F1 Vettel na Aston Martin: A melhor manobra do tetracampeão em 2020 - Julianne Cerasoli Skip to content

Vettel na Aston Martin: A melhor manobra do tetracampeão em 2020

FOTO COLOMBO IMAGES SRL/FIA Pool

 

La vendetta è un piatto che va servito freddo, dizem. Há semanas a Racing Point/Aston Martin esperava a polêmica acerca do projeto de seus dutos de freio para anunciar a contratação de Sebastian Vettel, mas a Ferrari insistia em querer apelar. Até que Lawrence Stroll quebrou as bolhas e foi no motorhome da Scuderia e, minutos depois, a Racing Point retirou o seu próprio protesto. Ao final do GP da Itália, talvez querendo desviar as atenções do fato de que um carro ficou sem freio em Monza e o outro acabou no muro porque sua nova estrela não conseguiu domá-lo, a Scuderia também retirou seu apelo.

E abriu o caminho para que Vettel tivesse o prazer de roubar as manchetes logo no dia de entrevistas para o GP em que a Ferrari comemora 1000 GPs. Um final justo para uma novela que começou com a dispensa por telefone de um tetracampeão do mundo.

Mas seria a Aston Martin apenas a única opção de Vettel continuar no grid ou apenas uma aposta pela tradição de uma marca famosa? Tudo indica que não. O projeto tem a base da equipe mais eficiente da Fórmula 1 nos últimos anos e está recebendo uma injeção de dinheiro em um momento importante, logo antes de uma mudança significativa de regras.

Tudo começou quando Stroll comprou a Force India em meados de 2018. O canadense tem histórico de adquirir empresas que estão em decadência e fazê-las retomar o crescimento, para então lucrar com a venda. Em sua empreitada na F1, não demorou para tornar-se sócio majoritário também na Aston Martin e unir os projetos. A ideia é usar a categoria como plataforma de marketing e tecnologia para alavancar a marca britânica. Não por acaso, o projeto já atraiu inclusive o chefe da Mercedes, Toto Wolff, que é próximo a Stroll e também se tornou acionista da Aston Martin, e tem proximidade com a Mercedes, que fornece motor e câmbio para a equipe.

A proximidade com os hexacampeões a tanta que até gerou uma polêmica nesta temporada devido à semelhança do carro da Racing Point com o da Mercedes, a ponto de o carro ficar conhecido como Mercedes rosa. Eles chegaram a ser punidos com a perda de 15 pontos devido ao processo de desenho dos dutos de freio traseiros mas, ainda assim, estão em quarto lugar no mundial de construtores, não vão ter que mudar o carro significativamente para o ano que vem, e acabam de conquistar um pódio no GP da Itália, com Lance Stroll.

No campo técnico, o time está recebendo um grande investimento para a construção de uma sede totalmente nova, que deve estar operando em agosto de 2022. Este é o momento certo para uma equipe crescer já que, a partir do ano que vem, entra em vigor um teto orçamentário na F1. Para um time médio, como a Racing Point é hoje, ficando abaixo do teto de 145 milhões de dólares (excetuando-se alguns gastos importantes, como salários dos pilotos, por exemplo) normalmente, pode ser uma grande oportunidade de melhorar o corpo técnico, já que operações maiores, como da Mercedes e Red Bull, terão de ser reduzidas. E a oferta de bons profissionais no mercado deve ser maior que o normal.

Além disso, as novas regras da F1, desde o teto de gastos em si até limitações de desenvolvimento aerodinâmico baseadas na posição do campeonato, caem como uma luva para a organização da Racing Point que, desde a época de Force India, é conhecida pela eficiência: por muitos anos, o time foi aquele que gastou menos dinheiro por ponto conquistado no campeonato. Trata-se de uma combinação interessante, que agora ganha um piloto tetracampeão do mundo.

Para 2021, espera-se apenas uma pequena evolução em relação ao que foi conquistado neste ano, uma vez que várias mudanças estão limitadas. Mas todas as equipes começam do zero em 2022, quando estreia um novo regulamento técnico.

Para Vettel, é uma ótima chance de recomeçar, depois que o alemão sofreu para se adaptar ao carro da Ferrari, especialmente nas últimas duas temporadas. Vettel tem um estilo de pilotagem bastante sensível e específico, e tem experiência suficiente para guiar a Aston Martin em torno de um projeto que atenda melhor a suas necessidades.

4 Comments

  1. Para mim, o Vettel é um dos maiores pilotos da F-1 moderna. Vida longa ao Vettel na F-1! Parabéns!

  2. “La vendetta è un piatto che va servito freddo”, pura verdade no caso de Vettel. Ano passado com a chegada de Leclerc e os maus resultados do alemão, foi noticiado em vários meios que cobrem a F1 que o Vettel já era, estava em fim de carreira e chegaram a falar que os 4 títulos foi mais obra do A. Newey do que do piloto. Surgiu até uma Leclercmania entre os tifosi e desdenharam do Vettel. Claro que o cara é um dos melhores do mundo e ainda tem muito a oferecer a F1. Adorei a ida dele para a Aston Martin e tenho certeza que é melhor opção do que a atual Ferrari, Leclerc foi que acabou com um abacaxi nas mãos.

  3. A confirmação de uma noticia que se esperava à já muito tempo.
    O Vettel vai ter que fazer na Aston Martin o que o Verstappen faz na Red Bull e o Hamilton na Mercedes, ser o principal piloto, aquele em que a equipa contra sempre e ele não pode deixar que seja de outra maneira, pois caso isso aconteça a sua carreira na F1 pode ficar seriamente comprometida.
    Mas acredito que o Vettel vai voltar aos seus bons momentos.

    cumprimentos

    visitem: https://estrelasf1.blogspot.com/

  4. O Vettel está num momento ruim da carreira, mas tem talento suficiente para dar a volta por cima e trazer muitas alegrias ao “novo” time Aston Martin.


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