Pontos | 146 (3º) |
Vitórias | 2 |
Pódios | 4 |
Abandonos | 1 (acidente) |
Posição média de largada | 4 |
Posição média de chegada | 3,6 |
Porcentagem de pontos da equipe | 52,1% |
Ponto alto: fez a estratégia de três paradas funcionar à perfeição com as quatro ultrapassagens, sobre Button, Massa, Rosberg e Vettel nas voltas finais do GP da China
Ponto baixo: as duas corridas seguidas – Mônaco e Canadá – em que se envolveu em três colisões, inclusive com Button, e se disse perseguido pelos comissários
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Lewis Hamilton já não é um novato. Está em sua quinta temporada, a quarta com alguma condição de ser campeão. E pela quarta vez o vemos conseguir resultados que parecem superar a condição do carro em alguns momentos e cometer erros de julgamento em outros. Descontando a punição da Malásia e as afobações de Mônaco e do Canadá, certamente o inglês estaria bem mais próximo de Vettel e provavelmente despontaria como seu único rival de verdade, mas o quanto dessas oportunidades perdidas não seriam resultado imediato dos riscos, tão fundamentais para suas vitórias?
Cada vez fica mais claro que Hamilton sempre vai jogar pontos pela janela, principalmente quando a McLaren não tiver carro para ganhar. Até porque ele não faz o tipo burocrático, que pensa no campeonato. Se houver a mínima chance de vencer, é difícil encontrar um piloto que vá tentar mais que ele.
Neste ano, já foram duas. Na primeira, na China, fez a estratégia funcionar ao conseguir quatro ultrapassagens nas voltas finais. Na segunda, na Alemanha, cuidou melhor dos pneus que Webber e não titubeou no momento certo para superar Alonso. Quase emplacou a terceira, não fosse o erro com os pneus supermacios.
E aí aparece outro ponto em que o inglês precisa trabalhar: principalmente na comparação com o companheiro, fica clara sua maior dependência em relação à equipe na tomada de decisões. Em momentos em que uma cabeça pensante dentro do cockpit faz a diferença – as classificações de Mônaco e Silverstone foram outros exemplos disso no ano – Button equilibra o jogo, mesmo não sendo tão veloz.
O duelo entre os dois não é particularmente apertado quando ambos estão na pista em condições normais. Hamilton é mais veloz aos sábados (8 a 3) e só chegou atrás do companheiro em corridas justamente nas três citadas acima (Malásia, Mônaco e Hungria). É a inteligência de Button que bate o estilo instintivo de Hamilton e faz com que a diferença na tabela não reflita a velocidade pura.
É lógico que, com um carro que sofreu altos e baixos no ano em termos de rendimento, é preciso arriscar mais, até porque a consistência não vai lhe garantir contra um rival mais forte – e que não quebra – e talvez Hamilton tenha sido o rival mais insinuante de Vettel até aqui. A variação dos seus resultados, porém, é reflexo do que isso lhe causa – frequentou mais o quarto posto que o pódio e ainda tem um oitavo e um sexto lugares.
Hamilton já perdeu 17 pontos em duas corridas quando só se podia fazer 10 por prova, já deixou uma decisão do campeonato durar até a última curva quando tinha boa vantagem, já bateu no finalzinho quando tentava uma vitória impossível, mesmo sem chance no campeonato. Tentar prever do que ele será capaz até o final do ano é inútil. O fato é que, ainda que estiver 100 pontos atrás em Interlagos, não vai medir esforços – e deixar de correr nenhum risco – para vencer.
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