F1 Mais feitos para Alonso – e três corridas nos pontos largando em 18º para Alguersuari - Julianne Cerasoli Skip to content

Mais feitos para Alonso – e três corridas nos pontos largando em 18º para Alguersuari

Fernando Alonso igualou em Silverstone uma marca que a F-1 do anos 1970 acreditava ser absoluta: as 27 vitórias do tricampeão Jackie Stewart. Foi um recorde que permaneceu intacto por 14 anos, de 1973 até 1987, quando Alain Prost alcançou o escocês. A partir daí, Nigel Mansell, Ayrton Senna e Michael Schumacher passaram do número, mas a conquista de Alonso o coloca em quinto lugar na lista dos maiores vencedores da história da categoria.

O espanhol está a quatro vitórias de igualar Mansell e a 14 de Senna, os próximos da lista. O que é muito improvável é que chegue nas 91 de Schumacher… O alemão, inclusive, é o único que alcançou as 27 vitórias mais novo que o asturiano de 29 anos.

Alonso também igualou Senna neste final de semana em um quesito, de voltas mais rápidas, ao conquistar sua 19º, mas com um ano a menos de carreira que o brasileiro.

Outro espanhol que mostrou serviço em Silverstone foi Jaime Alguersuari. O catalão marcou pontos pela terceira vez em sequência, um recorde pessoal. Porém, o mais impressionante é que, nestas três vezes, largou em 18º. Assim, o piloto da Toro Rosso é o único a pontuar por três vezes consecutivas depois de ser eliminado no Q1, desde que este sistema foi adotado, em 2006.

Alguersuari não foi o único jovem que foi bem no circuito britânico. Sergio Perez conquistou seu melhor resultado na curta carreira, de sete GPs, na F-1.

No primeiro final de semana desde o GP de Cingapura, em setembro do ano passado, em que não fez a pole ou venceu, Sebastian Vettel continuou somando números para sua coleção de recordes. O alemão ainda está a 10 GPs de igualar o recorde impressionante de 24 corridas sem largar de qualquer posição que não seja na primeira fila de Senna. Se conseguir essa façanha, também se tornará o quarto piloto a não sair atrás das duas primeiras colocações por toda uma tempordada, sendo os outros Damon Hill, Prost e, é claro, Senna.

Depois das sequências de Alonso e Hamilton caírem no Canadá, agora foi a vez de Jenson Button interromper a série de dez corridas terminando nos pontos. Isso, logo correndo em casa, onde tem uma “maldição” semelhante à de Rubens Barrichello e Mark Webber. Nunca subiu ao pódio, e ficou de fora justamente no dia em que completava 200 GPs na F-1.

Com o abandono de Button, agora apenas os dois pilotos da Red Bull completaram todas as voltas das nove corridas disputadas até aqui. E, para causar mais desespero em seus rivais, todas as vezes que não venceram, chegaram em segundo e terceiro lugares, sempre com Vettel à frente (veja no quadro comparativo como o alemão não foi superado em nenhuma prova por seu companheiro no ano).

Com essa consistência, Vettel igualou o início fulminante justamente de Alonso nas nove primeiras provas de 2006. Veja os resultados:

VET: 1 1 2 1 1 1 2 1 2
ALO: 1 2 1 2 2 1 1 1 1

Como já lembramos por aqui, aquele campeonato ficou aberto até a última etapa, com o crescimento de Schumacher na segunda metade da temporada. Para a história se repetir – lembrando que hoje a diferença entre o primeiro e o segundo lugares é proporcionalmente maior – é preciso que um rival desponte entre os quatro que perseguem o alemão.

Mas a Alemanha não é só feita de sucesso na F-1. Dois conterrâneos de Vettel “concorrem” por uma marca nada agradável: a de mais pontos feitos até a primeira vitória. É claro que a fartura atual de pontos ajuda, mas a comparação entre Nick Heidfeld (259) e Nico Rosberg (257,5) é válida. Porém, convenhamos, o piloto da Mercedes, com 26 anos recém completados e a carreira em ascensão, tem mais bala na agulha para se livrar desta incômoda marca.

Da Alemanha para a Austrália, a estreia de Daniel Ricciardo fez com que o país tivesse dois representantes no grid pela primeira vez desde o GP local de 1977, quando Alan Jones e Vern Schuppan largaram. Curiosamente, tanto o novo recruta da Hispania quanto Mark Webber são funcionários, na prática, da mesma empresa.

3 Comments

  1. Pelos feitos de Alonso, e pela quantidade de vitórias, a quantidade de títulos fica a quem do talento do espanhol. Nada contra os números absolutos de Shumacher, mas acredito que tal distância de vitórias, além do talento, tenha dois fatores mt importantes: um carro de outro planeta, aliado a uma concorrência não tão qualificada. Já Perez vem se mostrando do ramo.

    • Sem esquecer que Schumacher lucrou muito com a época em que os testes eram liberados à vontade e a Ferrari sempre teve muito recurso para desenvolver e se impor nas pistas.

  2. Quando Alonso apareceu para enfrentar Schumacher a torcida brasileira o adotou como o vingador contra tudo o que o alemão pretensamente fazia para prejudicar Barrichello e as quebras de recordes de Senna. Hoje o espanhol é inimigo nacional, o mau caráter que faz para prejudicar Massa na Ferrari. Resumindo: bobagem atrás de bobagem na forma de enxergar a F1. Mas ninguém pode negar que Fernando Alonso é um fora-de-série, um extra-classe. Sorte de quem consegue desfrutar da possibilidade de ver grandes pilotos sem passionalismos bobos.


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