Pontos | 234 (1º) |
Vitórias | 6 |
Pódios | 10 |
Abandonos | 0 |
Posição média de largada | 1,3 |
Posição média de chegada | 1,6 |
Porcentagem de pontos da equipe | 61% |
Ponto alto: Aguentou a pressão com pneus com 20 voltas a mais de vida para bater Alonso e Button em Mônaco
Ponto baixo: uma performance apática no final de semana na Alemanha marcou a interrupção de sequências na primeira fila (14 GPs) e no pódio (11 GPs)
Que diferença um ano faz! No campeonato de mais erros que de acertos de 2010, muita gente questionava o que pilotos como Lewis Hamilton e Fernando Alonso teriam feito com um RB6 na mão, enquanto Vettel e Webber permitiam que os rivais se aproveitassem de suas fraquezas para complicar uma disputa que, no papel, deveria ser fácil. Eis a resposta: domínio absoluto e uma fatura praticamente liquidada com oito etapas para o final.
Nada de toques com o companheiro – lição essa aprendida tanto pelo piloto, quanto pela equipe, vide as voltas finais de Silverstone – nada de falta de confiabilidade. Até as férias de agosto do ano passado, Vettel havia perdido ao menos 41 pontos por um abandono e as oportunidades em que teve de diminuir o ritmo por problemas no carro (Bahrein, Espanha e Canadá). Hoje, goza de um carro que foi o único a completar 100% das voltas até aqui.
O piloto que domina com o melhor carro sempre gera desconfiança, como se não houvesse mérito em ser sempre perfeito nas classificações e dosar carro e pneu de maneira a superar todos a cada corrida. Que o diga Schumacher, questionado após sete títulos.
Mas é inegável a discrepância de performance de Vettel em relação a Webber, algo que se esperava desde 2009, mas que tomou forma na segunda metade de 2010. Perfeito nas classificações, impecável nas largadas, o alemão cresceu em vários sentidos de um ano para cá.
Tendo isso em vista, resolvi calcular um campeonato imaginário desde o início da virada do ex-crash kid, como diria Martin Whitmarsh, no GP de Cingapura de 2010, até agora: Vettel teria 327, contra 231 de Alonso, 204 de Hamilton e Webber e 183 de Button…
A única questão que teima em pairar é em relação a seu racecraft. As duas falhas de Vettel no ano aconteceram nas poucas vezes em que o alemão foi testado na pista. E, quando perdeu posições, como na Inglaterra, Alemanha e Hungria, não mostrou aquele “algo mais” dos grandes. Questão de tempo? Cautela em virtude da liderança? Aos 24 anos e apoiadíssimo por uma equipe que não dá sinais de perder o gás, não faltarão oportunidades para o virtual bicampeão mais jovem da história responder.
O fato é que podemos esperar muito de Vettel nesta segunda metade. Ele faz mais o estilo fominha de Schumacher do que daqueles que correm “com o regulamento debaixo do braço”. Quer vencer, sabe que tem carro para isso – e que encontrou o caminho.
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