No post de ontem falei sobre o comprovação que poderemos ver neste final de semana do papel da Renault na evolução da Red Bull. Ao mesmo tempo, ainda que ainda esteja andando relativamente longe dos pontos, chegando a lutar com a Sauber em algumas etapas, a equipe Renault vem se tornando protagonista nas notícias sobre o mercado de pilotos para 2017. Antes patinho feio do grid, hoje o time está sendo visto como uma boa oportunidade tanto para quem tem dinheiro para dar, quanto para quem pretende receber ano que vem.
E não é só uma questão de sobreviver no grid. Agora como equipe de fábrica e com um motor que parece estar finalmente engrenando, a Renault se tornou, de fato, uma aposta.
O final de semana em Mônaco serviu para evidenciar o que muitos já suspeitavam: finalizar a compra do espólio da (há tempos falida) Lotus tarde demais ano passado acabou deixando a Renault com a pior dupla de pilotos do grid. Hoje parece seguro dizer que são duas vagas para o ano que vem. O que não está tão claro é como os franceses vão querer preenchê-las.
Não foram raras as oportunidades recentes em que os chefes da Renault enfatizaram o sucesso do programa de pilotos da Red Bull e indicaram que querem algo igual para seu time. Afinal, é uma forma de ter qualidade a baixo custo. Porém, não se sabe o quanto disso é um plano a longo prazo e o quanto pode começar a ser nutrido já ano que vem.
Apontando nesta linha, o time teria procurado Stoffel Vandoorne e estaria tentando Esteban Ocon, mas encontrou as portas fechadas na McLaren e teria uma bela multa a pagar para Toto Wolff no caso do francês.
Não demorou para outros nomes começarem a circular na órbita francesa, como os dos brasileiros Felipe Massa e Felipe Nasr. Jenson Button, Daniil Kvyat, Carlos Sainz e até Pastor Maldonado também estão em uma lista que não para de crescer.
Mas, afinal, por que a Renault se tornou tão atraente? Mesmo que as novas regras, pelo menos em teoria, diminuam as vantagens técnicas de quem tem o melhor motor, elas não abalam o poder das montadoras. São nestes times que estão o dinheiro e o poder – com exceção da Red Bull, sempre um caso à parte pelo orçamento quase infinito que vem da marca austríaca. Além disso, é de se esperar um salto do time com a oportunidade de um novo regulamento e um orçamento ‘mais gordo’ do que a Renault vinha colocando basicamente desde que perdeu a vantagem dos Michelin há pouco menos de 10 anos.
Outro fator que não passa despercebido é a evolução obtida neste ano na unidade de potência mesmo com o uso de poucos tokens, indicando que o caminho da Renault talvez seja mais curto rumo à Mercedes do que se pensava.
Não que exista a expectativa de ques franceses tenham a equipe a ser batida ano que vem. Mas todo esse ‘carinho’ com que eles têm sido tratados demonstra a confiança de que os tempos dos carros amarelos no fundo do pelotão chegarão ao fim em breve.
2 Comments
Ótima análise, acho que ela vai optar por um experiente e outro promissor, o feijão com arroz. No mais, essa fonte está ruim para a leitura, eu pelo menos achei.
Acho que o grande problema da Renault no memento é repor a parte téenica da equipe que perdeu muitos profissionais no meio da crise da antiga Lotus. Nesta situação piloto não vai fazer diferença se o carro nascer ruim simplesmente por falta de recursos na fase do projeto.