F1 O legado de uma geração - Julianne Cerasoli Skip to content

O legado de uma geração

Na semana passada, Felipe Motta publicou uma coluna aqui no TotalRace fazendo um paralelo entre os GPs da Coreia de 2010 e 2013. Há três anos, vivíamos a expectativa de um título mundial sendo disputado por cinco pilotos e a certeza de que assistíamos a uma geração especial, com três candidatos a gênios e outros dois competentes o suficiente para terem seus momentos de protagonistas.

De lá para cá, vimos a queda vertiginosa de Webber na mesma proporção em que o ‘crash kid’ Vettel tomou ares de Deus. Tivemos, ainda, a volta de Kimi Raikkonen, outro nome daqueles que têm talento para entrar para a história entre os grandes.

Mas uma série de circunstâncias fez com que apenas um desses pilotos saísse coroado com títulos. O quarto seguido de um piloto de apenas 26 anos abre uma perspectiva completamente diferente daquela de 2010 para esta geração. E o que parecia um novo final de anos 1980 de repente mais parece uma repeteco da era Schumacher.

Concordo com Hamilton que isso é uma pena. “Eu e Fernando em quinto e sexto lugares no final, tenho nossa corridinha… temos mais calibre do que isso, deveríamos estar mais adiante e lutando por campeonatos mundiais com Sebastian”, se resignou após o GP da Coreia. É inegável o mérito do conjunto Red Bull/Vettel, que não pode ser culpado por nada disso, mas certamente a sequência de títulos vai deturpar a noção histórica do que representaram os grandes talentos que estamos vendo nas pistas.

Lendo comentários sobre a noção geral da época de domínio do “outro” alemão, normalmente vemos a depreciação de seus rivais. O único que costuma escapar é Hakkinen, que acabou tendo apenas três temporadas de “embate direto” com Schumi.

Por outro lado, a geração dos anos 1980 é lembrada pelos grandes embates entre Mansell e Piquet, Prost e Senna – e um tirando vantagem da rivalidade do outro.

Mas como será que a geração atual será lembrada? Seria Alonso um novo Fittipaldi, um piloto de agressividade controlada que foi campeão muito jovem e depois tomou decisões na carreira que o afastaram dos títulos? E Hamilton, será apontado como um Mansell tatuado ao invés de bigodudo ou terá tempo para se reerguer junto da Mercedes? Raikkonen vai mesmo ser o baladeiro “one hit wonder” como seu ídolo James Hunt?

Façam suas apostas.

55 Comments

  1. Julianne. É difícil encontrar uma garota que goste de automobilismo. Li as últimas matérias publicadas e adorei o seu trabalho. É certo que sempre estarei atento sobre o que você escreve. Até parece que encontrei uma amiga nova, daquelas que sempre gostamos de conversar.
    Acho que o nome a ser lembrado é o Adrian Newey. “O Mago da Aerodinâmica”. Ele foi projetista da Williams campeã com Mansell, Prost e Hill, da McLaren de Hakkinen e agora da Red Bull da Vettel. Quantos aos pilotos? Acredito que cada um irá ser lembrado segundo suas realizações. Alonso, Massa, Hamilton, Raikkonen, podem vir a dar sua parcela de contribuição para história da Formula 1.

    • Massa entra para a historia como o segundo piloto, escudeiro mais submisso da história e o que ficou mais corrida atras do primeiro piloto, quanto ao vettel ele sendo o melhor hoje em todos os sentidos, velocidade pura ritmo de corrida um piloto frio que não erra dá nisso tetra campeão com 26 anos um fenomeno uma lenda do automobilismo, quantos aos outros bem ainda tem tempo o Hamiltom é novo pode ter um carro muito bom no próximo, assim como Alonso e Kimi. só que eles independente do que tiver em mãos vão encarar cara da formula 1 atual e torço muito para a rbr acertar e dar a ele um equipamento como vem acontecendo para ele quebrar todos os record ele merece. junto com isso muita competiçao com os mercedes e ferraris.

  2. Ótimo post. Ótimas comparações. Eu sempre comparei Alonso a Prost, mas com o Fittipaldi ficou melhor.
    Aproveitando para falar, creio que Alonso não é 100% completo por falta de velocidade numa volta lançada. Apesar dele jurar que é rápido, creio que faltam alguns décimos, nem me refiro só a essa fase,falo da carreira mesmo. E isso o prejudica bastante.
    Em relação à Coreia vi isso. Mas principalmente, tenho que registrar que achei sua corrida muito parecida com Cingapura. Morna, sempre no mesmo lugar, sem passar nem ser passado, a diferença é que lá ele terminou a primeira curva em segundo (salvo engano) e nessa não conseguiu largar bem. Tirando a largada a corrida foi a mesma.

    • Augusto concordo com vc Os pilotos da ferrari são lentos em uma volta lançada e o Alonso não é tudo isso que falam ver 2007 ele tinha um estreante e não conseguiu ser melhor se ele tivesse feito com Hamiltom o que ele faz com Massa e vettel faz com Webber ele não teria brigado nem chantageado a história de 2007 seria ele campeão, mas não foi isso que aconteceu ele viu que estava sendo mais lento e apelou ai o resto todos viram. Alonso é o piloto mais protegido da mídia não sofre crítica sempre todos falando que ele tira leite de pedra etc e tal eu não vejo isso vejos nas corridas um piloto bom quando o carro tá bom e um piloto médio quando o carro não responde.

  3. É uma excelente reflexão.

    Todos nós em algum momento questionamos os insuperáveis números do Schumacher em parte pelo equipamento quase imbatível apresentado pela Ferrari entre 2000 e 2004, em pela ausência de um oponente constante e forte ao alemão – exceto Hakkinen e também Alonso, já no fim do reinado do heptacampeão. Ninguém duvida que o alemão tenha sido o melhor piloto do mundo na maior parte desse tempo, mas será que teria conseguido tantos números tivesse uma equipe para rivalizar seriamente com a Ferrari?

    Por mais que Montoya tivesse lampejos e fosse um piloto de impressionante velocidade, tinha fama de atabalhoado e não primava pela constância. O Schumacher mais jovem, honestamente, sobreviveu na F1, a meu ver, mais pelo sobrenome do que por qualquer outra coisa. Raikkonen era muito moço, Barrichello estava derrotado pelas circunstâncias e o Coulthard… Bem, ninguém se lembra do Coulthard.

    Hoje eu estava comentando com a minha mãe – veja só – a façanha que o Vettel deve conseguir até Abu Dhabi: tornar-se tetracampeão aos 26 anos impondo-se sobre um grid tão forte e de com pilotos com tamanho talento como Alonso, Hamilton e Raikkonen.

    Acho que todos precisamos ser justos com Vettel: é impossível dar uma de Alonso e transferir para terceiros os louros pelas conquistas que o moleque vem conseguindo. E olha que apesar de prestar atenção no moleque desde 2007 e de esperar grandes coisas dele, fui um dos que questionavam esse garoto até 2011, afinal, o que era a carreira dele até aquele ponto: um título salvo num match point desesperado e outro conquistado com um foguete. Mas depois da temporada que ele fez em 2012 – sobretudo na segunda metade do ano sem erros – e do que ele vem fazendo em 2013 – irretocável – não dá mais para ignorar. Vettel é um piloto completo e talentosíssimo.

    Preciso em classificação e inteligente na condução da corrida, talvez o que lhe falte seja uma leitura tão apurada das dinâmicas de prova como parecem ter Alonso e Raikkonen. Sinto que Vettel – e Hamilton também, em alguma medida – precisa muito que informações lhe sejam passadas o tempo todo pelo pessoal da equipe e esse é um ponto em que vejo Alonso e Raikkonen mais “independentes”.

    Todos sabemos que há pelo menos outros três pilotos de grande nível e que estão sendo meio injustiçados: Alonso, Hamilton e Raikkonen. Querendo ou não, a percepção histórica é muito definida pela quantidade de títulos e acho que todos concordam que se Vettel tem méritos em ser o virtual tetra, Alonso, Hamilton e Raikkonen merecem mais campeonatos do que têm. É um paradoxo que vai alimentar muitas boas discussões no futuro.

    Gostei da comparação de Alonso com Fittipaldi, mas acho que o desafio que ao qual rato se propôs na época lhe deu um caminho mais trabalhoso do que o do espanhol, vítima da sua própria falta de tato na gerência da carreira. Não sei quanto tempo cada um terá, mas pelo que já construiu, Vettel deve vencer as comparações estatísticas contra todos. É a vantagem de estar numa equipe dominante, ainda que eu não acredite em super homens: numa análise atenta sempre vão aparecer pontos fortes e fracos de cada um, e mais: quem tem boa memória nunca vai esquecer da história e das circunstâncias em que foram disputados cada campeonato. Isso é importantíssimo e deveria contar tanto quanto os números nas tabelas estatísticas.

    • Uma bela reflexão essa sua quanto aos injustiçados não vejo assim, Alonso foi bi com o melhor carro em 2005 e 2006, o Kimi de certa forma poderia ter ganhado campeonatos com a mclarem, o carro era um foqguete mas quebrava muito, o hamiltom poderia ser tri campeão tinha um carro bom em 2007 e 2008 e 2010. em 2007 e 2010 errou quando não devia. o Alonso teve um carro para ser campeão em 2007 perdeu em 2010 perdeu, em 2012 ficou com uma vantagem enorme errou perdeu.

    • Belo pensamento. Sem nada a acrescentar. Parabéns.

      Também acho que a comparação foi justa. Emerson se colocou em vias que impediram ele de disputar o título. Mas ele sabia o que estava fazendo e que isso seria virtualmente impossível dali em diante. Já Alonso se colocou impedido de disputar o título muito por suas manobras para tentar melhorar e que acabaram lhe prejudicando. Com aquele carro da Mclaren ele poderia disputar em 2008 ainda o campeonato e ter um carro melhor para 2010, se continuasse na equipe com Lewis. Claro, teria que responder na pista aquele garoto atrevido que lhe tomava os pontos, mas teria mais chance de ter mais títulos.

      • Teria que fazer como Prost fez com Senna: continuou na equipe e bateu o companheiro no ano seguinte. Alonso sairia MUITO fortalecido se tratasse o episódio dessa maneira.

        • Sensacional para a Cerasolli,que no texto convida de forma bem sutil para essa reflexão, e a VOCÊS pela incrível lucidez e coerência dos comentários. Isso que eu chamo de educação (educated+polite). NOTA 10! Abr.

        • Exatamente. Prost sabia que tinha que sair da equipe, mas sabia que teria de ser de forma não negativa para ele. Ganhar um mundial foi exatamente o que ele precisava, e ainda alegou (justamente) que o Ayrton era beneficiado. Precisava de mais? Pronto, saiu por cima e pode escolher a Ferrari e depois a Willians lá na frente.

          Já Alonso, brigou, perdeu e não respondeu. Sem mais, meritíssimo.

          E eu acredito que naquela altura, com Hamilton sendo muito incosistente em decisões, o Alonso poderia ganhar do Hamilton sem muitas dificuldades. Mas…

          • Estou REPOSICIONANDO aqui, no lugar certo, o comentário que postei lá embaixo por erro:

            Eric e Kin:
            Concordo com vocês, afinal o ditado diz que “o bom cabrito não berra”. Alonso deveria ter ficado mais um ano na McLaren, de qualquer maneira teria vencido mais que voltando à Renault, talvez pudesse até mesmo ter superado Hamilton. Mas Alonso às vezes passa a impressão que não confia em seu próprio taco, o que acho incrível. Nesse aspecto, Hamilton esbanja autoconfiança, não só nas pistas como fora delas também, vide o salto no escuro que deu ao sair da McLaren para a Mercedes. Os fãs de Alonso confiam mais nas habilidades dele que ele próprio!

  4. Julianne,

    Começo fora do post, mas refletindo a minha perplexidade sobre os acontecimentos de hoje: sempre vi com reservas esses farellis, e Alonso – que ninguém pode acusar de não entender do riscado – disse exata e magistralmente o que penso deles, ainda no sábado, antes da corrida da Coréia (e Webber hoje). Aliás, nem consigo entender o porque do fabricante ao aceitar produzí-los dessa maneira, A PEDIDO, posto que estou cansado de ver “experts em automobilismo” comentarem em blogs por aí que não vão mais calçar seus carros com a marca, parecendo desconhecer que QUALQUER fabricante, INCLUSIVE O ATUAL fornecedor, se assim solicitado, pode fazer HOJE MESMO pneus que durem a corrida inteira, como antigamente, quando não havia trocas. A situação torna-se tão mais absurda quando, em nome da economia, sequer se permite que testes práticos sejam efetuados com a necessária constância, até que se possa desenvolver e calibrar com precisão a sua durabilidade ideal e segurança necessária. No entanto, registro que fico impressionado com os riscos que esses pneus, do jeito que estão, oferecem: respondendo a uma pergunta minha, Julianne, você esclareceu que um bacalhau desses que têm sido arremessados pode pesar em torno de 3 quilos. Não é difícil imaginar que, colhido a mais de 200 km p/hora, possa quebrar a cervical de um piloto, com HANS e tudo. . .

    Quanto à análise da 3ª Geração de Ouro, Hamilton, Vettel e Alonso transcenderão as estatísticas, todos três serão lembrados em conjunto, indissociavelmente, pois as performances de cada um deles confere grandeza às dos demais. Fico perplexo quando vejo diminuírem Vettel. Os aficionados mais jovens que incorrem nesse equívoco, também em relação aos outros dois, com o tempo aprenderão a reconhecer os fora-de-série que forem surgindo, quando, no Futuro, colocarem em perspectiva histórica essa maravilhosa Era que presenciamos hoje, não importa que os números de Vettel sejam tão extasiantes e superiores aos dos outros. Sempre disse aqui em meus pitacos duas coisas: que não atribuo tanto valor a estatísticas e que não é possível comparar pilotos de épocas diferentes, posto que nesse tipo de competição – o automobilismo – os participantes dependem muitíssimo dos meios que têm em mãos. Mas as performances de Hamilton, Vettel e Alonso, sua supremacia sobre todos os demais, sua excelência de pilotagem, seu arrojo, sua tenacidade e sua extrema velocidade perpassarão os Tempos e serão sempre lembrados. Eu – que devoro tudo sobre F 1 desde ainda os tempos jurássicos de Fangio, pela minha idade – considero-me um privilegiado por vê-los em ação e de pronto reconheci a chama da genialidade em cada um deles – Hamilton, Vettel e Alonso – desde seus primeiros passos ainda nas categorias de acesso. Nenhum dos três pratica o ENTEDIANTE AUTOMOBILISMO DE ESPERA. São muito jovens e reinarão por bastante tempo ainda. Hoje – apesar de gostar muitíssimo das tocadas de Robin Frijns (que está sendo irresponsavelmente desperdiçado), James Calado e Félix da Costa, ainda não consigo enxergar neles essa chama de genialidade que reconheci imediatamente em Hamilton, Vettel e Alonso. Cito os três grandes de hoje nessa ordem por causa das características que mais valorizo em um piloto – impetuosidade, arrojo, habilidade natural e extrema velocidade, que são a ESSÊNCIA do bom automobilismo – mas outros aficionados poderão ordená-la de acordo com o que valorizarem mais.

    • Caro Aucam,

      já li alguns comentários seus e acredito que vc realmente entenda muito por acompanhar a F1 há tanto tempo. O Livio Oricchio estava discutindo em um post recente no seu blog a importância do piloto e sugeriu um percentual de 60% do desempenho poderia ser atribuído ao piloto e 40% ao carro. Já o Luciano Burti disse num programa da globo na sexta (o corujão do esporte) que acredita que no automobilismo em geral seria 70% carro e 30% piloto, mas ressaltou que acha o Vettel extraordinário, um dos melhores. Você arriscaria algum percentual?
      Abs

      • Caro Flávio,

        Em primeiro lugar, muito obrigado. Realmente, pela minha idade e pela paixão que sempre tive pelo automobilismo, acompanho a F 1 há muito tempo, desde os tempos de Fangio. Veja, torço por Hamilton, suas características de pilotagem são as que mais me empolgam pelo aspectos que pessoalmente mais valorizo em um piloto – impetuosidade, arrojo e extrema velocidade – mas eu não tenho dúvida alguma que, pelo CONJUNTO de características que tem, VETTEL é HOJE o melhor dos três pilotos que na minha simples opinião considero como gênios: ele próprio, Hamilton e Alonso. Vettel tem a mesma velocidade que Hamilton, porém tem mais frieza nos momentos decisivos e demonstrou isso brilhantemente ganhando em Abu Dhabi o campeonato de 2010 – de virada – e em Interlagos em 2012, quando se viu de repente com o pelotão inteiro da corrida em sentido contrário e ainda assim foi buscar o título. Hoje o alemão alia essa velocidade e essa frieza à experiência, que apesar de tão jovem já tem de sobra. Creio, no entanto, que Hamilton é mais impetuoso que Vettel quando a situação assim exige, e tem o arrojo necessário para estar sempre arriscando, até fora das pistas, como na decisão de ir da McLaren para a Mercedes.

        Quanto à questão do percentual, creio que a única maneira de tentarmos quantificá-lo é quando comparamos diretamente dois competidores no mesmo carro, aí realmente o piloto faz a diferença TODA. Então ESTRITAMENTE sob esse aspecto, o Lívio tem razão, 60% para o piloto. Veja que Webber tem o mesmo carro de Vettel sem conseguir ser campeão e Fisichella (que não era bobo) tinha um carro igual ao de Alonso, com o mesmo amortecedor de massa, e não conseguiu se impor a Schumacher. Mas veja, tudo é tão relativo. . . Em 1993, Senna – com um carro inferior – (eu torcia por Piquet mas também reconhecia a genialidade de Senna) assombrou o mundo peitando não apenas Prost – que corria num carro incrível – mas também o então jovem Michael Schumacher – que corria com o mesmo motor Ford mas de uma especificação acima. No fim, Prost venceu o campeonato com o melhor carro, mas Senna pela última vez confirmou que o Homem pode ser superior à máquina com o show que deu na última prova, na Austrália, vencendo a corrida com um carro que não era o melhor. Mas é claro que – radicalizando – dentro da triste realidade de uma Caterham ou de uma Marussia nenhum dos três gênios atuais poderia vencer, então é necessário terem um bom carro nas mãos para poderem expressar toda a sua genialidade. E, numa disputa entre gênios com diferentes carros, os meios que eles tem em mãos fazem diferença. No entanto, acredito que ninguém tiraria mais dessa Red Bull do que Vettel, hoje. Ele tem todos os méritos, indiscutivelmente. Por outro lado, existem pilotos medianos com excelentes carros que não conseguem ser campeões, como os citados Webber e Fisichella (e outros). O automobilismo é e sempre foi muito complexo, inúmeros são os aspectos que influenciam nos resultados, como você também sabe.

        Forte abraço.

        • Obrigado pela resposta e também pela sua análise Aucam.

          Também torço pelo Hamilton por causa do seu arrojo e velocidade. Quanto ao Vettel, acho ele um gênio e realmente tem muita frieza, mas na minha humilde opinião o piloto mais completo atualmente é o Alonso, a temporada dele no ano passado foi fantástica, alguns dizem até que lembrou muito a que o Senna teve em 1993.

          Grande abraço

  5. Vettel é bom, fato, mas o que fica desses triunfos sem disputa direta é que o equipamento é superior. Ficaremos a debater por 150 anos, mas nunca teremos respostas, pois nunca veremos os 4 grandes da atualidade em carros iguais, e julgar o que fariam com esse RBR soa tão parcial, quanto pessoal. Julgar características de pilotos levando em conta os equipamentos de reações e características diferentes, induz que o piloto não possui tal habilidade, e se um carro gasta mais ou não é rápido o suficiente em volta lançada, o piloto tem a parcela de culpa, mas um projeto falho, “premia” engenheiros e pilotos…Existem segundos que chegam no vácuo e segundos a 30 segundos, nesse caso, houve disputa ou não. O fato é: Vettel é bom, mas com equipamentos iguais e em circunstancias normais, não colocaria 30 segundos em Hamilton, Alonso e Raikkonen. A F-1 é um esporte interativo, onde homem e máquina se completam e nesse casso se misturam…Atribuir porcentagens de sucesso soa tão irreal quanto fantasioso! Em uma comparação com os esportes exclusivamente “humanos”, onde os meios de disputa incluem apenas os corpos, podemos atribuir o sucesso a organização tática ou ao atleta em particular (ex: futebol, tênis, vôlei…), mas no caso do automobilismo, o conjunto da obra vencedora tem que levar em consideração a forma da disputa, os concorrentes, os meios de cada um, se houve disputa direta, recursos físicos…Enfim, no tênis podemos dizer que o atleta é o responsável direto pelo sucesso, mas na F-1 a conversa é mais complexa. Vejo um diferencial dessa F-1 dominada pela aerodinâmica e com carros que não quebram, premiadora do melhor conjunto, carro/piloto ou piloto/carro, pois hj não temos quebras e pistas com caixas de brita para equalizar os resultados (melhores conjuntos x piores conjuntos), hehe, hj com toda eletrônica, mapeamento, túneis de vento, é difícil falar em sorte. Concordo com Hamilton, ele e Alonso são muito melhores do que 30 segundos da luta pela vitória.

      • O Maldonado ganhou com a 7ª força do grid ano passado? Coloquem ele no pedestal, dêem a RBR para ele. Ou não?

  6. Deixa ver se eu entendi, quem leva o crédito pelas vitórias não é Vettel e sim Newey, mas quem é sempre vaiado é o piloto… Onde estão as vaias para Newey? Quando Barnard, Murray, Nichols projetaram as fantásticas Mclarens dos anos 80, ninguém fez mimimi. Neil Oatley ainda contribuiu muito para os títulos de 90, 91. A Mclaren entre 1984 e 1991 foi disparada a melhor equipe por muito tempo! Nesse período massacraram as rivais:

    007 – Títulos de pilotos
    006 – Títulos de construtores
    063 – Vitórias
    058 – Poles
    044 – M.Voltas
    132 – Pódios
    023 – Dobradinhas

    Nessa época a concorrência era de dar dó, a lendária Ferrari por exemplo era de dar dó, a Williams até tentou uma reação entre 86/87 graças a Head e Dernie, mas depois que perdeu o fantástico motor Honda, adeus! Fica a pergunta: “qual influência tiveram os carros projetados por Barnard, Murray e Nichols nesse avassalador sucesso?”. Bom lembrar, nessa época esses eram os grandes projetistas da época, e na proporção não deviam nada a Newey, que só apareceu nos anos 90.

    Dizem que Jim Clark foi um dos maiores pilotos de todos os tempos! Mas o escocês só chegou ao bicampeonato graças ao fantástico Lotus 25 e 33, criação do genial Colin Chapman. Os carros de 63 e 65 foram dão dominantes, que na metade da temporada todos já se davam conta de quem seria o campeão. Não adianta questionar que a década de 50/60/70 eram mais desafiadoras. Estou querendo saber qual a importância de C.Chapman nas conquistas de Clark, o mesmo serve para os campeões dos anos 80. O bicampeão Clark faria metade do que fez sem o mago C.Chapman?

    Chega se hilário, Chapman sempre foi endeusado junto com seus pilotos, mas isso não ocorre entre Newey e Vettel. Quem foi o verdadeiro campeão em 63/65/68/70/72/78, os pilotos ou os fantásticos Lotus criados por Chapman?

    Um grande campeão sempre vai depender de um grande projetista, e ambos sempre vão depender de um grande investimento, fora um time eficiente nos boxes. Formula 1 não é esporte individual, prevalece o plural. Formou um grupo de projetistas e trabalho de boxes eficiente, o resto é com o piloto na pista…

    Chega ser bizarro criticar sucesso de um time que esta vencendo, ao mesmo tempo passar a mão na cabecinha de um piloto que virou fiasco a muito tempo, caso de Massa. Se Vettel fosse um manézão, ele nem pontuaria na decisão em Abu 2010, o mesmo serve pra sua fantástica corrida de recuperação em Abu e Interlagos 2012.

    Newey é fera, mas Vettel esta fazendo sua parte de forma espetacular, fraco seria se jogasse título fora com um grande carro. Vettel e a RBR não vacilam, essa é a questão! Eu vi esse ano o carro RBR deixar Vettel na mão quando liderava o GP da Inglaterra, mas não vi acontecer o contrário. Após 14 corridas, o alemão não cometeu nenhuma pixotada, pilotagem assim em uma temporada só vi acontecer com Prost em 1988( em 14 corridas ou foi primeiro ou foi segundo, dois abandonos foi por quebra), e Schumacher em 2002 fazendo pódio em todas as provas. Uma performance de fazer inveja a outros campeões que tiveram grande carros. Mansell e Prost com um carro fantástico não conseguiram isso, o mesmo pode se dizer de Senna em 88/89. Arrojo e velocidade sem controle não que dizer muito! Vettel é veloz, precioso e cerebral…esta longe de ser taxado piloto afobado. Pela pouca idade, é um fenômeno no esporte a motor!

    Quando Toro-Rosso e RBR estavam na pindaíba em 07/08, nenhum piloto de ponta foi atrás do fantástico Newey, hoje que o alemão ofusca a todos, os críticos vem reclamar? Leite quente e cama para os críticos. Vettel formou um time pra ele começando por baixo até os títulos, os rivais que façam o mesmo.

    Alonso pra ser campeão teve que superar a dupla Raikkonen – Newey em 2005. Depois pra ser bicampeão teve que superar o trio Schumacher-Brawn-Byrne, em 2006.

    Os problemas de Alonso e Hamilton estão resolvidos, desde 2013 Lewis tem ao lado Ross Brawn(o mesmo que ajudou Schumacher a chegar aos sete títulos). Já o espanhol vai contar com Byrne, aquele que também ajudou Schumacher.

    Bom lembrar, pra ser heptacampeão Schumacher sempre teve que bater os carros de Newey, não me lembro do alemão choramingar na mídia que os rivais só venciam graças ao projetista inglês. Na vitória ou na derrota, Schumacher sempre teve uma filosofia “trabalho, motivação e superação”. Alguém lembra de Schummy chamar seus carros de porcaria, minimizar feito dos rivais, ou criticar a própria equipe ou companheiro? Alonso e Hamilton tem muito que aprender em termos de liderança em grupo! Bom lembrar Ross Brawn, Byrne e Schumacher sequer eram famosos no início dos ano 90, nem isso impediu de bater os carros criados por Newey. A prova são os títulos de 94/95, um deles de construtores, uma prova que não precisavam trapacear pra chegar ao sucesso. Vimos isso mais tarde nos tempos de Ferrari…

    • Marcelo, sua análise é irretocável, concordo com cada virgula. Mas eu entendo um pouco a preucupação da Julianne. Pilotos como Hamilton, Alonso e Raikkonen, principalmente os 2 primeiros, criaram uma expectativa absurda no início de suas carreiras.
      Não foram poucos os que disseram, muito precipitadamente, que Alonso ou Hamilton poderiam pulverizar os números do multicampeão Schumacher(também por não ter idéia precisa do absurdo desses números). Depois de Hamilton ser campeão em 2008 e Alonso assinando com Ferrari pra 2010, a expectativa era que ambos dividissem os títulos por muitos anos e houvesse um novo antagonismo, uma nova rivalidade na F-1.
      A chegada e posterior domínio de Vettel foi um verdadeiro anti-climax. Fulminou todas as expectativas anteriores. Entre o papel que estava “reservado” a Hamilton e Alonso, e em menor grau a Raikkonen(e até ao esquecido Kubica), e o que possivelmente a História deixará registrado se esse domínio de Vettel persistir, é uma diferença tão abissal que chega a ser cruel, principalmente para com os fãs desses pilotos.

      • Mas claro, a vida é feita também de escolhas certas, além de talento e compet6encia, óbvio. Se no final de 2008 a Red Bull tentasse contratar Raikkonen, Alonso ou Hamilton, eles aceitariam ir pra equipe austriaca naquele momento? Vettel foi.
        E se algum dos pilotos badalados na epoca fossem pra RBR, teria feito o que Vettel tem feito? Provavelmente nunca saberemos mas arrisco dizer que nenhum piloto tira dessas RBRs mais(quiça o mesmo) que Vettel tira.
        Mas deve ser absurdamente frustrante a expectativa de um novo “Senna x Prost” correr o risco de entrar pra história como um outro “Couthard x Montoya”.
        Apesar que creio que a geração atual não fique conhecida apenas como coadjuvantes de um mega-campeão. O que pode acontecer é que a “terceira geração de ouro” entre pra história como a “primeira geração de prata”.

        • *competência

        • A Red Bull TENTOU o Alonso, e ele não quis ir.

          Em seu contrato atual na Ferrari, veta Hamilton e Vettel.

          • De que fonte vc tirou isso?

          • Eric e Kin:
            Concordo com vocês, afinal o ditado diz que “o bom cabrito não berra”. Alonso deveria ter ficado mais um ano na McLaren, de qualquer maneira teria vencido mais que voltando à Renault, talvez pudesse até mesmo ter superado Hamilton. Mas Alonso às vezes passa a impressão que não confia em seu próprio taco, o que acho incrível. Nesse aspecto, Hamilton esbanja autoconfiança, não só nas pistas como fora delas também, vide o salto no escuro que deu ao sair da McLaren para a Mercedes. Os fãs de Alonso confiam mais nas habilidades dele que ele próprio!

    • Muito bem dito. Sempre foi assim. Melhores carros é que disputam.
      Eu diria que tudo começou com o Senna. O cara conseguiu ser o primeiro piloto que todos os outros pilotos sabiam ser o mais rápido, apesar de negarem isso e etc. e tal, mas ele assustava, ninguém quria correr com ele.
      Em 1992 o contrato do Mansell vetava a ida do Senna à Williams, mesma cláusula que Prost assegurou para 93 e 94. Isso deixou Senna zangado, na época ele afirmou que o Prost estava com medo de perder pra ele. O francês retrucou com a afirmação de que queria o título e não permitiria que nada o atrapalhasse. Ganhou em 93, mas em 94 o Frank levou o Senna, o que fez Prost usar sua cláusula de restrição e receber os salários sem correr.
      A partir daí, surge Schumacher que usou aos extremos a cláusula de único piloto competitivo. Os grandes não querem dividir seu lugar com outro. Apenas o Kimi e o Hamilton (que se acha melhor que todos) aceitam dividir carro com grandes pilotos. (A ida de Kimi para a Ferrari é uma novidade nos últimos 10 anos). Alonso concordou? Ou não pode vetar ou deve ter algo em mente.
      Mas resumindo, a década de 80 foi fantástica porque o melhor carro tinha dois pilotos disputando. Nós acharíamos essa temporada bem melhor se Hamilton ou Alonso estivessem dividindo a Red Bull com Vettel, assim como não teria graça se a Mclaren de 84 a 91 fosse guiada apenas pelo Prost, afinal ele teria levado 7 títulos (84, 88, 90 e 91) além dos três dele (85, 86 e 89) e se somássemos 93 (pela williams) teríamos um octacampeão. Por isso que Schumi é hepta e não é unanimidade, porque quem acompanha F1 sabe que os números dele refletem o momento que ele viveu e não a diferença de talento para os demais campeões.
      A Red Bull devia levar um grande pra lá. Será que um grande toparia? Minha sincera opinião. O Alonso não topa, afinal na Ferrari ele pode por a culpa no carro. Então que levassem o Hamilton e dessem disputa real ao circo.

      • Kimi pediu um caminhão de dinheiro para ir, e aí não se pode culpar Vettel ou a Red Bull. A equipe sabe que é objeto de desejo de todos os pilotos, então pode se dar ao luxo de pagar menos.

  7. Só pra lembrar, pra chegar ao primeiro título em 2010, Vettel não precisou jogar carro em cima de rival como aconteceu com Schumacher em 94. Pra ser bicampeão, Vettel não precisou jogar carro em cima de rival como aconteceu com Senna em 90. E pra ser tricampeão, Vettel não precisou jogar carro em cima de rival como aconteceu com Prost em 89. Ao final de 2013, o alemão vai igualar Prost em número de títulos, mas leva a vantagem de conseguir o feito de forma limpa.

    Outro detalhe, vai ser o primeiro tetracampeão legítimo partindo desde o primeiro título, uma vantagem em cima de Fangio e Schumacher. Não estamos falando de um piloto qualquer, Vettel tem apenas 26 anos, e ainda tem muito a melhorar. Imaginem quando tiver experiência de um multicampeão após 10 anos de Formula 1? Mas será que Vettel precisa de tal experiência? Não é a toa que a Ferrari já admitiu, quer Vettel para substituir o espanhol. Alonso que se cuide com Raikkonen, senão o alemão pode puxar seu tapete vermelho bem antes de encerrar seu contrato…

    • Marcelo, não sei se você é o assíduo comentarista que vemos sempre por aí em vários blogs e enfatizando em todas as oportunidades os feitos dos pilotos alemães, mas, se for, tenho uma enorme curiosidade: por que você NUNCA cita STEFAN BELLOF? Para mim, ele foi o verdadeiro Primeiro Rei Alemão. Não teve tempo para demonstrar toda a sua genialidade, toda a sua habilidade natural, mas deu indiscutíveis mostras delas naquele dilúvio de Mônaco em 1984 e também sempre na condução dos velocíssimos protótipos Porsche. Bellof teria escrito belíssimas e memoráveis páginas na História da F 1 não fosse a sua partida tão prematura. Desculpe a minha ousadia, mas, do alto da insignificância de minha opinião, creio que tinha mais habilidade natural que Schumacher, arrojo nem se fala (arrojo em excesso que tristemente lhe foi tão prejudicial, no fim das contas, pois a segurança das pistas e dos carros era muito precária, muito diferente do que existe hoje). E creio também que números não são tudo – embora não se deva desprezá-los, sobretudo quando são superlativos – numa competição onde os participantes dependem muito dos meios que têm em mãos, de toda uma equipe por trás, conforme você mesmo reconhece, com outras palavras e argumentos. Tazio Nuvolari é sempre mais lembrado que Rosemeyer e Caracciola e não tem tantos números quanto eles.

      Abs.

      • Aucam,

        Não poderemos saber sobre o Bellof. Afirmar que ele seria campeão é duvidoso.
        Consideremos por exemplo que o Montoya tivesse abandonado em 2002 após um acidente. Muitos diriam que foi uma pena, que ele seria campeão, que seria dos grandes, por causa dos feitos de 2001 e 2002.
        Mas ocorre que o cara ficou e chegou a ir para a McLaren, tomou um couro tão grande do Kimi que brigou com todo mundo e foi embora antes do fim de 2006.
        Bellof tinha talento, mas o que teria acontecido é uma incógnita.

        • A mesma lógica se pode aplicar a Schumacher.

          Afirmar que o Bellof seria campeão pode ser duvidoso, mas afirmar que estaria lá incomodando o quarteto de ouro, no mínimo, é totalmente seguro. Só ver seus resultados na própria F1. O cara que corre com um motor 200 cv mais fraco que os outros e chega em 6º numa corrida sem o bico do carro deve levar pelo menos uns pontos por boa pilotagem, eu acredito. Isso largando de 21º. E com motor turbo então, teve um rendimento respeitável.

          Então não sei, nunca podemos afirmar que ele seria campeão, afinal não foi. Mas vendo qualquer corrida sua pode-se dizer que ele seria pelo menos mais forte que um Mansell na altura de 86, até 90, que não tinha títulos mas era respeitadíssimo.

        • Caro Augusto,

          Não há uma frase minha AFIRMANDO que Bellof seria campeão mundial, mas ACREDITO com CONVICÇÃO que PERFIL para isso ele tinha, embora, como diz o Wagner com muita propriedade, lá embaixo, o “automobilismo seja um esporte muito complexo”, e não raro cruel, sob todos os aspectos, acrescentaria eu. Então também NÃO se pode afirmar que Bellof NÃO SERIA campeão mundial (sei que você NÃO disse isso em seu comentário). Acredito, por exemplo, que Gilles Villeneuve e Ronnie Peterson foram dois campeões mundiais SEM TÍTULO, pela inacreditável habilidade natural que ambos tinham e por suas pilotagens épicas. O ponto que levantei foi que, quando se analisa os gênios que surgiram na Alemanha, Bellof nunca pode ser esquecido, por todo o potencial que demonstrou em sua curtíssima carreira.

          Todos os comentários feitos por todo mundo aqui, até este momento – de uma certa maneira, eu ousaria dizer – estão até convergindo no todo e divergindo nos detalhes, mas estão todos ótimos, com muitos e sólidos argumentos, o mesmo digo para os seus.

          Um abraço.

          • Mas principalmente, Ronnie, Gilles e Bellof seriam campeões pq não nasceram numa época que precisasse de milhões para poder sentar num carro de F1. E tenho dito.

            Pena que também era difícil sobreviver naquela época. 🙁

  8. O automobilismo é um esporte complexo, por vezes injusto. Personificar vitórias é contraditório, afinal o esportista depende do meio para vencer, e dizer qual a porcentagem de cada agente é irreal e irracional, assim como dizer que um piloto x ou y é rápido ou covarde sem levar em consideração o equipamento/equipe que possui em mãos e suas características. Vamos discutir 150 anos e não daremos o braço a torcer sobre preferências, mas dizer que ninguém tiraria desse RBR mais que Vettel, soa parcial e pessoal. A única forma de sanar essas dúvidas seria colocar os 4 melhores no mesmo carro, mas isso nunca vai acontecer, por isso a discussão apaixonada…Concordo com Hamilton, pois em situação de equipamento próximos, estariam todos colados e separados por décimos, não a 30 segundos! Poderíamos personalizar o sucesso de Vettel se ele fosse um corredor sobre dois pés, daí sim, usaria de apenas um meio para a vitória. O diferencial da F-1 hi-tech, além da segurança, é que a sorte conta menos, pois os carros praticamente não quebram e as pistas são a prova de falhas, sendo assim, o melhor conjunto carro/piloto ou piloto/carro, não serão contrabalanceados pelo acaso, algo que muito acontecia na F-1 “falível” e instintiva. Hj com toda tecnologia, sabe-se onde o piloto voltará no tráfego, mapeamentos de motor evitam uma possível quebra ou criam down force, algo que o piloto tinha que resolver no acelerador. Um carro rápido poderia errar uma tomada e parar na caixa de brita, ou errar uma marcha e quebrar um motor! Isso é impossível hj! Chega a ser uma aberração o carro rodar e automaticamente parar em ponto morto…Os domínios são constituídos quando o imponderável perde espaço, algo como no futebol onde o mata-mata as vezes não premia o melhor conjunto, mas quando temos os pontos corridos, fatalmente o mais “regular” vence!

    • Tirante uma pequena (? rsrsrsrs)dose de resistência a Vettel que noto em você, Wagner, grande análise a sua. Creio que é por aí.

      • Ainda bem que eu disse que arrisco(de palpite, simples assim) dizer que não creio que outro piloto faria melhor que Vettel na RBR. Principalmente porque não sei como fazer mais; Botar 2 voltas em todo mundo em Cingapura? Ganhar as 19 corridas? Enfim…
        E a menos que Webber seja um autentico “bração”, realmente não sei como fazer ainda mais diferença do que Vettel faz sobre Webber.

        E bem, eu pelo menos não discuto 150 anos. Dou minha opinião, leio as outras. Ocasionalmente alguém pode repensar sua opinião.
        Mas há limites. Embora eu não considere os números determinantes(senão seria facil, é só dizer que o melhor foi o Schumacher, o segundo o Fangio, depois o Prost…e definitivamente não é assim), eu não os trato(os números) com desprezo. Por exemplo, lista em que vejo cara que nunca foi campeão na frente de tricampeão mundial, eu jogo no lixo no ato. Nem sei quem fez e nem quais os argumentos da tal lista, e nem me interessam. Definitivamente eu não discuto 150 anos pra saber se um tricampeão mundial foi melhor que um zero títulos. Mas certamente, entre um hepta e um tri(2 pilotos que ganharam títulos várias vezes) pode perfeitamente caber discussão.
        Pelo menos pra mim, claro!

        • PS: Deixa esclarecer que meu desabafo foi por esta lista:
          http://www.estadao.com.br/noticias/esportes,bbc-elege-ayrton-senna-o-maior-piloto-de-f-1-de-todos-os-tempos-,962716,0.htm

          A BBC fez uma lista dos 20 melhores pilotos de todos os tempos(na opinião da BBC) e colocou Stirling Moss 10 posições na frente de Nelson Piquet. Como se tratava da BBC, traduzi os argumentos pra ver qual era a explicação e tive que tomar um rivotril pra não ter um troço, tanta asneira vi escrito na BBC.
          Depois dessa, em respeito a minha saude, decidi nunca mais sequer dar atenção a qualquer colocação que tente dizer que um sem títulos é melhor do que um tricampeão mundial.

          • Só me responda, de qual nacionalidade é a pesquisa e qual nacionalidade é a do Stirling Moss?

            Não coloco ele na frente do Piquet. Mas coloco o Villeneuve (preciso dizer que é o pai) a frente de Piquet, Hakkinenn e muito (mais põe muito nisso) campeão simples.

            Então a pesquisa distorce, mas eu acredito que pode um sem títulos ser melhor que muito com título por aí.

        • De forma alguma, caro, Tramarim, seus pontos de vista são embasados e ponderados, de forma alguma vc se encaixa na superficialidade, mas que bom que existem pensamentos diferentes, pois assim crescemos…

      • De forma alguma, caro, Aucam, Vettel está entre os maiores nomes da F-1, apenas deixo a ressalva da forma dominante como ele vence as corridas, sem concorrência (pois dou mais valor a concorrência do roda a roda, no vácuo) direta, mas é inegável a capacidade técnica do alemão em “fazer acontecer” na pista o carro superior (bom em qualquer pista). Webber não serve de parâmetro, pois faz parte do segundo escalão da F-1. Vettel, Hamilton, Alonso e Raikkonen estão separados por décimos, não por 30 segundos…

        • Tudo depende. Não foi por décimos que Hamilton se separou de Alonso em 2007, e era seu ano de estreia.

          Cada piloto tem suas características, Senna foi muito mais rápido que Prost nos dois anos (26×4 em poles), mas Prost dizia: “Ele é rápido, porém erra muito. E quando errar, estarei aqui.” Com esse lema, ele marcou mais pontos nos dois anos.

          Alonso é esse cara. Ele é constante e não erra. Vettel em 2010 errou tanto quanto Hamilton em 2007, com a diferença de que errou no meio do ano e foi perfeito na reta final, ao contrário do inglês. Depois disso, esse Vettel “crash kid” simplesmente desapareceu.

    • Pois eu sou dos que pensa que dificilmente Hamilton ou Alonso tivessem ganho o mesmo que Vettel nesses Red Bull. Em primeiro lugar porque os números do Vettel sao muito superiores aos desses dois nas suas temporadas dominantes (Hamilton nem sequer teve uma apesar de dispôr de um carro melhor pelo menos em 2007, 2008 e 2012. Em segundo lugar porque o génio do Newey foi fazer um carro para a conduçao do Vettel (e isso que demorou para aceder). Para o ano que vem muda a normativa e mudará entre outras coisas o estilo de conduçao, mas este Red Bull, ninguém pode conduzir mais rápido que o Vettel. De algum modo, a capacidade de conduzir de um piloto também limita o que os engenheiros podem ou nao fazer com um carro e o Red Bull tem uma maneira contra-intuitiva de ser conduzido, pode que nem o Hamilton, nem o Alonso chegassem a entender-la, quanto mais dominar.

      • Vettel tem um lance de entrar muito forte nas curvas. Isso prejudica a saída, mas para ele simplesmente dá certo. Deu certo de Toro Rosso (que nunca tinha pontuado antes dele chegar, e é dele a única vitória da equipe) e depois na Red Bull, que cresceu muito após sua chegada.

        Talvez seja disso que o Webber tenha falado em 2011, que o carro era contra-intuitivo. Em 2012 quiseram corrigir para o Webber e Vettel ficou meio ano enchendo o saco para mudarem, quis até correr com o RB7, mas a equipe vetou.

  9. Primeiro é preciso entender uma coisa: Formula 1 é corrida de automóveis. São eles que vencem, ao final. Claro que lembramos os pilotos, pois se tivessem corridas de carros sem pilotos interessantes, era só deixar uma corrida rodando via AI que público não ia faltar, mas não é assim que funciona.
    Dito isto, para um piloto bom é necessário duas coisas: Ser bom piloto (claro, né) e saber estar na hora e no lugar certo. Que o diga Fangio, campão por equipes diferentes. E que o diga Schumacher, que soube trazer para si uma enormidade de engenheiros e projetistas que construíram a mítica era dos 5 títulos na Ferrari.
    Com estes dois dados em mãos, temos enfim que Vettel já é um dos maiores da história. E não, não há um maior da história simplesmente por ser impossível comparar épocas diferentes. Não vejo o Rato controlando 27 botões hoje em dia, e não vejo o Vettel dançando num carro dos anos 70, então, realmente não rola. Voltando aos maiores da história, hora, o Vettel chamou o projetista (e não só ele, mas a equipe) para seu lado. Fez o carro crescer para si, para seu estilo (que o diga Webber). Ganhou uma coisa por vez e foi solidificando suas vitórias, por não dar chance ao perigo da garagem ao lado em 2011 (Webber, com aquele foguete, nem vice foi, lembram?) e por lutar até o último segundo em 2012 (alguém aqui lembra o que aconteceu quando Bruno Senna tocou nele?). A máquina ganhou, pois é a melhor. Mas se o cara que controla a máquina não fosse também ele o melhor (mesmo que seja somente para essa máquina, afinal a RBR foi feita para Vettel, numa Mercedes pode ser que ele empaque), com certeza o resultado não seria esse.

    Que seja tetra e que se for penta ano que vem, que pelo menos seja brigado como ano passado, não chato como nesse ano.

  10. concordo Kin com tudo que voce escreveu, eu torço pelp Hamiltom mas não posso fechar os olhos ao Vettel que está com esse equipamento beirando a perfeição. e o que seria da formula 1 e outros esportes sem os torcedores para debatê-lo, quanto a minha torcida pelo Hamiltom é devido sua conduão arrojada me enche os olhos, no entanto o Vettel tambem é muito arrojado e frio ao mesmo tempo outra caracte´ristica do Kimi, agra em velocidade o hamiltom e vettel está acima de Alonso e Kimi disso não tenho dúvida.

  11. Só lembrando que não estamos falando de caras da mesma geração. Alonso e Raikkonen são da geração pós-Schumacher, que o destronou (não à toa venceram os três títulos após o alemão), mas o último suspiro dessa geração foi em 2009 com o título de Button.

    Daqui a não muitos anos, estarão aposentados.

    Gente que eu vejo correndo daqui a 6, 7 anos são Vettel, Hamilton, Hulkenberg, Rosberg, Grosjean, Di Resta. Esses caras fazem parte da mesma geração e estão bem longe da aposentadoria.

    O lance é que quando se enfrenta reloginhos como Vettel e Alonso, fica mais difícil para os outros, mesmo. Hamilton alterna dias de gênio com dias de idiota, e aí complica. Basta ver que ele foi campeão num ano em que Alonso não tinha carro, Raikkonen estava com a cabeça na lua e seu rival, Massa, foi apenas um bom piloto que vivia o auge da carreira.

    Vettel, como bem lembrado, já foi um “crash kid”, mas desde 2011 ele mudou pra caramba e especialmente em 2013 está maximizando muito os resultados. De vez em quando invoca de dar a volta mais rápida sem necessidade, mas a Red Bull anda o controlando como pode.

    • Diria que o Vettel mudou desde a decisão de 2010, visto que o final daquela temporada o alemão correu muito.

  12. Pode-se focar a análise em diversos fatores, F1 é esporte complexo… são milhões de fatores. Mas vamos focar na fragilidade emocional.

    Dos três – Hamilton, Alonso e Vettel – quem é que está sempre de bode, de cara amarrada ou postando frase de auto-ajuda ou “pedindo” elogios de seguidor no twitter?

    Alonso é um poço de insegurança. Parece até que é filho único e nunca precisou dividir brinquedos. Se ele não for o mais amado, pira. Vive fazendo análise de sorte, azar, postando frase de A Arte da Guerra, fotinho de samurai, dando chilique com fotógrafo, cena com o Massa (va cagare, quem lembra?)

    Hamilton é um adolescente que namora (ou não) uma pop-star e vive de altos e baixos com isso. Tem dia que chora, dia que tá de TPM, precisa de cachorrinho para se sentir menos só, tipo criança que perdeu um ente querido.

    Vettel é diferente. Independente dos títulos, o que dá uma levantada relativamente boa na moral, o cara está sempre de boa. Simples. Curte uma kombi para sair com os amigos, tocar um violão, dá uma de standup comedy imitando Kimi…

    Enquanto os outros ainda estão lutando com o espelho, com o ego, querendo se sentir bem consigo mesmos… Vettel trabalha, ganha, é desdenhado e não está nem aí para isso ou para vaias descabidas. Enfim, grande campeão também é isso, um bom sujeito, não perfeito (pq ninguém é), mas de bem com a vida e que com seu sucesso consegue fundir a cabeça de um Alonso e de um Hamilton.

    Tréplica – não estou desconsiderando que ele pode fazer inferninho contra o Webber dentro da equipe, mas no geral acho que nem precisa pois a equipe sabe as competências e sabe onde investir.

    • Até agora estava maravilhado com todos os apontamentos deste post do clube da Julianne, mas vc veio e scrachou, hahahahahaha. Beleza Marcelo, desse jeito vou me lembrar desses caras, hahahahaha. Valeu

  13. JuCera uma ótima conversa. Como será que lembraremos dos nossos atuais Top Drivers daqui ha uns 20 anos?

    Tomara que em 2014 com presença do Turbo a coisa se nivele e tenha uma meia dúzia disputando. Como antigamente. Um levava vantagem na aerodinâmica e outro na potência do motor e um terceiro na garra do piloto.

    Quem sabe…

    Outra coisa foi o Marcelo me fazer lembrar do Colin Chapman. Lembra do Mário Andretti com seu Lotus Wing Car preto e dourado? Aquilo sim era um passeio ainda maior que da RBR do Vettel.

  14. Ola. Eu nao consigo ver que essa tal rivalidade entre Senninha, Piquet, Mansell e Prost tenha marcado tanto a década de 1980.

    Em 81 (primeiro ano da década) Piquet teve Reutmann, Prost, Laffite e Jones como rivais. 82 foi um balaio de gatos onde vários tiveram uma chance de campeonato (Piquet passou o ano desenvolvendo o BMW turbo) e Pironi deveria ter sido o campeao, mas…. 83 teve Piquet, Prost, Arnoux dominando. 84 foi toda entre Prost e Lauda. 85 teve Prost quase sozinho. 86, primeiro ano que Senninha incomodou o trio Piquet, Prost, Mansell (conta para a rivalidade entre os 4). 87 foi so de Piquet e Mansell. 88, 89 e 90 foram somente de Prost e Senninha.

    Então onde esta essa aclamada rivalidade entre os 4 que dominaram os 1980s? Acho melhor reverem os conceitos, ou estou off the mark?

    • Nao esta off-mark nao! eh tudo marketing! Voce vai ver que no futuro vao dizer que Alonso era muito superior aos outros pilotos da decada (partida) 2005-2015 mas nao ganhou mais campeonatos por causa dos super-carros feitos em outras equipes…. Nada que a personalidade de prima donna assoluta nao tenha grade parcela de culpa nisso… Ah! sobre Hamilton, ele so comecou a tomar decisoes da propria cabeca nos ultimos 2 ou 3 anos…

  15. seria “a maldição da aerodinâmica” distorcendo a realidade dos talentos da F1 atual?

  16. Schumacker é a prova (ainda viva) de que nem sempre os números dizem a verdade, é só ver que quando pegou um carro mediano (Mercedes) ele foi muito, muito mal. Piquet pegou um carro mediano (Benetton) e mandou bem. Senna pegou uma Williams complicada e correu mais que o carro. Em contrapartida, pilotos medianos como Hill Jr e Villeneuve Filho andaram em uma Williams fantástica e sumiam lá na frente. Vettel só vai tirar essa dúvida se é o que os jornalistas deslumbrados dão a ele quando pegar algo mediano e dar show, pq fora os números, nunca se viu ele fazendo bonito como o Button fez no Canadá em cima dele mesmo…. Tchau.

  17. Mas a vitória de Vettel com a Toro Rosso, não conta? Será que era um carro de ponta? A meu ver, com muito boa vontade no máximo era um carro mediano. E Vettel era ainda muito jovem, com pouca experiência na F 1, no entanto correu sem erros debaixo de um dilúvio, desde a pole position, como um calejado veterano, sem tomar conhecimento de ninguém. Na minha simples opinião, deu show.


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