F1 As 5 maiores surpresas de 2017 - Julianne Cerasoli Skip to content

As 5 maiores surpresas de 2017

Quem diria que a Ferrari evoluiria tanto a ponto de dar muito trabalho à Mercedes? Ou que estaríamos falando sobre Robert Kubica ao final da temporada? Hora de escolher qual a maior surpresa de 2017.

 

Crescimento da Ferrari

A Fórmula 1 pode ser cheia de sensores e controlada por engenheiros, mas a lógica nem sempre se aplica. Que diga a Ferrari, que começou o ano desacreditada – e com razão. O time vinha de insucessos desde a introdução do motor V6 turbo em 2014, vivia turbulências em seu comando, perdera seu diretor técnico para a rival Mercedes e vinha para a temporada com um carro que estava nas mãos de um grupo jovem e inexperiente. Porém, o projeto, além de bem nascido, foi desenvolvido de uma maneira que a Scuderia não conseguia há tempos. Ainda não foi suficiente para bater a Mercedes, muito em função de alguns detalhes que acabaram se tornando grandes problemas na segunda metade do ano, mas muitos no paddock acreditam que é bastante plausível que essa diferença seja tirada em 2018. Quem diria.

 

Negociação McLaren-Honda-Toro Rosso-Renault e seus desdobramentos

Chegou um momento na temporada em que ficou clara a campanha para se livrar da Honda a qualquer preço. E muitos acharam que Zak Brown e companhia teriam perdido completamente a cabeça, sob o risco de ficar com um motor velho e/ou com uma conta gigante para pagar. Mas em um acordo costurado a várias mãos, inclusive Ross Brawn, chegou-se a um acordo: a McLaren vai de Renault em 2018 e os japoneses ficam com a Toro Rosso, contando com suporte da Red Bull para desenvolver seu motor – e podendo tornar-se parceiros também do time anglo-austríaco em 2019. Isso sem contar no empréstimo de Carlos Sainz para a Renault, que acabou fazendo com que o time francês ganhasse uma das duplas mais interessantes do grid.

 

Alonso nas 500 Milhas – e Button de volta

A notícia surgiu na quarta-feira antes do GP do Bahrein, ou seja, no começo de abril: em menos de dois meses, Fernando Alonso trocaria o GP de Mônaco pelas 500 Milhas de Indianápolis. Mesmo andando por uma equipe forte e com todo o apoio para ter a melhor preparação possível, foi uma decisão corajosa – e uma classificação e corrida muito fortes do espanhol, ainda que tenha acabado da mesma forma que muitos de seus GPs nos últimos três anos. Menos brilhante foi a atuação de Jenson Button em seu lugar em Mônaco. Claramente desconfortável com a situação, ele acabou causando um acidente pelo qual seria execrado se não fosse… Jenson Button.

 

O retorno de Kubica

Ele nem precisa efetivamente voltar. Já escrevi algumas vezes sobre o polonês por aqui e de como o primeiro rumor de que ele tinha conseguido um teste com a Renault e planejava seriamente um retorno, ainda no começo de junho, soou para mim como um disparate. Demorou seis anos para Robert sentir que poderia pilotar um carro de fórmula, seis anos aprendendo a conviver com lesões que impedem que ele segure naturalmente um volante, ainda mais no espaço reduzido de um cockpit. E ele anda e não faz feio, não dá nenhum susto depois de centenas de voltas. Aconteça o que acontecer, é impossível não se impressionar. E imaginar o que poderia ter sido de sua carreira.

 

A personalidade de Ocon

Quem vê aquele menino magrelo de 21 anos com suas pernas absurdamente finas e o sorriso quase constante no rosto não poderia imaginar que Esteban Ocon poderia ser tão duro na pista. Até com o próprio companheiro, que tem uma situação bastante privilegiada dentro da Force India devido a seus patrocinadores. Mas ele não tomou conhecimento de Perez e tirou o mexicano do sério nas reuniões internas. E não foi só com agressividade que ele ganhou o noticiário: suas performances na primeira temporada completa impressionaram e já há quem o veja no lugar de Valtteri Bottas em 2019.

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4 Comments

  1. O Kubica não deu nenhuma mostra que poderia voltar em todos esses anos, a surpresa foi o Alonso ter a autorização para correr sendo a F1 como é e sendo as 500 milhas uma prova de elevado risco, sobre seu desempenho, com sua capacidade e o equipamento que tinha seria surpresa andar mal, sobre o Ocon, na F3 sua enorme constância foi seu trunfo para abrir enorme vantagem sobre seus rivais e deu dois chega pra lá no Rosenqvist mostrando que sabia jogar duro, nada disso valeu contra Verstappen, de todos os duelos entre os dois ele só conseguiu segurar o holandês uma única vez.

  2. Com tantos interesses em jogo, acho que a maior surpresa foi as solução do imbroglio McLaren-Honda-Renaul-Torro Rosso-Carlos Sainz. Apesar de ser uma solução que faz sentido, no mundo da F-1 onde ninguém quer “perder” uma vantagem, o acordo é/foi bem complexo.

  3. Votei na Ferrari, mas todos foram surpreendentes.

    A Mercedes tem 2 fortes pilotos juniores. O problema é que o caminho do Ocon foi melhor que o do Werhlein. Queria ver o alemão na Williams ano que vem, contudo não acredito que consiga. Outro ponto: o carro não está prometendo grandes expectativas.

  4. A adaptação de Alonso andando a quase 400 km/h sem barreiras de pneus, sem área de escape , pra mim foi a noticia do automobilismo em 2017. O que esse cara fez foi espantoso, e poderia lutar pela vitória. A capacidade de adaptação desse cara a um carro é das maiores que já vi no automobilismo moderno de monopostos.


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