É interessante observar como as brigas internas nas equipes com carros melhores costumam ser mais equilibradas. Há quem possa dizer que o nível dos pilotos tende a ser mais alto, mas também carros mais previsíveis e que quebram menos também diminuem a chance de erro.
Além dos grandes, a Force India teve, a exemplo de 2015, uma dupla bastante igualada – e novamente foi Perez quem aproveitou as oportunidades quando interessava para marcar mais pontos.
Red Bull
Ricciardo | Verstappen | |
Placar em classificações | 11 (-0s265) | 6 |
Placar em corridas | 8 | 7 |
Porcentagem dos pontos* | 53,5% | 46,5% |
*do total marcado pelo time após o GP da Espanha
A temporada de 2016 foi mais uma em que Verstappen evoluiu a olhos vistos. Ele roubou a cena com performances abaixo da média como em Mônaco, levando os duelos roda a roda ao limite como na Bélgica e com o brilho da apresentação de gala do Brasil. E, apesar de ter levado a melhor no duelo ao longo com ano, contando com a vantagem de ter mais experiência tanto na categoria quanto dentro da Red Bull, Ricciardo demonstrou nas últimas etapas saber que tem de elevar seu nível para bater o holandês caso seus altos e baixos virem coisa do passado. E essa necessidade existe, diga-se de passagem, mesmo com Ricciardo pilotando de maneira extremamente consistente: alguém viu algum erro dele neste ano?
Mercedes
Rosberg | Hamilton | |
Placar em classificações | 8 (-0s243)* | 12 |
Placar em corridas | 9 | 10 |
Porcentagem dos pontos | 50,3% | 49,7% |
*Excluindo diferença do GP da Europa
Até passar a depender apenas de si para ser campeão, Nico Rosberg travou uma dura batalha com Lewis Hamilton em classificações. O inglês explicava com sua ‘teoria dos tijolos’ que a diferença entre ambos era tão mínima que, quem começasse a construir sua parede de maneira mais sólida logo no primeiro treino livre, levava vantagem por todo o final de semana. Nas corridas, problemas mais do lado do tricampeão e largadas ruins fizeram com que os dois não se encontrassem tanto na pista quanto em 2014. Mas, pelos toques quase seguidos entre Espanha e Áustria, a Mercedes até agradeceu!
Force India
Perez | Hulkenberg | |
Placar em classificações | 9 (+0s071 em média) | 12 |
Placar em corridas | 8 | 8 |
Porcentagem dos pontos | 58% | 42% |
De um lado, o fato de Perez ter tido dois pódios e, mesmo assim, ter sido responsável por menos de 60% dos pontos da Force India poderia ser um bom sinal para Nico Hulkenberg, mas foi mais um daqueles anos em que o alemão perdeu, por um motivo ou outro, oportunidades, apesar de primar pela regularidade. Tendo isso em vista, fica fácil entender o porquê da reação após o anúncio da saída da Force India, quando passou a superar o companheiro: chegou a hora de recomeçar em outro lugar. Quanto a Perez, será interessante saber como um piloto que impressionou várias vezes pela maneira como preserva pneus vai se reinventar ano que vem.
7 Comments
As equipes que faltaram estarão em Surpresas como no ano passado?
Exato, Diego. Que legal ter leitores tão atentos!
😉
Semprw acompanho o blog e o seu trabalho! Muito legal a forma que você trás as informações e bastidores da F1 e também como você interage com os leitores! Parabéns pelo excelente trabalho!
Julianne, os pneus anos que vem serão mais resistentes, não ficaria mais fácil para o Pérez economizar? Uma curiosidade, qual a impressão do Padock sobre o Pérez? Pq do meu ponto de vista, ele merecia mais que o Hulkemberg essa vaga na Renault.
Abraços pros meninos e bjs pras meninas!
Julianne por que voce não citou a ferrari a disputa foi equilibrada, raikkonen levou a melhor na classificação 11 x 10 .
Tenho sempre uma imensa curiosidade sobre como o Perez vai reagir as mudanças dos pneus… mas sua performance alta com pneus que deveriam estar gastos nunca diminui, mesmo com as mudanças no regulamento. Sequer consigo comparar ele com outro piloto de equipes médias do passado, acho que ninguém aproveitou tanto as chances de pódio que teve quanto ele.
Será que Hamilton estava com medo de Alonso na Mercedes?