F1 Turistando na F1 e comendo muito mais que deveria em Barcelona - Julianne Cerasoli Skip to content

Turistando na F1 e comendo muito mais que deveria em Barcelona

A cara de Barcelona: muito jamón, várias croquetas. E mais croquetas de jamón

O melhor lugar para comer: El Trabuc (a chance de cruzar com meio paddock, inclusive, é gigante)

O que evitar: paella, a não ser que seja em um restaurante referência nesse prato

A Espanha é aquele país em que, se você quiser uma refeição de verdade, vai ter várias opções, mas se quiser só beliscar, terá um mundo a sua frente – e muito provavelmente comerá muito mais do que tinha planejado. Você olha um menu de tapas (porções) e tudo parece apetitoso. E geralmente é, mesmo em algum restaurante pequeno no centro de Granollers, base de muita gente da Fórmula 1 para o palco do GP da Espanha, que fica na verdade em Montmeló, a cerca de meia hora de Barcelona.

Mas o restaurante mais frequentado pelo pessoal da Fórmula 1 é o El Trabuc. Provavelmente, é aquele em que a probabilidade de você encontrar gente do paddock nas noites de F1 (testes e corrida) é maior em toda a temporada, já que todo mundo que escolheu não se hospedar em Barcelona está por lá.

Foi no El Trabuc que eu comi o melhor bacalhau da minha vida – detalhe: não gosto de bacalhau e não esqueci aquele prato, sete anos depois – e também a melhor crema catalana, sobremesa tradicional de lá. Lembro que gostei tanto que nem notei que Fernando Alonso e Stefano Domenicali tinham sentado em uma mesa próxima de nós. O carro-chefe, contudo, é a perna de pato. Confesso que não entendi muito bem por quê.

O bom da Espanha é que não existe só uma especialidade, ainda que o ingrediente famoso do país seja o jamón ibérico, que tem vários níveis de qualidade – e preço. E com certeza vai haver algumas opções no menu de tapas. E mesmo o mais barato vai ser gostoso, especialmente nas croquetas (carboidrato + embutido + fritura, não tem erro!). E logo você percebe que a tal dieta mediterrânea, tão aclamada pelos cientistas, também tem seu lado B.

Falando em carboidrato, quem não pensa em paella quando o assunto é comida espanhola? Pois, bem. No segundo dia em que viajava para fora do Brasil pela primeira vez, em 2008, minha host espanhola me levou para o melhor restaurante de paella de Valência, que é, por sua vez, a capital espanhola da paella. A partir daí todas as que eu experimentei foram um desperdício de calorias.

Então eu não seria a melhor guia de paellas de Barcelona – onde, aliás, a tradição é comer fideua, e não paella. Trata-se do mesmo prato mas, ao invés de arroz, o cozido é feito com um tipo de pasta bem fino. No final das contas, dá mais ou menos na mesma, mas não fale isso aos catalães, por favor.

Toda essa comilança pode ser acompanhada de um bom vinho nacional, uma sangria nos dias quentes de verão – que começam a chegar mais um menos um mês depois do GP – ou com uma taça de cava, o champanhe espanhol. Sou mais prosecco, o parente italiano, do que a versão francesa ou espanhola. Vai ver é de sangue.

Falando em álcool, Barcelona é famosa por ser uma cidade festeira, e ano passado descobrimos um bar que acabou se tornando um perigo: chama-se Dow Jones e funciona como uma bolsa de valores: se alguém compra a cerveja X, por exemplo, o valor dela aumenta e das outras bebidas cai. E, às vezes, a bolsa “quebra” e todos os preços despencam. Você tem alguns segundos para reagir. É claro que tudo isso significa que você não vai ficar bebendo a mesma coisa a noite toda. E sabemos no que dá.

Bebedeiras à parte, as opções são inúmeras em Barcelona. Aliás, são tantas que seria um desperdício comer na área mais turística, do bairro gótico. O melhor sabor da Espanha geralmente está num café minúsculo ou em um restaurante de bairro, onde você vai sair mais que satisfeito por não muito mais que 10 euros.

2 Comments

  1. Julianne, que delícia de post!!! Sem dúvida a melhor paella que comi
    também foi em Valência e sonho com ela até hoje…

  2. Dow Jones ahhahahahah que ideia massa essa do bar…


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