Com a volta de Kimi Raikkonen à Ferrari, voltamos no tempo para relembrar os pilotos que retornaram aos seus times.
Gerhard Berger e Ferrari: de 1987 a 1989 e de 1993 a 1995
Berger talvez seja o mais italiano dos austríacos, tamanha sua identificação com a Ferrari. Porém, suas duas passagens por Maranello coincidiram com os anos de vacas magras do time e o título nunca foi uma realidade.
A primeira separação ocorreu após uma série de decepções e a possibilidade de ser companheiro de Ayrton Senna na então poderosa McLaren. O austríaco, no entanto, voltaria para casa após receber uma boa proposta do time italiano, que buscava um piloto experiente e com identificação com a equipe. Mas a Ferrari novamente não fez carros competitivos e Berger teve de se contentar com uma vitória aqui, outra ali, até trocar de lugares com Michael Schumacher e ir para a Benetton em 1996. Outra barca furada, por sinal.
Fernando Alonso e Renault: de 2003 a 2006 e de 2008 a 2009
Alonso tinha apenas 20 anos quando chegou à Renault, pelas mãos de seu empresário Flavio Briatore, para ser piloto de testes. Foi promovido, ganhou ares de primeiro piloto e correspondeu na pista, sendo o principal nome no crescimento do time de Enstone, que chegou ao fundo do poço nos últimos anos de Benetton e escalou até o bicampeonato menos de uma década depois.
Porém, a Renault nunca teve a estrutura de uma McLaren ou uma Ferrari e o espanhol seguiu para o time de Woking para continuar no caminho das vitórias. Mas havia duas pedras no caminho: Ron Dennis fora das pistas e Lewis Hamilton dentro dela e Alonso se convenceu que não lhe deixariam vencer na McLaren. Com a Ferrari feliz com o recém-coroado campeão do mundo Kimi Raikkonen, restou a opção de voltar à Renault.
Mas o time já não era o mesmo e Alonso parecia estar gastando seu tempo esperando uma vaga na Ferrari, que viria em 2010. Na segunda carreira com os franceses, o espanhol venceu apenas duas corridas.
Kimi Raikkonen e Ferrari: de 2007 a 2009 e de 2014-
O improvável casamento entre o finlandês e os italianos parte para seu segundo capítulo após três temporadas de muitas idas e vindas. Enquanto Raikkonen estava feliz com o carro e a Ferrari estava feliz com Raikkonen, estava tudo perfeito, com direito a título após uma recuperação meteórica em 2007.
Depois, modificações no carro não ajudaram o estilo de Kimi e a situação foi se degringolando até o ponto em que o time de Maranello preferiu pagar caro para ter um novo líder. E ele era Alonso. Ingredientes suficientes para ficarmos de olho nesse reencontro. Dizem as más línguas que voltar com um ex é o mesmo que comprar o próprio carro, com os mesmos problemas e mais quilometragem. Nem a Ferrari, nem Raikkonen, podem dizer que não sabiam onde estavam se metendo.
2 Comments
Juliana faltou citar que o Berger correu de Beneton em 86, 96 e 97.
Bjs.
Nick Heidfeld – Sauber conta?