F1 Vettel caminha para superar Alonso em vitórias - Julianne Cerasoli Skip to content

Vettel caminha para superar Alonso em vitórias

A 31ª vitória deixa Sebastian Vettel empatado com Nigel Mansell em quinto lugar entre os maiores vencedores da história da Fórmula 1. Mais significativamente, abre a possibilidade do alemão igualar as 32 conquistas de Fernando Alonso bem no GP da Itália, já na próxima etapa, e consolidar o que já estava se encaminhando para se tornar realidade há algum tempo: o mais jovem dos campeões do mundo está a poucos passos de se tornar o mais vitorioso piloto da atualidade.

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O alemão chegou às 31 vitórias em 112 GPs, enquanto Alonso participou de 208. Entre os outros campeões em atividade, Lewis Hamilton tem 22 vitórias em 121 provas e Kimi Raikkonen, 20 em 187 GPs. Jenson Button venceu 15 das 239 provas que disputou.

Vettel ainda entrou no seleto grupo de cinco pilotos que lideraram mais de 2.000 voltas na carreira, junto de Michael Schumacher, Senna, Alain Prost e Mansell. Mas vai demorar para chegar no outro alemão: Schumi esteve na ponta por 5,111 voltas. O nome do tricampeão também entra em outra lista para poucos: venceu pelo menos cinco provas em quatro temporadas seguidas, assim como Schumacher e Senna.

Com esse ritmo de vitórias, Vettel agora lidera o campeonato com 46 pontos de vantagem, a maior distância obtida por um piloto desde que ele mesmo dominou a temporada de 2011.

Esta foi a vitória mais contundente das cinco de Vettel no ano, sendo a primeira, tecnicamente, de ponta a ponta – e a oitava da carreira. Isso porque o alemão passou todas as voltas na linha de chegada em primeiro, ainda que tenha feito duas ultrapassagens para isso, sobre Hamilton na primeira volta e sobre Jenson Button logo após sua primeira parada. Também dono da volta mais rápida – a 19ª da carreira, igualando Ayrton Senna, Stirling Moss e Damon Hill – o piloto da Red Bull só não marcou um grand chelem pela pole de Hamilton. Essa, aliás, é a quarta pole seguida do inglês, que defende um recorde em sua carreira de sete primeiras filas seguidas.

Uma viseira no caminho de Kimi

Por um lado, o circuito de Spa é um dos mais importantes da carreira de Raikkonen, por outro, parece desafiar marcas de regularidade. Foi lá que Alonso viu acabar sua sequência de 23 provas nos pontos em 2012, da mesma forma como o recorde de 27 do finlandês chegou ao fim.

E, assim como Alonso, abalroado por Grosjean na largada, Kimi não teve culpa alguma. O piloto abandonou por superaquecimento causado por uma sobre viseira que entrou em um dos dutos de freio.

Além de ter pontuado nas 27 provas anteriores, o finlandês não abandonava desde o GP da Alemanha de 2009 e, com 38 largadas, estava a três GPs do recorde de provas terminadas em sequência, que é de Nick Heidfeld.

Voltando a Alonso, o GP da Bélgica era o único no qual o espanhol não havia chegado a um pódio como piloto Ferrari. Agora, a coleção está completa, com 39 troféus de 22 circuitos diferentes nas 69 provas disputadas pela Scuderia.

24 Comments

  1. Superar em números, disse bem. Porque o consenso geral é de que Alonso é muito mais piloto que Vettel.
    Mas na F1 são os números que contam e Sebastian vem fazendo bonito.
    Impressionante as marcas desse garoto.

    Alonso deve ter cólicas ao acordar toda manhã e lembrar que está sendo superado dessa maneira.
    A vida na F1 é muito cruel até mesmo para os grandes. 🙂

    • “consenso geral”!!!! Acho que está mais pra sua opinião.

      • A minha opinião é essa que eu escrevi aí em cima.
        Consenso geral porque é o que eu leio, escuto e vejo em diversos veículos há alguns anos.
        A maioria diz que Alonso é melhor que Vettel, apesar dos números estarem começando a desmentir isso.

        • Respeito sua opnião,mas também não acho que o Alonso é melhor que o Vettel e nem que é um consenso geral. Você acha Ju?

          • Sinto pela opinião de profissionais de dentro do circo que a superioridade de Alonso era, sim, um consenso. Mas este ano especialmente tem mudado a cabeça de alguns, o que é natural porque Vettel ainda está em formação enquanto piloto.
            Alonso é um piloto maduro, que já se provou em diversas circunstâncias diferentes. Todos sabem o que ele pode fazer. Vettel ainda não passou por alguns “testes”, mas isso não quer dizer que não é capaz. Até aqui, foi muito bem no papel de “elemento surpresa” na Toro Rosso e aproveitou todas as oportunidades que teve de ser campeão. Vai conseguir manter-se consistentemente com grandes atuações quando estiver na situação em que o Alonso se encontra desde que saiu da McLaren? Conseguiria conviver com uma situação como aquela da McLaren, com outro grande do lado? Não dá para cravar nem que sim, nem que não. É apenas uma questão de opinião.

      • Concordo com o Dé. É meio que senso comum. Se é verdade ou não, só dando dois bólidos iguais pra tirar a prova real.

    • Se é consenso é porque é geral. Mas é consenso apenas na sua opinião, e não na de muitas pessoas. E digo que a cada corrida esse ´mito´ do Alonso ser o melhor piloto se dilui. No máximo é no mesmo nível de Vettel, Hamilton e Kimi.

  2. Não há com contestar números.
    Vettel é melhor!
    Alonso é bom, mas recebe muito crédito indevido.
    Carro bom não ganha campeonato sozinho, vejam o Webber, Rubinho, etc…
    Se Alonso fosse realmente tudo que dizem, teria desbancando o Hamilton na McLaren.

  3. Francamente, se se alega que Vettel com uma Ferrari não entregaria as mesmas performances que Alonso entrega, eu queria ver Fernando com o mesmo carro fazendo pole positions na frente de Vettel, o que é uma característica ESSENCIAL para todo esse SUCESSO da Red Bull, como a Julianne volta e meia enfatiza com muita propriedade. Dos três gênios atuais da F 1 Fernando é o menos rápido (eu falei dos 3 gênios; Alonso pode ser melhor que os outros dois em outros aspectos, mas não em velocidade para pole positions, o que não significa que ele não as faria, mas sim em menor quantidade). Criou-se uma crença geral sobre essa excelência de Alonso (verdadeira, diga-se de passagem, mas não absoluta como seus fãs pretendem) que não adianta Vettel ou Hamilton serem 10 vezes campeões mundiais consecutivamente que ainda assim serão sempre tachados como inferiores a Alonso. Ninguém tiraria mais desse Red Bull que Vettel, nem Alonso nem Hamilton (cuja tocada é a que mais aprecio, não apenas pela velocidade igual à do Vettel como pelo seu ímpeto e sua “grinta”, vide o último momento do treino classificatório de SPA, em que ele acreditou e não se entregou, fazendo a pole, não obstante toda a incerteza das condições de pista).

    De um modo geral, quem está lá no topo e vencendo sempre é contestado, acho até que é da natureza humana; lembro que o mesmo já ocorreu com Fernando, quando muitos menosprezaram seu incrível bicampeonato, inclusive INJUSTAMENTE creditando seu sucesso ao amortecedor de massa da Renault, esquecendo-se que Fisichella com o mesmo amortecedor de massa não conseguiu superar Schumacher, tal como ocorre com Webber em relação a Vettel, que não consegue entregar o mesmo desempenho do alemão.

    Não dou muito valor a estatísticas em um esporte (?) onde os competidores dependem tanto dos meios que têm em mãos (não me refiro ao seu primoroso e incrível trabalho Julianne, ele é interessantíssimo), mas não há como desprezá-las quando elas começam a se tornar superlativas, como no caso assombroso de Vettel . Significam algo, significam muitíssimo, como bem ilustra a Julianne. (E agora está vindo aí um novo fenômeno na MotoGP, Marc Márquez, com precocidade maior ainda que a do alemão).

    • Falou tudo!

      • Mas tem gente q ainda só parabeniza Newey. Aí não dá, francamente. Uma reflexão ou uma análise não faz mal a ninguém pra desmistificar o tal asturiano. Inclusive, ele tem tudo para entrar no hall dos tricampeões, honestamente.
        Mas o assombro mesmo é continuar o domínio de Vettel, mesmo com as mudanças para 2014. Aí o alemão vai fazer muita gente chorar,(eu inclusive, rs). Esperemos ansiosamente o conjunto piloto – engenheiro – equipe.

        Mas no final, eu sempre tento torcer para Hamilton ou Railkkonen, assim como qualquer pessoa pode torcer pra quem quiser, claro.

        Abr a todos. Parabéns pelo blog, sem dúvida,uma grande referência.

        • Quem torce não vê. Concordo com o Aucam, diria mais: Alonso é o mais completo, talvez por ser maduro. Mas Vettel e Hamilton tem muito mais velocidade pura. Indiscutível.

          • Kin, e muitos parecem não compreender que essa velocidade pura e extrema é requisito ESSENCIAL para que o carro da Red Bull possa vencer tão avassaladoramente. Julianne sempre nos traduz e destaca esse aspecto do carro. Vettel me lembra Jackie Stewart e Jim Clark, que barbarizavam nas primeiríssimas voltas, enquanto seus adversários ainda estavam se estabilizando.

          • Vettel tem mesmo esse estilo que remete a Jim Clark, mas que também era o estilo de Senna: focar MUITO em fazer a pole para sair na frente, abrir e administrar a vitória. O prazer do piloto é acelerar e desafiar o traçado (vide Senna batendo sozinho em Mônaco com 1 minuto de vantagem ou Vettel saindo da pista no Canadá este ano), e não ficar se enroscando no meio do grid.

        • Moisés, pelo sim pelo não sempre é bom termos um lenço de prontidão, hahahaha, porque já li aqui no Total Race que 2014 apresenta um grande desafio, que é conciliar a refrigeração do motor com a aerodinâmica. Como o mago em aerodinâmica é o Newey e acrescendo-se o talento de Vettel mais a expertise da Renault com turbos desde os tempos de Jabouille. . . (embora a mais vitoriosa tenha sido a BMW, que não estará competindo). A Mercedes vai ter que dar a Hamilton um bom “saleiro” para ele dar combate a Vettel, posto que Lewis é o sal que tempera as corridas, mais necessário agora do que nunca, depois que a F 1 jogou fora a pimenta: o mestre das ultrapassagens descomplicadas e irreverentes, Kamui Kobayashi.

          • Eu acho que o Alonso pode ter um papel muito importante no desenvolvimento do bólido 2014 se não fizer como fez esse ano, ignorando o desenvolvimento em pista. Ainda assim, ele é maduro e tem uma visão de corrida como poucos. O Vettel está numa senhora fase, mas não dá pra tirar o Alonso da peleja. E eu queria ter Alonso, Vettel, Lewis, Kimi, até o Massa de volta com o Rosberg, Button e Perez… Pq esse ano tá meio fraco de brigas… Brigas na pista com pilotos que competem pelo campeonato, saca… E é isso o bom de ver, ver dois pilotos se engalfinhando com carros próximos e sabendo que se perderem podem ficar muito atrás.

          • Epico citar o japoca. Valeu!

        • Quem credita unicamente ao Newey não se lembra de Hill perdendo dois anos para o Schumacher (as vitórias só vieram após Schumi ir para a Ferrari começar um projeto novo), ou da Red Bull ser uma Force India (meio do grid) de 2006 a 2008, só tendo o salto qualitativo em 2009, quando Vettel chegou lá.

          Não se lembram, aliás, da Toro Rosso superando a Red Bull nos construtores em 2008 por causa dos 34 pontos do Vettel (seu companheiro marcou só 4).

          Sem um grande piloto para acelerar, engenheiro algum faz mágica. E, como foi bem lembrado pela Julianne, Vettel ainda está amadurecendo como piloto. Assombrou em 2011, passou pela adversidade em 2012 e está tirando o máximo em 2013. Basta ver que este ano, em treinos, está 11×0 contra o Webber, e em corrida, 10×1, Vettel só perdendo a corrida que abandonou por problema de câmbio.

    • Concordo plenamente. Tenho certeza que para fazer volta de classificação tanto o vettel quanto o hamilton são mais rápidos que o alonso.

  4. A barra de titulos poderia ser multiplicada por algum número (x 100?) para que a diferença de um título seja melhor percebida.

  5. O que eu mais ouço quando vejo esta comparação é “já pensou se o espanhol estivesse na RBR?”
    Fazer a história também é tomar as decisões certas.

    • E o espanhol teve a chance de estar na RBR e comandar o time… Não quis. Agora que aguente o Vettel vencendo. Se bem que, segundo ele, ganhar um campeonato mundial não é tão importante quanto correr pela Ferrari. Não sei, mas acho que se perguntar pro Prost, Piquet, Mansell, e principalmente Rubinho, mais importante era o campeonato.


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