Um dos grandes pontos de interrogação que a McLaren deixou em 2015 foi o quanto do rendimento pífio da temporada foi fruto das deficiências do motor Honda e o quanto pode ser colocado na conta do carro. Mas uma coisa é certa: a melhora do desempenho do time inglês não depende apenas dos japoneses.
O último carro competitivo do time de Woking foi o de 2012. Os números, inclusive, indicam que se tratava do mais rápido do grid em uma volta, ainda que com pequena margem. Ao final daquele ano, contudo, entendendo que o projeto havia atingido seu limite de desenvolvimento, a opção da cúpula foi mudar a direção conceitual para a temporada seguinte, o que provou ser uma decisão errada.
Os desempenhos dos dois anos seguintes – nos quais o time obteve apenas dois pódios, e logo na prova inaugural de 2014 – indicam que o ponto de partida do modelo de 2015 não era dos melhores. Embora os pilotos tenham elogiado o comportamento do carro ao longo da temporada, e os números especialmente da Hungria tenham mostrado um segundo setor (aquele em que o motor conta menos) a poucos décimos daquele que foi considerado o melhor chassi do ano – da Red Bull – é fato que a McLaren ainda não retomou o patamar de 2012.
Em 2016, a equipe terá o primeiro carro totalmente projetado pelo engenheiro recrutado na Red Bull, Peter Prodromou, considerado o braço direito de Adrian Newey. Pelo que mostrou ao longo do ano passado, Prodromou contraria a tradicional independência aerodinâmica do time inglês, tendo copiado sem maior cerimônia várias soluções dos rivais, do bico da Williams ao maior rake (diferença de altura em relação ao chão entre a traseira e a dianteira), no estilo da própria Red Bull.
Porém, algo que pode melhorar a eficiência desse maior rake acabou não sendo trabalhado tanto pela McLaren em 2015 e, espera-se, será a grande chave do novo projeto: a suspensão, um dos grandes segredos do conjunto da Mercedes.
Além de colher em boas fontes, o time segue confiando em seu conceito de traseira mega enxuta, mesmo tendo sido bastante questionado sobre o impacto negativo que isso teria tido sobre o rendimento do motor.
A defesa da equipe dá conta de que foi pedido à Honda um motor compacto porque os engenheiros gostariam de ter a traseira mais fina possível, mas sem impor medidas. A partir do que os japoneses entregaram, fizeram seu projeto aerodinâmico. E teoricamente, se há alguém que possa economizar em espaço sem perder em performance, são os japoneses. Afinal, o lema da Honda é: ‘Man maximum, machine minimum’.
Com as limitações desta ‘miniaturização’ bem conhecidas na temporada de 2015 e a combinação dos elementos que foram sendo agregados ao longo do último campeonato, a McLaren tem ingredientes para evoluir. Mas quanto? Os discursos de pódios do ano passado deram lugar a metas menos ambiciosas, como chegar ao Q3 com frequência. Pelo menos essa lição eles aprenderam.
24 Comments
Nas minhas ‘andanças’ por aí, dei de cara com isso no ótimo f1metrics:
“More detailed analyses, based on GPS data, suggest around 70% of McLaren’s 2.7% time deficit to Mercedes stems from the power unit, which would account for 1.9% total. Even a gain of the same magnitude as Ferrari’s this year would optimistically put them around 5th in the constructors’ championship next year.”
Me parece que o motor é mesmo o grande vilão. Mas sem potência valia a pena gastar recursos para evoluir o chassis?
WILL, sem falar que muitos especialistas dizem que sem potência fica um tanto difícil avaliar e desenvolver todo o potencial do chassi.
Como diria Lavoisier, na F 1 pouco se cria, muito se tateia e tudo se copia. Com base nesta última premissa, creio que a teimosia do Arai deveria ser podada por quem pode. Daqui do sofá, Boullier me parece dócil demais ao japonês. Muitos enaltecem o francês (até Dennis), mas eu não ponho fé nele, inclusive acho que a boa fase da Lotus, ao tempo em que estava lá, se deva mais ao excelente trabalho de James Alisson, haja vista a miopia de BOULLIER ao preterir o esfomeado e ingênuo Valsecchi em favor do enfastiado Kovalento, digo, Kovalainen: deu no que deu, um desastre anunciado. A menos que Monsieur BOULLIER tenha recebido ordens “de cima” (às quais não soube ou não conseguiu se impor).
Acho um tanto sintomático que DENNIS esteja trazendo o JOST CAPITO do Rally para infundir mais ENERGIA à equipe. Não sei se CAPITO será superior hierarquicamente à BOULLIER, ainda vou pesquisar isso.
Ah, mas CAPITO veio do Rally, dirão alguns. Sim, mas já teve passagem pela SAUBER e botou a VOLKS nas cabeças no “todo terreno” incrível que é o Rally, contando com a competência do OGIER, digno sucessor do seu compatriota eneacampeão LOEB (ando um pouco decepcionado com o LATVALLA). E é preciso citar que JEAN TODT veio primordialmente do Rally também (como navegador), e depois, como Chefe de Equipe do Endurance (com a Peugeot, tendo inclusive vencido em Le Mans). Sua chegada à F 1 produziu uma saga brilhante, com a parceria fantástica de SCHUMACHER.
CAPITO tem ALONSO, então eu começo o ano dando uma chance ao otimismo, achando e esperando que em 2016 deverá amanhecer para a MCLAREN, após a longa noite que a dissolveu em 2015. Claro que seria irreal esperar vê-la se ombreando com Mercedes e Ferrari, mas acredito que possa sair do fundo do pelotão e vir brigar no pelotão intermediário. Quero ver uns bons pegas entre o atrevido MAX VERSTAPPEN e o experiente ALONSO em condições parelhas, do mesmo jeito que gostaria de ver MAX na Ferrari contra VETTEL ou na Mercedes contra HAMILTON (agora os céticos já começam a brandir contra MAX uma tal de “Síndrome do Segundo Ano”, em que as pressões e expectativas são maiores – não vejo consistência ou regra nisso, HAMILTON foi campeão no 2º ano e PETERSON vice, com um carro classificado por LAUDA como indirigível).
Abs.
E você continua cumprindo com excelência a promessa de trazer mais posts técnicos para nós. Muito obrigado Ju! Não sei se sua audiência aumentou, mas eu entro aqui no seu blog umas 3 ou 4 vezes por dia em busca de posts novos.
Parabéns pelo trabalho, Abraços!
Julianne, a torcida eh que tanto o Chassis, qto o motor subam de nivel, piloto a equipe tem e de sobra, agora como esta o tema de patrocinios, Ron Dennis e esse novo Senor, me esqueci o nome que veio da VW?
Obrigado pelo nivel dos seus posts, se fossemos depender do Grande Premio, Fabio Seixas e motorsport estavamos fritos eh uma pena tbem que o Ico entrou de cabeca na audiencia UOL e as materias dele estao cada vez mais fracas.
Eis ai um comentário pertinente que há muito tempo tenho dentro de mim e ainda não expressei. A mediocridade das matérias de 90% do pessoal que cobre F1 no Brasil.
Digo, vejo esses caras falando apenas obviedades, textos que qualquer pessoa que se expresse mais ou menos bem conseguiria escrever, não há uma informação nova, uma noticia de bastidor, parece que cobrem a F1 só do sofá (se é que este não é o caso para boa parte desses).
Por isso ano passado escrevi pedindo mais posts técnicos para a Ju, ela já escrevia ótimos textos sobre as características dos carros mas esse ano ela está de parabéns, a pré-temporada mal começou e ela já traz várias informações sobre os carros.
Oremos, por um mundo com mais “Juliannes Cerasolis” cobrindo a F1.
Só eu q to acahando q a mclarem vai andar atrás das manor, ou tem mais alguem comigo nessa?
A honda vai evoluir, pq capacidade tem, mas ate aonde vai essa evolução em relação a evolução das outras? Acho q será outro fracasso e a cabeça do japones arai vai voar, se naum alonso pula fora e volta pra renault em 2017 anote ai.
Chrystian,
Estou muito ansioso com o inicio dessa temporada por isso, Manor vindo com os seus saltos de qualidade, a Haas entrando de uma forma (aparentemente) consistente e a prometida evolução da McLaren a isso podemos somar a incógnita Renault, a consistente Toro Rosso, a sempre em evolução Force India e a sempre com dificuldades Sauber.
Essa rabeira e meio de pelotão vão dar o que falar esse ano se tudo isso se confirmar, que chegue logo dia 22/02/!
Li por aí afora de que a McLaren iria dar continuidade a evolução desse chassi por considerá-lo bom.
Aucam,
Você tem um certo ressentimento do Boullier por ele ter preterido o Valsechi ou é impressão minha?
rs
Em tempo, bem que a McLaren poderia correr com as cores dessa foto, esse carro tá lindo demais!
Um grande abraço a todos do blog!
Caro NATO, não, não tenho ressentimento por BOULLIER por ele ter barrado o VALSECCHI, que nem brasileiro é (mas também não sou ufanista, o conceito que faço de pilotos é em função de sua atuação, e não de sua nacionalidade), mas talvez até pudesse parecer um ressentimento se BOULLIER tivesse barrado um brasileiro. Tenho é DESCRENÇA. Do alto da minha insignificância, acho que ele não está à altura de ser o Chefe de Equipe da MCLAREN, pois não consigo imaginá-lo melhor do WHITMARSH (ao qual também – insignificantemente – faço restrições). DENNIS trocou 6 por meia dúzia.
Com certeza, já citei esse fato ao qual você se refere OUTRAS vezes para ENFATIZAR a miopia do francês, eis que não acredito que um chefe de equipe, que tenha acesso a telemetrias, conversas com outras pessoas do meio e esteja vendo e vivenciando “in loco” a atuação de pilotos no ambiente da F 1 (e observando eventualmente até a GP 2) possa ter tido uma atitude dessas, que acabou se voltando CONTRA a Lotus que ele chefiava, pois KOVALAINEN foi um fragoroso fiasco. Até eu daqui do meu sofá sabia que assim seria.
Fiquei tão estupefato que na ocasião não acreditava, por isso inclusive neste post lá em cima fiz uma observação de que talvez nem tenha partido dele – BOULLIER – essa decisão, mas sim de uma ordem superior (a qual, todavia, ele não teve habilidade para contornar ou força para rechaçar). VALSECCHI, apesar de não ser um piloto promissor, tinha feito uma grande temporada na GP 2, disputando renhidamente o título com o vice RAZIA, era o campeão da categoria, APORTOU grana para ser reserva da LOTUS, passou o ano inteiro FANTASIADO de piloto em cada etapa da F 1 como reserva, para no momento que tanto esperou ser descartado sem mais nem menos.
Desculpe, NATO, sei que você tem BOULLIER EM ALTA CONSIDERAÇÃO, achando-o um dos melhores chefes da F 1 atual, mas isso, em português curto e grosso, me pareceu uma sacanagem que fizeram com o italiano. Nessa linha de pensamento, ENTÃO eu também teria RESSENTIMENTO com a MONISHA KALTENBORN por aquele overbooking que ela fez com o VAN DE GARDE e o SUTIL.
VAN DER GARDE no fim das contas acabou DUPLAMENTE prejudicado, pois queimou sua carreira ao lutar por um direito dele. E eu teria um ressentimento ainda maior com a MONISHA por ela ter dispensado o KOBAYASHI.
Enfim, a Fórmula 1 é cruel, PRECISA DE CADA VEZ MAIS DINHEIRO e os pilotos são e sempre foram o lado mais fraco, acho até que conseguiram obter muitas coisas positivas junto aos Chefões, principalmente em termos de segurança. E, na minha insignificante opinião, em busca de um patrocínio fácil, muitos chefes de equipe jogam fora TALENTOS de verdade em prol de braços duros, que no fim mais causam prejuízos do que glórias ou resultados às equipes. Veja que VANDOORNE não conseguiu entrar na F 1 este ano, que PASCAL WEHRLEIN enfrenta uma “novela” lá na MANOR, e que dois talentos foram desperdiçados: o holandês ROBIN FRIJNS (especialmente este) e o inglês JAMES CALADO.
Lamento, caro NATO, desapontá-lo divergindo de você, mas estou esperançoso de que a direção da HONDA substitua ARAI, e DENNIS, ou ENTÃO o recém chegado JOST CAPITO(se tiver atribuição para tanto), substitua o ERIC BOULLIER. Daqui do sofá, não tenho boa impressão do francês e do teimoso japonês (será que BOULLIER é melhor do que WHITMARSH? fico me perguntando), mas respeito a sua opinião, NATO, em relação ao BOULLIER. E também na minha insignificante opinião o sucesso da Lotus (com Kimi e Grosjean) se deveu mais ao trabalho de JAMES ALISSON do que ao do BOULLIER.
Grande abraço.
Aucam,
Seus pitacos nunca me desapontam e sempre aprendo muito com eles, quando são iguais e também divergem dos meus (temos uma linha de raciocínio parecida, então QUASE sempre concordamos).
Não diria que tenho Boullier em alta consideração, mas que tenho sim um grande respeito, as temporadas de 2012 e 2013 da Lotus foram espetaculares e ter uma temporada daquelas, correndo por fora em uma disputa de título (com Raikkonen), não é fácil para uma equipe de menos aporte financeiro como a Lotus. Vide a Willians esse ano, alguns dizem que é a questão de ser equipe cliente da Mercedes e nunca ter o motor igual à de fábrica, mas os alemães deram pra trás ao dar um motor do mesmo para a RedBull, pq será? Grana, a RedBull tem muito mais grana pra investir que a Willians.
Concordo com você que James Alisson fez um trabalho incrível na Lotus e fo um dos grandes das temporadas citadas, assim como concordo que o Kovalainnen (nunca gostei dele como piloto) é menos piloto que Valsechi e que o Boullier errou nessa decisão, mas nem mesmo Ron Dennis ou Cristian Honer conseguem acertar em todas as decisões. No caso do Boulier prefiro dar tempo para ver o trabalho que fará na McLaren, 2014 foi ano de transição da Mercedes para a Honda, 2015 esse calvário, somente em 2016 o trabalho dele talvez comece a aparecer, no fim do ano trocamos alguns pitacos sobre isso!
Com relação a Sauber, NUNCA, MAS NUNCA vou entender como equipe que está à TRINTA, TRINTA! ANOS na F1 consegue errar tanto em suas decisões, não sei de que tipo de mal que seus dirigentes ou seu proprietário Peter Sauber (ainda é ele?) sofre, para errar nas decisões de uma equipe, como que uma equipe com essa bagagem tem decisões tão duvidosas.
A Willians sofreu de VÁRIAS decisões erradas recentemente, andou na rabeira do grid, mas tomou as decisões certas com os seus mais de (também) 30 anos de F1, “chutou” os pilotos pagantes, contratou pilotos de verdade e voltou a andar na frente, enquanto a isso a Sauber continua com as duas decisões errada e em 2016 TALVEZ feche grid (como espero essa temporada!), nunca na minha vida entenderei isso.
Sobre os pilotos pagantes digo apenas duas palavras: Force India, na minha opinião (que não serve de muita coisa), não tem equipe com maior capacidade de crescimento e decisões tão acertadas no meio do pelotão, NUNCA se renderam a tentação de um piloto (como a Willians) e agora colhem os seus frutos, com ambições de até mesmo bater a Willians esse ano (o que duvido bastante).
Sobre a questão de patrocínio e pilotos concordo totalmente com você, qualquer comentário seria chover no molhado.
E Aucam, sobre o ressentimento, foi uma brincadeira que fiz com você, trocamos tantos pitacos que senti tal liberdade, desculpe se entendeu de outra forma.
Um grande abraço a todos do blog!
AH!
Sobre o Arai, sou doido para ver esse japonês LONGE da McLaren, erra em tudo, cria expectativas que não pode cumprir e ainda é lento para tomas as decisões.
Um grande abraço a todos do blog.
NATO, meu caro, não pense que fiquei chateado, entendi sim como brincadeira a questão do “ressentimento”: é que sou de uma prolixidade incorrigível para fundamentar minha argumentação, além do mais, divergências são naturais. Tanto você pode me fazer ver coisas que me passaram despercebidas como também posso eventualmente fazer você ver alguns aspectos de outra maneira, afinal a F 1 é cheia de sutilezas.
OK, vamos aguardar o final desta temporada para reavaliarmos a atuação do BOULLIER. Espero que ele – em consonância com o artigo do link abaixo – consiga completar um bom trabalho de reestruturação na equipe e – principalmente – tenha condições de dar um aperto nos parafusos do ARAI, rsrsrsrs. . .
E concordo com as suas opiniões sobre a SAUBER (que vai correr com um motor FERRARI de última geração, ao contrário da Toro Rosso).
http://en.f1i.com/magazine/39861-tells-us-more-about-your-job-at-mclaren-eric-boullier.html
Então ok Aucam!
Entendo perfeitamente o seu pé atrás com o Boullier, assim como existe limites do benefício da dúvida que se pode dar. Até o sr° David Coulthard como exemplo que ficou anos na McLaren como futura promessa que nunca vingou, até ir para a RedBull ajudar no desenvolvimento. Traduzindo: nunca vingou na F1.
Com o Boullier pode ser a mesma coisa, se eu estiver errado te pago um café na Colombo aqui no RJ no fim do ano.
No caso do Arai, acho que deveria ter os seus parafusos solto, soltos até se desprender e sair de perto da McLaren, japonês falastrão, promete, promete e não faz nada, por isso que como já até citei em outro tópico aqui do blog, a Honda deve ser muito mais cautelosa com as informações esse, tanto que já desmentiu a melhora de 220CV do motor.
Essa chegada do Tombazis na Manor também me anima muito pra essa temporada, não acredito que ele tenha feito um grande trabalho nos anos de Ferrari, então vai ser muito interessante vê-lo trabalhar na Manor e se a equipe vai mesmo melhorar de alguma forma.
E aposto outro café com você Aucam, de que a Sauber vai perder pra Toro Rosso, mesmo com o motor atuailizado em relação a eles.
Um grande abraço a todos do blog!
OK, NATO. Ah, mas essa da Toro Rosso é barbada! Estou esperando pódios (assim mesmo, no plural) do Verstappinho! A equipe de Faenza vai ter que produzir um chassi muito ruim para que isso não aconteça, pois o guri vai barbarizar com esse motor Ferrari, mesmo não sendo de última geração e com muitos cavalos a menos. No ano passado, ele correu de F 1 pela PRIMEIRA vez em todos os circuitos (e foi capaz daquela proeza POR FORA em cima da Nasr na velocíssima Blanchimont), agora ele conhece TODOS.
Mas os céticos já estão brandindo contra MAX uma tal de “Síndrome do 2º Ano”, em que haveria um decaimento do rendimento de um piloto em função de cobranças, pressões e expectativas severas. Pela tese desses descrentes, supostamente os pilotos não aguentariam psicologicamente a enorme cobrança em cima deles, passada a fase inicial de surpresa e encantamento. A eles eu argumento que essa teoria não se sustenta, pois no 2º ano Lewis Hamilton e Jacques Villeneuve se sagraram campeões mundiais e Ronnie Peterson foi vice-campeão (e Peterson surpreendia e encantava a todos). Até o ultra subestimado (não por mim) DAMON HILL em seu segundo ano, com um bom carro, venceu 3 corridas!
CHRYSTIAN, ano passado comecei o ano otimista com a MCLAREN, francamente nunca imaginei que todos iríamos presenciar tamanho descalabro! Então, estou renovando o meu otimismo para 2016 a partir do fundo do poço. Pelo menos de pilotos, a equipe continua muito bem servida. Estou esperando e torcendo para que andem pelo menos no meio do pelotão, com Alonso tendo equipamento para lidar competitivamente com o Verstappinho: isso pode render grandes momentos. Verstappinho e Sainz vão descer para brincar no play ground com muitos cavalos a menos que os meninos da SAUBER e da HAAS, que vão ter “teoricamente” os mesmos motores da mamãe Ferrari, pois serão da mesma geração, ao contrário dos da TORO ROSSO.
Agora, vamos ver como se sai o TOMBAZIS na Manor, como chefe de aerodinâmica, com uma poderosa PU Mercedes. Espero que a MANOR supere essa sua condição de chicane ambulante e tenha musculatura para competir normalmente como um verdadeiro F 1. Em suma, 2016 está prometendo boas coisas e uma dessas boas coisas é a perspectiva de VETTEL brigar de perto com a Mercedes, isso será importantíssimo para o HAMILTON. Acredito que a Ferrari vai dificultar muito a vida para a Mercedes em 2016, mas esta prevalecerá ao final. Já para 2017 creio que tudo estará em aberto.
Um abraço!
Aucam, a toro rosso vai andar na frente da willians anote ai. O carro deles é fantastico e com motor 2015 , mas no meio do ano ja se fale em usar o de 2016, a Haas vamos ver o q produziu em chassi…vou esperar. A sauber acho q vai brigar com mxlarem pra ver quem será a ultima. Acho q as manor vão dar um salto grande.
A mclarem esttou peximista, pelos pilotos q tem mereciam esta na briga, 2 campeões naum mereciam encerrar assim tão melancolico. E sobre a disputa do titulo se o menino vettel dispor de carro q lhe permita largar na primeira fila, vai ser osso o hamilton segurar,,,,pq o sonho dele de ser campeão com a ferrari é de infancia e seu q ele fará o impossivel pra isso acontecer….e realmente naum sei como lewis vai lidar com a disputa, pq com resberg q é de casa e fregues antigo o mimimi ou chororo as vezes ja é grande mesmo ele vencendo e sabendo q vai ganhar no final. pq malasya 2013 deu a tona na mercedes, vou aguardar….mas anote ai a ferrari vem forte, vamos ver o q a mercedes fez tb pq a vantagem ainda era grande no final, e pode ser maior ou acabar ….vamos aguadar. Um abraço
Achando*
Todo esporte tem momentos de alta e baixa e com a F1 não é diferente. Ferrari passou mais de uma década sem títulos, fez uma reformulação e ganhou cinco títulos em seguida.
Williams passou quase uma década também do meio para trás no pelotão. Fez uma reformulação e está se reerguendo agora. E hoje, a equipe de Grove é um case. Figurar entre as três primeiras, com um orçamento tão limitado é prova de competência dá bom resultado.
A McLaren está no meio dessa fase ruim, mas a Honda é a parceira ideal para ela no momento. É um casamento que já deu certo e dará novamente. Este ano será, de fato, a prova que todo mundo espera. Se a Honda não copiar a Mercedes e conseguir resultados expressivos, será difícil segurar os nipônicos. Agora se não for… Cabeças vão rolar.
A Ferrari também está fazendo mudanças conceituais no motor de combustão. Segundo a matéria do Motorsport, a Ferrari está criando um sistema de combustão similar ao Diesel para queimar a gasolina mais rápido. Essa ideia é semelhante aos dos motores usados no Endurance, que usam motores bicombustíveis com Diesel/Gasolina. O conceito pode ter surgido daí.
Essas soluções oxigenam os conceitos e tornam a F1 uma categoria apaixonante, mesmo que haja politicagem, Julianne, mais uma vez, você arrasou.
Daniel estou postando o link da matéria sobre as mudanças conceituais no motor de combustão interna que a Ferrari está implantado esse ano para os nossos amigos do blog darem uma olhada.
http://br.motorsport.com/f1/news/analise-tecnica-os-segredos-para-o-otimismo-da-ferrari-668911/?y=2016&tp%5B0%5D=19&s=1
Abraços.
Maravilha kro André Luiz! Se a Scuderia conseguir implantar esta tecnologia (reduzir o tempo de ignição, e fazer o motor funcionar de uma forma semelhante a um diesel com auto-combustão) da WEC, teremos teoricamente uma quase-revolução na tecnologia das Unidades-de-Potência! Apesar de não morrer-de-amores pela Ferrari, espero sinceramente que ela consiga ter êxito e desafiar a Mercedes. E torço pra que a minha Mclaren-Honda possa também enfim resolver os seus problemas e evoluir e brigar com os ponteiros.
Cara JULIANNE, leio hoje que a TORO ROSSO pediu a SAINZ JR. que perdesse peso, em função do aumento de peso do carro havido com a adição de itens de segurança. Caramba! Fica até meio contraditório. Essa F 1 está mesmo ficando surreal! Não é de hoje que isso ocorre, no Passado já soubemos até de VERGNE desmaiando supostamente por causa desses regimes para emagrecer. Acho tudo isso incrível, continuamos rumo a ter pilotos anoréxicos, tal qual já houve problemas com as meninas que desfilam para a Moda, com uma diferença: o esforço físico brutal psicológico e físico dos pilotos da F 1 (enfrentamento de altas gravidades em curvas e frenagens, fortes “patadas” nos freios, intenso calor no cockpit, alta concentração mental, necessidade de decisões tomadas até em milésimos de segundos etc).
Como sei que você já escreveu (ainda escreve?) sobre preparação física, deixo aqui uma sugestão – para quando você puder ou achar adequado – abordar e dissecar este tema aqui no Blog (não recordo se já fez isso). Seria muitíssimo interessante.
Um abraço!
Legal o tema, Aucam. Dá para ver mesmo na sua colocação que é um tema normalmente tratado com muitas imprecisões, o que gera muita distorção. No final das contas, do físico dos pilotos à traseira da McLaren, o que se busca na F-1 não é magreza, mas sim eficiência.
Maravilha, JULIANNE. Estarei aguardando com muitíssimo interesse seu post, quando for possível. Obrigado pela atenção.
Juliane sem muitas delongas seu blog e o melhor da atualidade, leio todos os dias…… e se não tem matéria nova eu releio….
Parabéns! Muito obrigado! Trabalho excepcional!
Na mosca, Julianne! A McLaren evoluiu o conceito, mas revolucionou a suspensão. Parabéns pelo Blog.