F1 GP do Qatar horários e guia da pista - Julianne Cerasoli Skip to content

Guia do GP do Qatar

O GP do Qatar apareceu timidamente na temporada 2021 como alternativa a provas canceladas devido à pandemia. Mas veio para ficar com um contrato de 10 anos com a F1. A ideia inicial era fazer outro circuito. Porém, a casa da categoria a longo prazo deve ser mesmo o circuito de Losail, velho conhecido da MotoGP. E que teve toda a parte de paddock renovada para atender aos padrões da Fórmula 1.

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O desenho da pista se manteve o mesmo, mas o asfalto foi refeito para a etapa de 2023. É um circuito de curvas de raio longo e alta velocidade, colocando muita energia nos pneus. Por outro lado, é uma corrida noturna. Ou seja, com a temperatura da pista mais sob controle do que em provas ao entardecer, como Abu Dhabi, por exemplo, que acontece na mesma época em 2024.

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O GP do Qatar é o último final de semana de sprint do campeonato.

Qual o melhor acerto para o Circuito de Losail

A pista é basicamente uma sequência de curvas de raio longo, de média e alta velocidades, seguidas por trechos de aceleração plena. A reta principal tem 1,1km, o que é um tamanho médio para os padrões atuais da Fórmula 1.

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Há apenas uma curva mais lenta. Na verdade, durante uma volta de classificação, os pilotos só precisam descer até a quarta marcha uma vez! Dá para entender por que o mais importante em Losail é ter estabilidade em curvas de alta velocidade.

É uma combinação que favorece um pouco mais de carga aerodinâmica para os pilotos terem confiança de atacar as curvas. O nível de downforce é semelhante a Zandvoort.

A pista também tem um toque de Suzuka, com uma sequência de curvas de alta velocidade entre a 12, 13 e 14. Mas com a diferença que todas são para a direita. Todas elas são feitas em sétima marcha, e é preciso atacar bastante a zebra, com velocidades que podem cozinhar os pneus no último setor.

Aliás, cuidar dos pneus, principalmente dianteiros, é uma prioridade. Eles sofrem com superaquecimento por conta da sequência de curvas de raio longo e velozes.

Ultrapassagens do GP do Qatar

As duas primeiras corridas que a F1 fez no Qatar ficaram acima da média de ultrapassagens, perto de 50 por GP. Isso, com dois regulamentos diferentes, em 2021 e 2023. Apesar da pista ser estreita, ela permite a tomada de linhas diferentes nas curvas de alta velocidade para tentar escapar da turbulência e chegar mais colado na zona de DRS na reta principal.

Por outro lado, quando quase todo mundo fez a mesma estratégia por conta de um Safety Car em 2024, o número de manobras caiu para cerca de 25.

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A reta não é das mais longas e a pista em si é estreita, mas é possível ultrapassar por conta do desgaste de pneus acentuado pelas curvas de alta velocidade em sequência.

Qual é a melhor estratégia para o GP do Qatar

Dá para apostar que vai se falar muito em pneu ao longo do final de semana. Com compostos diferentes e carros com outro regulamento, em 2021, houve um estouro de pneu na Mercedes de Valtteri Bottas. Ele tentava fazer uma parada em 2021.

Dois anos depois, os pneus roubaram totalmente a cena, pois a Pirelli encontrou cortes microscópicos gerados pela combinação entre a força exercida por um longo período de tempo nas zebras das curvas de alta velocidade e a própria característica dessa zebra. Cada jogo de pneu só pôde ser usado por 18 voltas no máximo.

E, em 2024, também houve dois estouros de pilotos que tentavam levar o pneu médio a mais de 35 voltas.

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Por um lado, o estresse gerado por essas curvas velozes de raio longo gera muito desgaste de pneus. Por outro, as mesmas curvas rápidas fazem com que seja difícil ultrapassar, então as equipes evitam ao máximo fazer múltiplas paradas. O problema é encontrar esse limite porque, quando o pneu está muito desgastado e já não tem muita borracha, ele fica muito mais exposto a estouros e foi isso o que vimos em anos anteriores

Em 2021, a estratégia ideal foi começar com o pneu médio, depois colocar o duro, e terminar o GP com outro stint no médio. Em 2023, mesmo com o limite de voltas por composto, os pneus macios quase não apareceram na prova. E, em 2024, foi uma corrida de uma parada com médio-duro.

Como foi o GP do Qatar de 2024

O Grande Prêmio do Qatar foi aquela corrida decidida por um espelho retrovisor. Verstappen vinha liderando, mas vinha sob intensa pressão de Norris. Até que um espelho retrovisor perdido pela Williams de Albon causou uma bandeira amarela dupla na reta principal, neutralizando o principal ponto de ultrapassagem da pista. 

Norris, tentando ultrapassar Verstappen, recebeu uma penalidade dura por não diminuir a velocidade durante a bandeira amarela, e saiu da disputa. Logo depois, o carro de Bottas atingiu o espelho retrovisor, e na sequência os pneus de Hamilton e Sainz furaram, levando a um Safety Car.

A maioria dos pilotos não tinha parado, então Norris caiu para último quando cumpriu seu stop and go de 10s. Verstappen venceu, com Leclerc em segundo e Piastri (que tinha parado na volta anterior ao SC) em terceiro.

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