bastante o supermercado lá para comprar comida quando estive hospedado num albergue ou em moradia. Eu e boa parte dos acampantes no evento, lotado ficava…
– e em Malmedy há um muito bom albergue chamado “auberge de jeunesse hautes-fagnes” – este nome é o da região ali, junto à fronteira com Alemanha e onde há trilhas para caminhada e para bicicross. O detalhe importante é checar a disponibilidade (é hospedagem relativamente barata, com quartos de 2 beliches) e, antes de tudo, se o weekend do GP não coincide com a ‘semana de férias’ do albergue, quando simplesmente fica fechado.
Juliana, tudo bem? Irei ai GP este ano
Este serviço de onibus entre Verviers e o Autodromo é comprado na estação?
Paga 20 Euros uma unica vez e é ilimitado ida e volta por todo o final de semana. Obg!
Olá Rodrigo,
As informações estão neste site: https://www.spagrandprix.com/en/tickets-city-shuttle