Os lançamentos da F1 2023 mostraram um refinamento dos carros no segundo ano após uma revolução nas regras. Este regulamento também traz algumas novidades menores, mas importantes para tentar resolver o problema do porpoising.
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É bem verdade que as apresentações das equipes têm focado mais em mostrar os parceiros comerciais, novos esquemas de cores e as duplas de pilotos. Algumas equipes fazem lançamentos virtuais, sem sequer apresentar fotos verdadeiras dos carros. E, quando a máquina está presente, é usada uma configuração mais neutra, sem os detalhes nas asas ou mesmo no difusor.
Mas todas as equipes já colocaram os carros na pista, e aí não tem o que esconder. Quer dizer, a não ser que você seja a Red Bull e não tenha mostrado o carro de verdade no lançamento e nem tenha divulgado nenhuma foto de seu shakedown…
Lançamentos da F1 2023: os carros do grid lado a lado
Novas pinturas lançadas até aqui
the AT04 hits the track for the first time with @yukitsunoda07 behind the wheel! 🤙 pic.twitter.com/mjdIOayCG5
— Visa Cash App RB F1 Team (@visacashapprb) February 14, 2023
O que dá para ver de diferente nos lançamentos dos carros?
Dá para diferenciar os carros por meio do formato do chassi, já que ele tem de passar pelos testes de resistência. Em 2022, o formato dos bicos era diferente entre um carro e outro, assim como as laterais.
Nos lançamentos da F1 2023, será interessante notar se alguém optou por um carro mais curto, a exemplo do que a Alfa Romeo fez ano passado. A busca é por diminuir o peso, já que o limite mínimo não será menor neste ano, ao contrário do que foi noticiado. Isso por pressão das equipes, que seguem com dificuldade de chegar neste peso mínimo, que é de 798kg.
O lado ruim de tornar o carro mais curto é diminuir a distância entre o pneu dianteiro e a lateral do carro, onde ficam as tomadas de ar. Esse foi um ponto em que os carros de 2022 eram diferentes entre si. As três primeiras colocadas no campeonato, Red Bull, Ferrari e Mercedes, tinham conceitos distintos. Em 2023, essa parte dos sidepods continuará dando o que falar. A tendência é que vejamos mais carros com um vão entre o assoalho e o sidepod, como a campeã mundial tinha desde o primeiro teste com o carro de 2022, para melhorar o fluxo de ar.
Isso porque as mudanças que fazem o assoalho subir para tentar diminuir os quiques ocorrem principalmente nessa parte mais central do carro.
O que muda nas regras técnicas da F1 em 2023?
O pacote de mudanças anti-porpoising tem quatro pontos: as bordas do assoalho foram aumentadas em 15mm. No difusor, a altura da chamada, que fica escondida na parte de baixo do carro, foi aumentada. A rigidez da borda do difusor também aumentou. E um sensor adicional foi colocado para monitorar de forma mais eficaz o movimento que causa os quiques.
Falando em assoalho e difusor, eles seguem sendo fundamentais para a performance dos carros. Mas não os veremos nos lançamentos, apenas nos três dias de testes, entre 23 e 25 de fevereiro no Bahrein. Mesmo o que dá para ver em fotos geralmente é disfarçado nestes eventos de lançamento.
Uma mudança que não tem por que não ser visível nos lançamentos é o aumento dos espelhos retrovisores. A superfície do espelho vai passar de 150 a 200mm, então é algo que dá para perceber visualmente.
A resposta ao acidente de Zhou em Silverstone
Outra mudança na estrutura do santantônio, aquela parte quase triangular que fica acima da cabeça do piloto. O topo agora tem que ser arredondado e haverá um novo teste físico nesta parte do carro para a homologação do chassi. O ponto em que o teste é feito também ganhou uma altura mínima. É tudo uma resposta ao acidente de Guanyu Zhou na largada do GP da Grã-Bretanha, quando essa estrutura cedeu com a violência do impacto quando a Alfa Romeo do chinês capotou.
Essa imagem mostra bem como o santantônio ficou destruído. O carro teve de ser alçado pelo halo. A foto é minha.
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