F1 Mais nuvens sobre o real rendimento da Red Bull - Julianne Cerasoli Skip to content

Mais nuvens sobre o real rendimento da Red Bull

Enquanto Vettel mais uma vez provou ser imbatível na arte de controlar o ritmo largando da ponta, deixando cada vez mais para trás o estigma de piloto rápido na classificação, mas falho aos domingos – só não venceu as últimas 6 provas de ponta a ponta pelo motor quebrado na Coreia – o GP da Malásia mostrou dois fatores que têm tudo para ser regra durante o ano. Primeiro: há equipes que crescem em ritmo de corrida em relação ao de treino, especialmente Ferrari e Renault. Segundo: o desgaste dos pneus Pirelli faz com que os pilotos consigam usar estratégias ousadas para se recuperar de más largadas – como fez Alonso na Austrália e Webber hoje.

Será que Vettel tem mostrado suas cartas aos domingos?

Por outro lado, como Hamilton provou em Sepang, utilizar o pneu duro em qualquer um dos stints que não seja o último é mau negócio e a tendência é as estratégias das equipes irem se uniformizando no decorrer da temporada.

Num circuito em que a ultrapassagem é naturalmente mais fácil (pelos motivos sobre o qual falamos no decorrer da semana), a asa traseira funcionou até bem demais, chegando no limite da artificialidade. É outro problema de se mudar o regulamento, e não os traçados.

Ao menos tivemos pegas pelas primeira posições. Agora, se isto se deve mais pela asa, pelo circuito ou pelos pneus, veremos no decorrer da temporada.

O que essas duas corridas não esclareceu é o verdadeiro ritmo da Red Bull. Novamente, Webber teve problemas, enquanto Vettel não foi ameaçado e, portanto, não teve que mostrar tudo o que tinha no bolso. Talvez a chance dos demais – que não tem sido aproveitada no caso do alemão – esteja na agora clara preocupação da equipe com o Kers, comprovada pelo não funcionamento do sistema no carro de Webber e pela insistência do time em impedir Vettel que o usasse, mesmo quando via a diferença em relação a Hamilton diminuir.

É claro que ficou a dúvida a respeito do uso ou não do dispositivo durante a classificação – o atual campeão do mundo assegura que sim, o chefe de equipe Christian Horner é evasivo e, ao que tudo indica, a preocupação com a unidade de Webber começou ainda no sábado. Se Vettel estiver blefando, isso quer dizer que a McLaren é páreo em classificação. Largar longe da pole fatalmente fará com que o alemão tenha que mostrar suas garras aos domingos e então saberemos onde estão em relação aos rivais – e quais problemas podem ter se forem obrigados a usar o Kers durante a corrida.

Quando/se Ferrari e Renault descobrirem o que faz os ponteiros serem 1s mais rápidos em classificação, vantagem que desaparece aos domingos, o campeonato promete se tornar uma briga entre quatro times. Pelo menos aos domingos, à exceção da moleza que Vettel teve nessas duas provas enquanto os rivais se engalfinhavam, já o é.

7 Comments

  1. Olá Juliana

    Na corrida o Massa competiu muito bem em relação ao Alonso, mas nas classificações vemos que ele continua atrás cerca de 0,5s, isso desde o ano passado. A diferença não diminui, apesar da melhora do ritmo de corrida. Eu fico sem entender. Logo o Felipe, que era tão bom nas classificações.

    Eu não tenho boa memória, mas o Nelsinho não costumava ficar mais próximo do Alonso em décimos nas classificações?

    Tomara que o Kobayashi tenha um bom empresário e costure um bom acordo com uma equipe de ponta nos próximos anos, porque além da destreza ao volante e espírito competitivo, ele parece ter uma cabeça muito boa. Acho que num carro de ponta ele não decepcionaria.
    Apesar disso, não leio muitos boatos a cerca dele. Será pelo fato dele ser japonês? Eu acredito que sim.

    Será que o Petrov deu uma falsa impressão de maturidade na Austrália?

    Abraço

    • No 1 ano e meio que Alonso e Piquet correram juntos, o brasileiro só se classificou uma vez na frente do espanhol (em Silverstone, se não me engano, em 2009). A diferença na classificação entre os dois era no nível de Kubica x Petrov, mas diminuía bastante em ritmo de corrida.
      O ritmo de corrida do Massa era mais próximo do Alonso no ano passado, curiosamente. Galvão ficou bradando a respeito do pitstop do Felipe, mas a diferença na perda total foi de 3s (os outros 2 pitstops do Massa foram 1,5 mais rápidos, isso ele não fala). No final, eles chegaram juntos com Alonso perdendo 24s a mais no pit pela 3ª parada. Isso dá quase meio segundo por volta.

      Sobre o Koba, lembre-se de que ele não traz patrocínio. Era apoiado pela Toyota e eles se mandaram.

      E o Petrov… quem acompanhou o vice-campeonato dele na GP2 sabe da tendência q ele tem em “virar abóbora” de vez em quando. Mas ele tem um carro muito bom, aí facilita pra ser mais constante. Veremos.

  2. Kers contra Kers, como na disputa Hamilton/Alonso, se anulam, ao passo que Kers contra ATM, na disputa entre Heidfeld e Webber, tbm se anulam, provando, mesmo com poucas corridas, que estes dois aparatos são descartáveis. Vc tocou na ferida, mexer nos traçados. Ao que parece, o grande potencial da RBR, funciona perfeitamente na primeira fila. O que leva a crer o grande peso que vencer a pole foi dada no projeto. Em rítimo de corrida, Ferrari e Renault andão tão ou mais que a Mclaren. Parece que o pessoal de Woking, focando a velocidade da pole, perdem em rítimo de corrida. Tem favorecido a Vettel, o fato de quem larga da segunda fila para trás, mesmo possuindo bom rítimo de corrida, ficar travado no tráfego, perdendo preciosos segundos. A briga vai esquentar, e Ferrari e Renault chegarão. Não custa lamuriar, mas imagina se Kubica estisse nesse carro!

    • O curioso é que o Heidfeld foi melhor que o Kubica, mesmo sendo menos veloz, durante o período em que ambos correram juntos. Acredito que o polonês faria mais diferença na classificação, mas tenho minhas dúvidas de que aproveitaria as chances tão bem quanto o alemão.

      • Eu me faço a seguinte pergunta:

        Vettel não usou mesmo o KERS em momento algum, ou ele usou ‘de vez em quando’.
        Problema de confiabilidade não é problema de funcionamento. Diante de um sistema não confiável tu pode optar por usar o menos possível.

        • Na largada ele certamente usou, vide o que aconteceu com o Webber. Eles certamente têm problemas por enquanto e estão evitando ao máximo usar o dispositivo. Enquanto Vettel continuar largando na frente, pode fazer isso.
          A questão que levantei é que só saberemos a extensão dos problemas quando ele estiver no meio do pelotão. Por enquanto, só sabemos que há uma preocupação.

  3. O problema da dificuldadfe de ultrapassagens está no circuito e não nesse regulamento. Se fossem feitos mais circuitos desafiadores, acredito que essas parafernalhas nem seriam necessárias. Mas os velhinhos da FIA não conseguem ver isso…


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