F1 Quebra-cabeça - Julianne Cerasoli Skip to content

Quebra-cabeça

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No papel, hoje a Fórmula 1 vive um grande passo para determinar as regras técnicas a partir da temporada de 2017. Na realidade, as reuniões do Grupo de Estratégia e da Comissão de F1 podem determinar o pano de fundo de uma das maiores brigas políticas da história da categoria.

O que está em discussão é a introdução de um novo tipo de motor, mais barato, leve e com potência semelhante aos atuais V6 turbo híbridos, ideia de Ecclestone e Todt para pressionar os atuais fornecedores a baixar os preços de suas unidades de potência depois que a Ferrari usou seu poder de veto para afastar a possibilidade de um teto orçamentário para os motores.

Na verdade, o alvo é mostrar às equipes, que ganharam um poder que nunca tiveram com o colapso do Pacto da Concórdia e os acordos bilaterais que Ecclestone teve de fazer para salvar a F-1 no início desta década, que elas não terão o controle da categoria. Tarde demais? É o que veremos nas próximas semanas.

Estas duas votações de hoje são o primeiro passo de um processo que pode, ou não, terminar com a ratificação do Conselho na primeira semana de dezembro.

Em teoria, a tentativa de introdução, obviamente apoiada pela Red Bull, de um motor que pode, sim, fazer frente aos atuais híbridos em termos de rendimento mesmo com um custo até 50% mais baixo – acredita-se que a Renault cobre 22 milhões de euros, a Ferrari 20 e a Mercedes (pasmem) 15, enquanto a novidade não passaria de 10 milhões – seria uma ideia natimorta devido ao poder de veto da Ferrari. E é aí que se inicia a briga política.

Em setembro, Force India e Sauber entraram com um pedido na Comissão Europeia para a revisão dos contratos da Fórmula 1, alegando injustiças na distribuição dos dinheiros de premiação. Afinal, trata-se de duas das equipes que ficam de fora das premiações por ‘valor histórico’, saída encontrada por Ecclestone para manter os poderosos felizes nas renovações bilaterais, que expiram em 2020.

Assim, a União Europeia está de olho nas decisões do esporte – e muito provavelmente não vai gostar de saber que uma equipe, a Ferrari, anda vetando mudanças que viabilizariam o futuro da categoria. Será que os italianos vão correr o risco mesmo assim e também vão barrar os novos motores? Ou seria possível recuar e entrar em um acordo para diminuir o preço de suas unidades de potência?

É por essas e outras que a criação do Grupo de Estratégia, do qual só participam as seis equipes melhor colocadas no campeonato, é vista por muitos como o grande entrave para o futuro da Fórmula 1. Mas se livrar deste câncer é cena para os próximos capítulos.

5 Comments

  1. A “lei” (ou a filosofia) da Formula 1 éh igual a lei do velho-oeste: Manda quem tem mais “poder-de-fogo”! Nesta F1, a “lei do mais forte” fica explicitada na posição da tabela no mundial de construtores. Somente os mais fortes ou com mais poder econômico (vide montadoras) éh que dominam a categoria. Num esforço para continuar a manipular a categoria, Bernie Eclesrtone (com apoio matreiro da Red Bull) quer impor estes motores v6-bt na esperança de baratear para as equipes médias e também dar alternativas para as equipes independentes. E neste bojo, há também a reclamação do som produzido pelas atuais unidades-de-potência. Acho eu que éh uma boa pedida estes motores alternativos. Elas darão mais “fôlego” para as equipes independentes sobreviverem. Vejo com muito bons olhos estas novas regras (especialmente o efeito-solo)! Más no final, quem sempre sairá ganhando éh quem tem maior poder-de-fogo!

  2. Não da….

    até tento, mas não consigo sentir um nada pela Ferrari, nunca gostei e agora menos do que nunca….
    PELO MENOS NÃO SERÁ MAIS FIARRARI, apenas FERRARI!

    Efeito solo, pneus mais largos e resistentes, redução do preço das atuais unidades de potência (apesar do pífio barulho, que realmente faz falta)….são muitas coisas que precisam ser revistas!

  3. Sauber esta que tem valor histórico maior que…sei lá, a Red Bull.

    • A tal da pedalada agora atingiu tambem a F-1. Pedalada na historia dos times. Ridiculo. Triste ex-espetaculo.


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