F1 GP da Grã-Bretanha em números: Webber e Vettel reinam no pódio e o feito de Massa em perspectiva - Julianne Cerasoli Skip to content

GP da Grã-Bretanha em números: Webber e Vettel reinam no pódio e o feito de Massa em perspectiva

A nona vitória da carreira de Webber – a 30ª da Red Bull em três temporadas e meia – fez com que o australiano superasse o maior ícone do automobilismo de seu país, Jack Brabham, em número de pódios, 32. A conquista veio em um circuito talismã para Webber, que largou entre os três melhores nas últimas cinco oportunidades, sendo que chegou ao pódio em quatro delas.

Apesar da Red Bull parecer ter o melhor carro há algumas etapas, tivemos, em nove corridas, sete vencedores diferentes, sete pilotos distintos em segundo e sete em terceiro. Assim, nenhuma equipe tem mais de seis pódios (McLaren e Red Bull têm seis, Ferrari e Lotus, cinco) ou conquistou uma dobradinha.

Falando em pódios, esta foi a nona oportunidade em que Webber, Alonso e Vettel estouraram o champanhe juntos. Apesar dos pilotos da Red Bull estarem ambos entre os três primeiros pela primeira vez neste ano, é a 22ª oportunidade em que isso se repete (24%), o que representa quase um pódio conjunto a cada 4 provas desde 2009, quando o alemão chegou no time. Webber, aliás, só subiu ao pódio quando venceu em 2012.

Vettel, como de costume, até que tentou uma volta mais rápida no final, mas agora tem no grid um rival especialista no assunto: Kimi Raikkonen adicionou em Silverstone mais uma para sua coleção, que agora é de 37 voltas mais rápidas e o coloca em terceiro na história.

Tinha que ser Fernando Alonso para acabar – ainda que parcialmente – com a graça da maldição do líder do campeonato. Um segundo lugar está longe de ser um mau resultado, mas permanece a escrita (que durou por todo ano de 2010) de que o líder não vence a corrida. Digo que tinha de ser o espanhol pois sua fase é incrível: pontuando nas últimas 21 corridas em sequência, tem o maior número de pódios (5) e de voltas lideradas (152, contra 119 de Vettel) na temporada.

Nas 21 vezes em que largou da pole – algo que não acontecia desde o GP de Cingapura de 2010 – o piloto da Ferrari só ficou de fora do pódio em uma ocasião, em 2009, na Hungria, quando a Renault não fixou bem uma de suas rodas. A espera de Alonso por uma pole, de 32 GPs, não se compara com as maiores da história, de Mario Andretti e Giancarlo Fisichella, que disputaram 108 GPs entre poles consecutivas. Foi a 206ª vez que uma Ferrari largou em primeiro, mas apenas sua terceira (todas com Alonso) desde o início de 2009.

Outra prova da evolução ferrarista foi o quarto lugar de Felipe Massa, seu melhor resultado desde o GP da Coreia de 2010. No entanto, neste período, Alonso foi quarto ou melhor em 66% das corridas – o espanhol tem 25 pódios em 47 provas pela Ferrari e, inclusive, está a dois de alcançar Ayrton Senna e se tornar o terceiro maior colecionador de trofeús na história. Além disso, a seca de pódios do brasileiro é, de longe, a maior da história da equipe italiana. Antes dele, Gilles Villeneuve tinha ficado 19 provas sem chegar entre os três primeiros do GPs dos EUA de 1979 a Mônaco 1981.

Nico Rosberg teve seu pior resultado, contando as provas que terminou, desde o GP da Itália de 2009, quando ainda corria na Williams. Como o alemão ficou de fora do Q3 pela primeira vez no ano, agora apenas Lewis Hamilton e Romain Grosjean largaram entre os 10 primeiros em todas as etapas.

Falando em um final de semana ruim, Jenson Button ficou de fora de um Q2 pela primeira vez desde o GP do Brasil de 2008, nos tempos de Honda. Desde o GP da China, o melhor resultado do inglês foi um oitavo lugar. Com isso, a McLaren saiu do top 3 entre os construtores pela primeira vez desde o GP do Japão de 2009, e a Grã-Bretanha viu o pior resultado de seus pilotos em casa desde 2006, quando Coulthard foi 12º e o próprio Button abandonou. Outro que ajudou negativamente nessa estatística foi Paul Di Resta, que vinha em uma sequência de 23 provas completadas, a quinta maior da história – a maior é de Nick Heidfeld, que se classificou em 41 provas consecutivas.

3 Comments

  1. Julliane, o titulo ficara entre os trÊs do pódio de Silverstone, ou ainda existe alguma possibilidade para Hamilton e Kimi?

    • No caso do Hamilton, como a maioria dos pontos que perdeu não tem a ver com o desempenho do carro (isso só pesou contra em Mônaco, Valência – pelo desgaste – e Silverstone) acredito que ele possa lutar. Porém,considero importante que ele não saia da Hungria perdendo mais que 50 pontos em relação ao líder.
      Quanto ao Kimi, vejo o carro da Lotus sensível demais, com muitos altos e baixos e crescendo apenas no final das corridas. Isso não é suficiente, no momento, para bater carros mais consistentes em qualquer tipo de clima/pista, como Red Bull e Ferrari. Por isso, acredito que ele vai continuar pontuando bem, mas dificilmente vai deixar de perder pontos em relação aos da frente com a regularidade que precisa para descontar a diferença atual.

  2. Ayrton Senna chegava ao pódio no tempo da Lotus. Depois, na McLaren, era vitória ou abandono, quase não tinha meio-termo rsrsrs kkk…
    1988 trës segundos lugares, nenhum terceiro
    1989 um segundo, nenhum terceiro
    1990 três terceiros, dois segundos
    Onde quero chegar: Ayrton tinha uma proporção bem maior de vitórias em seus pódios, com todas as causas e efeitos disso…


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