F1 Meus 20 e poucos anos… - Julianne Cerasoli Skip to content

Meus 20 e poucos anos…

Dia desses li uma frase do tipo: “Max Verstappen foi um dos melhores pilotos do ano, ele tem 20 anos, e temos que lidar com isso”. É claro que o fenômeno holandês tem traços únicos em sua história, que o colocam em posição de lutar por vitórias mesmo com tão pouca idade, mas Max não é o único recém saído da adolescência que chega chamando a atenção na F-1.

Tendo sido contratado pela Red Bull ainda aos 16 anos e ganhando uma chance logo em seguida devido à disputa com a Mercedes, Verstappen está evoluindo diante de todos – e especialmente neste ano demonstrou um crescimento muito forte. A ponto de Lewis Hamilton já demonstrar sentir que é ele, e não Sebastian Vettel ou mesmo Daniel Ricciardo, quem vai incomodá-lo nos próximos anos.

Verstappen hoje comete muito menos erros do que no passado, mas mantém a agressividade. É verdade que em termos de racecraft ainda não pode ser comparado ao próprio Hamilton ou a Ricciardo – que, aliás, tem nas decisões que toma na pista seu grande diferencial – mas o crescimento dele em classificação e ritmo de corrida foram marcantes em 2017 e apontam para um futuro brilhante. Isso, juntamente da onda de fãs que Verstappen já leva consigo especialmente nas provas europeias, leva a crer que estamos vendo apenas os primeiros passos do grande campeão do futuro próximo.

Mas Max não está sozinho. Foi interessante ver Esteban Ocon em quinto lugar – Max manteve o segundo que já conquistara ano passado – na votação feita pelos chefes de equipe. Em seu primeiro ano, o francês de 21 anos impressionou dentro e fora das pistas. Ele foi amplamente superado por Sergio Perez em classificação, mas em corrida constantemente chegou à frente do que largou, o que fez com que terminasse seu ano de estreia a 13 pontos de um companheiro que, reconhecidamente, brilha mais aos domingos. Mais que isso, Ocon por várias vezes na temporada conseguiu ser tão rápido quanto Perez conservando melhor os pneus, o que sempre foi a grande qualidade do mexicano.

http://www.youtube.com/watch?v=yazG8xnfepU

Fora das pistas, Ocon tem uma personalidade interessante: ao mesmo tempo em que é muito simpático, não esconde uma forte ambição, e não se intimidou mesmo quando Perez fez toda a pressão do mundo (dentro e fora da pista) especialmente após os dois toques de Spa. Neste seu primeiro ano, ficou claro que o francês não vê Perez como um sério rival: seus olhos estão em uma vaga na Mercedes.

Mirar alto também faz parte do repertório de Charles Leclerc. Sua pilotagem em 2017 foi incrível, ao ponto de gerar a desconfiança dentro da F-2 de que recebeu pneus melhores em alguns momentos, como no GP da Bélgica, quando abriu simplesmente um segundo por volta por toda a prova. Mas isso não tira o brilho de um campeonato que teve performances brilhantes como em Baku.

Leclerc é outro jovem piloto, nascido no mesmo 1997 de Verstappen, marcado pelos ataques agressivos. Mas fora das pistas é bastante diferente, sendo conhecido por soar muito mais velho do que na realidade e pela educação.

Veremos como ele se porta no mundo da F-1 e em uma equipe que está se tornando uma moedora de carreira de jovens promissores. Sorte dele que, com a presença mais forte da Ferrari e a necessidade quase iminente de encontrar um substituto para Kimi Raikkonen que passe pelo crivo de Vettel, a tendência é que o cenário lhe seja favorável. E quem sabe não veremos um garoto de 21 anos em um carro da Scuderia lutando com outro da mesma idade na Red Bull e um terceiro com 22 anos na Mercedes em 2019?

9 Comments

  1. As jovens promessas e alguns jovens pilotos já se destacando são a esperança de boas disputas por muitos anos. Só falta as equipes ficarem mais parelhas.
    E mesmo numa fase de alguns pilotos pagantes, dá para considerar a maioria bons pilotos. Ericsson, Stroll e Magnussem estão abaixo dos outros. Gasly, promessa, e Hartley precisam ser avaliados. Agora é só esperar a temporada começar.

  2. Coloca o Norris que provavelmente estreia em 2019 na McLaren, são quatro fortes pilotos para o futuro.

  3. Gostaria de lembrar que Esteban Ocon venceu do Max Verstappen na F3 Europeia em 2014 quando disputaram juntos. O francês é bom e acredito que ainda nos dará boas disputas de título com Max.
    É mesmo possível um piloto abrir um segundo por volta recebendo pneus iguais a todos os outros?
    Oo
    Grande abraço a todos!

    • Com carros iguais e sem que o segundo colocado estivesse envolvido em alguma briga ou segurando o pelotão, é bem improvável. Havia, sim, no paddock da F-2, suspeitas de algum tipo de favorecimento. A sensação é de que ele é muito bom, mas às vezes essa noção foi exagerada por outros fatores.

  4. Julianne acho que o Vettel e o Hamilton que já estão na casa dos trinta ainda possuem muita lenha pra queimar. Como a tendência é que Vettel e Hamilton tenham carro pra lutar por título esse ano, a pior situação dos times de ponta é a do Ricardo. Tenho minhas dúvidas se a Red Bull terá chance de título esse ano especialmente por causa do motor e aí nesse caso acho que o maior prejudicado é o Ricardo pq Max é muito jovem e o queridinho da equipe o que gera privilégios. Ricardo que já está chegando aos trinta precisa urgente de um carro vencedor ou vai ficar pra trás e será uma eterna promessa.

    • Concordo, Daniella. Mas ao mesmo tempo ele pode interpretar que essas vagas que podem abrir em Mercedes e Ferrari podem ser dele e jogar com isso internamente. Depende muito das primeiras corridas do ano.

      • Sim Julianne. Eu gostaria muito de ver o Ricardo brigando por vitórias. Estou ansiosa pela temporada.

    • Eu tenho a impressão de que o Ricciardo vai ser um daqueles pilotos que serão sempre lembrados como muito bons, mas que não ganharam títulos. Talvez não um Stirling Moss, mas um Frentzen acho que é bem possível.

    • Acho muito injusto os chefes de equipe terem elegido verstapen melhor do que ricciardo, ricciardo superou verstapen por dois anos seguidos em com muitos pontos a frente e mesmo verstapen tendo uma atualização no seu carro nas últimas corridas e todo o privilégio da equipe ricciardo o venceu.
      Não se esqueçam que os mesmos chefes de equipe que elegeram verstapem o segundo melhor piloto de F1 de 2017 colocaram o patético raikkonen a frente de bottas.


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