F1 Quer passar? Vai pelo muro - Julianne Cerasoli Skip to content

Quer passar? Vai pelo muro

O mundo caiu em cima de Schumacher depois da manobra em cima de Barrichello no GP da Hungria. Não é a 1ª vez que isso acontece e o sentimento geral é de que não será a última, mas é curioso ver como atitudes semelhantes têm passado despercebidas.

A 1ª que me veio à cabeça quando vi a ultrapassagem da redenção tardia de Rubinho foi a defesa de Mark Webber em cima de Felipe Massa na luta pela 8ª posição no GP do Japão de 2008. A mesma situação: o australiano jogou o brasileiro para fora da linha branca, que delimita a pista, e o empurrou para a saída do pitlane. Caso viesse outro carro no pit ou o espaço não fosse suficiente, o acidente seria feio.

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Vettel é outro que não costuma aliviar. Na largada no GP da Alemanha, espremeu Alonso no muro de maneira semelhante a Michael e Mark, mas fez muito pior na China com Hamilton. Podem dizer que o inglês deveria ter cedido e ficado atrás, mas a olhada do alemão no retrovisor mostra que ele sabia muito bem que estava direcionando a McLaren aos mecânicos. Para constar, aquela linha azul que eles ultrapassam é a Safety Line…

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Perigosas, todas essas manobras são, embora se possa dizer que, se não bateram, é porque havia espaço suficiente, por mais que se tenha forçado a barra. Contudo, é inegável que a “ficha criminal” conta aos olhos da imprensa quando algo assim acontece. Vettel, por enquanto, escapa das críticas. Schumi, não. Não deveria ser assim.

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É engraçado ver que isso ocorre em ciclos. Em 2008, Hamilton era tido como piloto sujo, vira e mexe era criticado pela truculência nas ultrapassagens. Bobagem. Lewis nunca fez nada que Senna não faria. Simplesmente ultrapassa, doa a quem doer. Lembram daquela corrida de recuperação em Monza? Dos passadões em Massa e Piquet na Alemanha? Hoje, pode até ziguezaguear na pista e escapa.

Ultrapassagem quer dizer assumir riscos. Resta a FIA ter um padrão do que considera excesso ou não – e não reagir apenas quando a imprensa chia.

5 Comments

  1. Julianne,

    Gostei muito do seu blog! O conteúdo desse post ficou bem legal com os vídeos.

    O Vettel é “mestre” em fazer essas espremidas. Entre aspas, porque ele acaba se prejudicando em largadas ao focar apenas em quem vem atrás, e esquecendo de quem está do lado dele. A do Webber com o Massa, acho que foi a mais correta uma vez que os pilotos assumiram uma direção na pista e simplesmente a seguiram. O complicado do caso Schumacher foi a indecisão dele na escolha de qual lado da pista usaria para se defender.

    Beijos

    • Também acho que há diferenças em todas as situações, mas a pior para mim é a da China. O engraçado é que Vettel cresceu vendo quem pilotar? Não sou do time de quem diz que o Schumacher é vigarista, longe disso, mas não dá pra negar que ele sempre levou tudo às últimas consequências.

      • Concordo plenamente! Exemplo desse extremismo foram aquelas duas vezes em que ele jogou o carro em cima do Hill e do Villeneuve.

        Vou linkar teu blog lá no SpeedBlog (www.speedblog.com.br). Se puder nos linkar, a torcida agradece! rs

        Bjs

        • Obrigada, coloco seu link num instante! Fique à vontade para voltar e comentar sempre

  2. estamos no limite da esportividade. sei não Ju, mas o caso da china, é intrigante, pois, on board da rbr, parece que vettel da uma escorregada na tracionada, mas de longe, parece que espalha. parece que quando avista hamilton (on board), chega até a jogar para o lado, mas depois diminui o espaço. cairíamos naquele caso da interpretação do “acidente de trânsito” pelos australianos, onde a culpa poderia ser dividida, apesar de vettel já estar a frente. a fechada de shumi em rubens, parece mais agressiva, pois mesmo na “pista”, joga o brasileiro contra o muro, desmentindo a “versão que deixou o lado “de fora”, pois naquela tomada onde estava, deixou o traçado, e vendo que rubens o ultrapassaria, mudou de posição mais de uma vez. é um tema muito interessante devido a proximidade com o limite das regras, e pela subjetividade.


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