F1 O que fazer com ordens de equipe na F1 - Julianne Cerasoli Skip to content

O que fazer com ordens de equipe na F1

Novamente o tema ordens de equipe na F1 volta à tona. Desta vez, o jornalista Mark Hughes, do Autosport, apareceu em tom de retratação a respeito da suposta ordem de equipe dada a Felipe Massa no GP da Coréia. Foi o inglês que levantou a tese de que o brasileiro fora instruído para que diminuísse o ritmo e não ultrapassasse Fernando Alonso, quando o espanhol teve um problema no pitstop.

A Mercedes, que tinha Schumacher logo atrás de Massa naquele momento, também veio a público para dizer que não se sentiu prejudicada. De fato, o brasileiro fez uma volta 2.3s pior que Hamilton. Porém, além de ter virado no mesmo tempo de outros que também pararam naquela volta, fez um último setor (quando teria sido avisado do problema no pitstop de Alonso) em 25.9, contra 25.1 do inglês e 25.7 do alemão, que estava 6s atrás.

Os dados da volta da “ordem” da Ferrari

Portanto, caso encerrado, mas um exemplo de como as regras poderiam ser efetivas no combate às ordens – caso houvesse o interesse real em combatê-las.

Quando o Safety Car está na pista, aparece no visor do piloto um tempo de volta mínimo e máximo que ele tem que respeitar. É o chamado tempo delta. Caso descumpra esse limite, será punido com um drive through. Isso foi criado por questões de segurança e para minimizar a fator sorte (dependendo de onde você está no momento em que o Safety Car entra, pode ganhar ou perder tempo se entrar nos boxes). Mas também serve para controlar ordens de equipe. No passado, vimos pilotos como Coulthard, Montoya e Irvine atrasarem os rivais de seus companheiros nessas situações ou quando eram retardatários.

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Qual a solução para as ordens de equipe na F1?

A única maneira de coibir ordens de equipe é criando regras objetivas como essa, que deixem explícito o que pode ou não. Por exemplo: não pode segurar o rival nas condições X e Y; não pode tirar o pé para o companheiro passar a não ser que haja comprovação técnica para tal; não pode haver cláusula nos contratos dizendo que o piloto tem que obedecer às instruções do time, etc. Entretanto, ao escrever que “ordens de equipe que interfiram no resultado da corrida são proibidas”, a FIA, com o aval das equipes, demonstrou que jamais interesse algum em puni-las.

Por isso, também, caminha-se para liberar as ordens de equipe a partir do ano que vem. Até porque, se fosse imposto um limite de pontos ou de provas (por exemplo, as ordens estão proibidas até que um dos pilotos não tenha chances matemáticas, ou até cumpridos 2/3 do campeonato), a regra que valeria até esse momento seria a que temos agora. E ela não funciona.

Assim, é melhor não regulamentar a ordem em si e julgar as ações das equipes pelo artigo 151c, sobre “colocar o esporte em descrença”, quando algo que coloque a categoria em choque com a opinião pública acontecer. Afinal, tendo em vista a maneira como o esporte é gerido, só é irregular o que fere o bolso.

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