A Fórmula 1 chegaria nesta semana a seu 33º país em 70 anos de história. Tomara que seja uma questão de tempo para que este dia chegue, já que foi um dos países que mais gostei de conhecer, naquela época em que a gente podia ‘se perder’ por aí… mas vou levar vocês para dar uma voltinha mesmo assim!
O Vietnã tem pouca tradição no automobilismo, mas o relativamente pequeno país do sudoeste asiático tem a 15ª maior população do mundo, com média de 30 anos, e é um mercado e tanto para a categoria. Muita gente só conhece o Vietnã por conta da guerra dos anos 1960. E está perdendo!
Atravessar a rua no Vietnã é um ato de coragem. É só o semáforo abrir para um sem-número de motocicletas, a maioria pequenas e de baixa cilindrada, invadirem a rua. Há muito mais motos do que carros por lá, e o segredo para atravessar a rua é sempre continuar andando e ir mantendo contato visual com os motoristas. Faixa de pedestres? Só se for imaginária.
Para quem não conhece, culinária vietnamita é sensacional. Eles combinam o apimentado e o adocicado da sudoeste asiático a temperos que vieram da influência colonizadora francesa. Como são usados capim-cidreira, coentro e manjericão, entre outros, para temperar, a culinária é um pouco mais leve que as vizinhas, e é considerada uma das mais saudáveis do mundo.
O café vietnamita é algo à parte. O próprio grão tem um sabor um tanto achocolatado, e até meio defumado. Se é que um café pode ter um gosto assim. Só provando mesmo para saber!
Sabe aquele chapéu típico feito de algo parecido com palha e de formato cônico? Há quem ainda o use no dia a dia, geralmente pessoas mais simples. Ele é útil porque ao mesmo tempo mantém a cabeça “climatizada” e protegida da chuva.
Falando em proteção, o Vietnã tem uma longa costa e praias belíssimas, com areia branca e mar azul turquesa. Mas é bem provável que você seja um dos únicos a frequentá-las. Você e outros turistas. Os locais não têm o costume de ir à praia muito em função da crença de que as peles mais brancas são mais bonitas. Eles evitam se bronzear a todo custo, e inclusive andam com manga comprida mesmo com temperaturas de país tropical.
Eles amam futebol e comemoraram como se fosse um título de Copa do Mundo a chegada às semifinais dos Asian Games, com times em idade olímpica, em 2018. Eles aprenderam a praticar o esporte na época de colonização francesa e a casa do time nacional é, inclusive, bem perto de onde fica o circuito da F-1, no estádio My Dinh.
Os vietnamitas ultimamente têm torcido o nariz para os vizinhos chineses, e o motivo é o mesmo que vem gerando queixas não só na Ásia, como também na África: eles têm usado países mais pobres para fazer especulação imobiliária. Compram terrenos e aumentam o preço de forma que os locais acabam não conseguindo pagá-los.
É curiosa a decisão dos norte-americanos da Liberty Media, que controla a F-1, irem justamente a Hanoi, no norte do Vietnã. Afinal, foi o norte comunista que derrotou-os na década de 1970 quando, depois de muitas baixas, o exército norte-americano se retirou da guerra com o sul capitalista. O país segue segue como uma república socialista até hoje, ainda que o sul ainda seja mais americanizado. Ho Chi Minh até tem lá seus arranha-céus.
Há algo interessante no socialismo vietnamita: ao contrário de outros países, a prática de qualquer religião é liberada por lei. Mesmo assim, a grande maioria – mais da metade – se diz sem religião, e o budismo aparece em segundo lugar
O alfabeto vietnamita é bem particular. A língua local emprestou vários sons do chinês, mas não a escrita. Então eles usam o alfabeto latino com acentos bastante incomuns para os ocidentais. Onde, por exemplo, se escreve đâu, mas đầu significa cabeça. Deu para notar a diferença? Bom, pelo menos dá para estudar até a F-1 conseguir viajar até lá!
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