A turma do Credenciados dentro do projeto de financiamento coletivo do Catarse tem a chance de “encomendar” temas para eu perguntar no paddock. Uma das dúvidas levantadas para o Canadá era sobre o boato de Nico Hulkenberg ir para a Red Bull, e já falei sobre isso nos drops.
Então vou deixar aqui as respostas à dúvida de Itamar Pereira, que perguntou sobre a relação entre Lewis Hamilton e Valtteri Bottas.
“Sinto muito ser chato, mas não tenho nada interessante a dizer”, respondeu Bottas. “Nossa relação continua a mesma. Sempre houve muito respeito entre nós dois e continua sendo assim. Continuamos compartilhando todos os dados e não tenho nenhum problema quanto a isso. E, quando colocamos o capacete, é a hora de um disputar contra o outro.”
Depois perguntei ao Toto Wolff se ele ficaria surpreso em ver esse mesmo clima até o final do campeonato.
“Não ficaria surpreso porque é uma questão de personalidade. Os dois são muito maduros. Você precisa entender que às vezes as coisas podem ficar bem… competitivas. Mas acho que, se conseguirmos manter só nesse nível e não deixar virar uma controvérsia, isso seria uma prova do sucesso da equipe.”
Já a Ana Luiza Kalil perguntou quem faz o transporte dos pneus para as corridas. Confesso que achava que os pneus iam juntos com os carros, ou seja, no transporte pago e organizado pela FOM, mas não é bem assim, como me explicou o Mario Isola, diretor esportivo da marca italiana.
“Temos dois tipos diferentes de situação: nos GPs na Europa e fora da Europa. Produzimos todos os pneus na Romênia e, nas provas europeias, os pneus primeiros vão para nossa centro tecnológico na Inglaterra para que sejam separados os pneus de cada piloto – cada um dos 1800 pneus usados em cada corrida tem seu código de barras próprio e, depois que a FIA sorteia qual vai ficar para cada piloto, nós separamos. Chamamos isso de “griding”. Fazemos isso lá porque, quando chegamos na pista, não temos muito tempo.
“Para os eventos fora da Europa, não temos tempo para mandar os pneus para a Inglaterra, então mandamos os pneus de navio e nosso pessoal chega na pista alguns dias antes para fazer essa separação.”
Para as corridas fora da Europa, é a DHL que faz o serviço de transporte e, na Europa, é a Stobart que transporta por terra. E quem paga a conta é a própria Pirelli.
Algo interessante que achei da resposta de Isola é que é um dos exemplos de por que a F1 está resistindo tanto a aumentar seu calendário, mas esse é um tema para um próximo post!
Quer se juntar aos Credenciados? Dá uma olhada no site do projeto do Catarse!
4 Comments
Ju, 1800 pneus por corrida, 37.800 por ano… Ecologicamente falando, como a Pirelli encara a conta? Eles recolhem? Reciclam? Reaproveitam? Ou só coletam amostra para estudos e deixam como herança? É muito látex!!! Ficou legal essa história de perguntas dos credenciados. Beijinhos e boas “férias” Jô-banguela e inchada. *Josianne Francia Cerasoli* *Departamento de História – Unicamp*
*https://www.ifch.unicamp.br/ciec/ *
Eles reciclam. O problema é que o pneu não pode ser reutilizado depois que eles montam na roda. Então, por exemplo, quando não chove, são centenas de pneus perdidos
Julianne,
O Cartase me parece ser uma assinatura mensal, mas não possuo condições, no momento, de fazer uma assinatura mensal, mas quero contribuir pra melhor jornalista do Brasil (quiçá do mundo dada a parcialidade da imprensa em geral nos dias de hoje) se manter no circo da F1.
Existe essa possibilidade?
Grande abraço e tudo de bom!
Oi Nato,
Obrigada pelo interesse. O lance no Catarse não é tanto contribuir para eu me manter, mas sim uma troca por conteúdo e acesso exclusivo, e por isso é feito no sistema de assinatura. Nada impede, contudo, que você assine por um, dois meses, e cancele depois. Não há carência.