O que fez em 2016: perdeu terreno em relação às grandes e fechou o ano como quinta força.
O que muda para 2017: sai Bottas, entra Stroll e novas caras no corpo técnico. E muito dinheiro
Meta: voltar a fazer pódios
Felipe Massa deve estar feliz da vida pelo rebuliço que acabou mudando seus planos para este ano. O brasileiro, que muito provavelmente disputaria a Fórmula E, categoria que todos entendem como uma grande ideia no papel, mas que ainda deixa a desejar na prática, acabou com um carro bem ao seu estilo nas mãos. Tanto, que mesmo evitando fazer previsões durante a pré-temporada em relação à competitividade da Williams frente aos rivais, o piloto não conseguiu esconder a volta de uma satisfação que há tempos não tinha no cockpit.
O que isso representa em termos de resultados, ainda é cedo para dizer. Mas que a Williams parece ter sido beneficiada de uma maneira torta pelo novo regulamento, parece. Isso porque os carros do time nos últimos anos não vinham primando pelo refinamento aerodinâmico e esse também parece ser o caso do FW40. O efeito colateral disso, todavia, é que o carro oferece menos arrasto, o que, com a ajuda de um motor que empurra muito como o Mercedes, serve para compensar a deficiência nas curvas. Não por acaso, a Williams esteve sempre entre as primeiras no speed trap na pré-temporada.
É lógico que a equipe não pode se apoiar nisso ao longo de uma temporada na qual a pressão aerodinâmica ganha em protagonismo. Afinal, o desenvolvimento dos rivais vai visar o equilíbrio entre a geração de maior pressão e a diminuição do arrasto. E nesse quesito a Williams decepcionou ano passado, com a demora no processo de fabricação de novas peças.
A casa, contudo, está sendo colocada em ordem. O time passa por um período de reestruturação, com a chegada de Dave Ridding e a prometida contratação de Paddy Lowe. Mas o mais importante talvez seja ter Dirk de Beer como chefe de aerodinâmica, uma vez que os projetistas Ed Wood e Jason Somerville (que está de saída) não fazem parte dos mais bem conceituados da F-1.
Dinheiro também não deve ser problema. Se os 24 milhões de euros injetados pelos Stroll – quantia que provavelmente é muito maior na realidade – já seriam importantíssimos para o time, os 16 milhões de desconto no motor para a liberação de Valtteri Bottas foram mais do que bem-vindos.
Investimento na F-1, contudo, não dá frutos da noite para o dia e o mais lógico seria que 2017 fosse o ano para a Williams construir uma base importante para o futuro próximo. Tal base inclui o próprio Lance Stroll que, embora coberto de dúvidas e tendo demonstrado dificuldade em seu primeiro contato com sua nova máquina, é um piloto que tem tempo e apoio financeiro para conseguir se desenvolver.
E tem também em quem se espelhar. O fato de Massa ser a primeira opção da Williams com a saída de Bottas evidenciou a importância de seu feedback para a equipe. E, pela sua reação ao andar com o novo carro, deixar os problemas com os pneus que complicaram sua vida nos últimos anos para trás e poder forçar mais o equipamento podem transformar essa segunda chance em algo bem mais especial do que ele podia prever.
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5 Comments
Ju, pode se dizer que a Willians têm, ao menos nas primeiras etapas, chances de repetir 2014, quando até pole position conseguiram?
Não acreditam que eles sejam tão rápidos assim.
Eu tenho una grande dúvida, porque que a Redbull sendo dona da Toro Rosso não auxilia a equipe a fazer um carro melhor, a Toro Rosso esta sempre entre as últimas forças nos contrutores?
Por que não uma foto do FW40? 😉
Aqui na torcida por um grid mais embaralhado e assim ver o Massa voltar a subir no pódio além de, quem sabe, alguma pole. lol
Abs
Massa precisa força mais o equipamento ou vai ou racha