Que ninguém estranhe outra vitória flag to finish de Sebastian Vettel no GP de Cingapura no domingo. Mas, a julgar pelos dados iniciais dos treinos livres, parece que a comemoração do título terá de esperar mais duas semanas: é impossível descartar nomes como Fernando Alonso, Mark Webber ou Jenson Button para o pódio.
Ainda que a Red Bull – com Vettel, que fique claro – tenha demonstrado vantagem nas saídas com pneu macio, supermacio e na simulação de classificação, McLaren e Ferrari estão na luta pelo pódio – e os italianos parecem, em um dia cercado de problemas para os ingleses, ter alguma vantagem.
De acordo com o diretor esportivo da Pirelli, Paul Hembery, os dados iniciais dão conta de que os pneus aguentam por cerca de 15 voltas. Como o total da prova é de 61, é de se esperar uma prova com três paradas, sendo três stints no pneu mais rápido e um último no macio.
Não é o que dizem os pilotos ou mesmo os tempos das simulações com supermacios, que não passam de 10 voltas na melhor das hipóteses, sendo que a maioria passou a perder rendimento a partir da sexta.
Isto, ao menos neste primeiro dia de treinos, pois a evolução da pista e dos carros pode alterar o cenário. Também dentro disso, outro destaque foi a diferença entre os pneus macio e supermacio, o que pode levar a um grande esforço para poupar borracha na classificação.
Ainda assim, é cedo para prever uma prova com muitas trocas de pneus, até porque Cingapura representa a maior perda de tempo nos boxes do ano: são 30s, contra cerca de 20s da maioria dos circuitos.
O rendimento da Red Bull com pneus macios foi desanimador para a concorrência. Vettel foi o único a entrar na casa dos 1min47, enquanto Webber e Hamilton estavam nos 1min48 e as Ferrari, nos 1min49.
No meio do pelotão, a briga promete ser mais uma vez apertada. A Williams, que andou boa parte do primeiro treino, com o pneu macio, entre os 10 primeiros, caiu quando colocou supermacio, sugerindo desgaste maior em relação aos rivais. A comparação entre os stints mais longos de Maldonado, Senna, Sutil e Perez (os que fizeram mais voltas em sequência em suas respectivas equipes) mostra uma Force India mais forte.
Foi uma sexta-feira de grandes diferenças – mais de 2s separavam Vettel do sexto colocado, Michael Schumacher. Além da volta mais longa, outra explicação seria de que alguns pilotos optaram por usar a pista toda, como se não houvesse zebras (elas foram retiradas em três curvas por problemas de segurança, mas deverão ser reinstaladas amanhã), o que ajudou os tempos de volta.
4 Comments
Voltou de viagem, né Julianne? bem vinda de volta…
Sobre vitória e/ou título, parece que uma pessoa eu garanto que vai torcer pelo título do Vettel: eu li – acho que no Total Race mesmo – que o Glock casou uma grana de aposta no título saindo esse fim de semana…
Obrigado, Pedro.
Realmente, o Glock apostou. O Rosberg estava do lado dele quando comentou e afirmou ter ouvido dizer que o alemão tinha colocado 20.000 euros em Vettel. Glock negou a quantia, claro! Pagando bem a Virgin, não?
Pois é, esses valores são meio fora da nossa realidade, né? Pra gente ver que mesmo os caras do fim do pelotão não são pouca coisa.
Agora, olha aí o Glock se enfurnando numa decisão de campeonato de novo, hein? Será que vai haver conflito de interesses em alguma bandeira azul no meio da corrida? hehehe
Mas tirando as brincadeiras, como muita gente comentou por aí, eu também acho que seria mais legal o campeonato terminar no Japão, mesmo.
É só o Vettel não errar na classificação (como no ano passado, quando dominou todos os treinos e perdeu a prova justamente por largar em segundo) que a vitória aparentemente vem fácil. Acho que acaba em Cingapura mesmo: não é nada difícil Hamilton terminar em segundo (impedindo assim Button e Webber de estarem no segundo lugar do pódio) e Alonso fora do pódio, pois o ritmo da Ferrari nas duas últimas provas não foi bom. E aposto que Vettel vence, a partir de Cingapura, as cinco corridas restantes.