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De um passado não muito distante: McLaren e Red Bull lutando por vitórias
De um passado não muito distante: McLaren e Red Bull lutando por vitórias

Dez equipes, 27 quebras no ano. Quinze delas, mais da metade, são ‘responsabilidade de três times: todos os que não usam motores Mercedes ou Ferrari. Enquanto as dificuldades da Honda no projeto com a McLaren já eram até certo ponto previstas pela defasagem de um ano combinada com os poucos testes, os erros da Renault e a ineficiência da Red Bull em entender uma nova realidade no segundo ano dos propulsores V6 híbridos impressiona.

O raciocínio da McLaren ao mesmo tempo simples, ousado e não deve funcionar de uma hora para a outra. A equipe estava aerodinicamicamente para trás desde 2012, havia perdido personagens importantes e, é claro, as regalias de ser ‘equipe de fábrica’ da Mercedes. Copiar os demais, como a Ferrari entendeu nos últimos anos, não é suficiente para ganhar campeonatos, então a saída foi buscar um desenho aerodinâmico extremo e um novo fornecedor de motores. Era e segue sendo um risco, mesmo a longo prazo.

Como tudo na F-1, um problema vai levando a outro em Woking. A traseira tão miniaturizada pensada pelos engenheiros interferiu no projeto da Honda, fazendo com que fosse impossível instalar a PU em um carro antigo. Isso fez com que defeitos importantes só fossem descobertos em cima da hora. E depois entram as limitações dos testes e da utilização dos itens do motor. Some a isso a já conhecida demora dos japoneses para a tomada de decisões (em comparação à vertical F-1) pela forma como suas companhias são organizadas e os sinais de estremecimento da relação ficam claros a cada vez que Ron Dennis ou Eric Boullier cobram mais ação de seus parceiros.

Mas Fernando Alonso pode dizer que o carro é “lindamente equilibrado” e que o quinto lugar em um circuito em que o motor conta menos como Budapeste é prova de como os resultados da McLaren são mascarados pela Honda. Mas isso só conta metade da história, pois o que se viu na Hungria foi o time de Woking andando no ritmo da Toro Rosso, não dos ponteiros.

A Red Bull, sim, andou muito bem na Hungria e demonstrou evolução em relação ao início da temporada, quando claramente faltava competitividade não apenas ao motor Renault, mas também ao carro.

É curioso ver como Adrian Newey, que deveria estar em um período de transição para deixar a F-1 neste ano, está presente em todas as provas. Parece haver um esforço para convencer os chefões a manter o investimento. O problema é que a equipe tem a seu lado um parceiro que, esse sim, está cansado de gastar dinheiro. Ver a Renault prometendo atualizações no motor só para o GP da Rússia, em outubro, dá a dimensão de como as falhas dos últimos 18 meses prejudicaram ambos. E o cenário não é dos melhores: de um lado, os franceses se distanciam da compra da Toro Rosso. De outro, a Red Bull não parece conseguir escapar do contrato que tem até o final de 2016.

Se a McLaren tem claramente um projeto a longo prazo, o mesmo não pode ser dito sobre os campeões de 2010 e 2013. Porém, ao mesmo tempo, a ladeira do time de Woking é maior e mais íngreme. De que lado será que a corda estoura?

3 Comments

  1. eu acho que a honda esta mas perdida que a rennault, e o que o representante da rennault falou sobre a red bull parece que o problema na red bull é bem maior que só motor, falta investimento pra desenvolver o motor e na imprensa a red bull ajuda ,mas na hora da grana cair na conta NADA. ai fica difícil pra rennault gastar pra desenvolver o motor sozinha no decorrer do ano e a red bull pagar um preço já definido bem antes e ai a conta num fecha, com qual motor a red bull vai 2017 o tempo dirá. e a honda continuo com minha opinião o motor é fraco.

  2. A Honda conseguiu uma vantagem sobre as demais, já que este ano não houve o congelamento no início da temporada,e sim os tokens para continuar desenvolvendo. Mesmo assim vem decepcionando e teremos que esperar para ver aonde podem chegar.
    Já a Renault parece que ainda não entende como essa UP funciona. Era para ter melhorado em relação ao ano passado e parece que andaram para trás. Ju eles sabem aonde está o problema ou estão perdidos mesmo?
    E as equipes com Honda e Renault devem largar no fim do grid e ainda cumprir as ridículas punições em várias provas desta segunda metade da temporada.

  3. A mclaren já sábia que passaria por essas situações. Nos dois casos citados no artigo, as equipes tem um carro bem estruturado, tem uma boa aerodinâmica, mas eu acredito que pela falta de motor, não fique tão claro onde eles estão, e além disso, existe uma dificuldade muito grande pra desenvolver a parte aerodinâmica, uma vez que o motor, por ser fraco, não explora 100% da aerodinâmica. A Renaut é uma vergonha estar assim, pois desde o ano passado eles tem um problema e ainda não conseguiram resolver. A ferrari tinha o mesmo problema que a renaut no ano passado, de distribuição de potência irregular, que desequilibrava o carro nas saídas de curva, entre outros problemas “simples” de resolver, e se colocou em 2º no campeonato com essas correções, enquanto a renaut ainda nem sabe por onde começar. A honda ano que vem deve vir muito melhor, acredito. Se a renaut continuar assim, a honda ainda passará por eles ano que vem.


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