Não vou ficar inventando mil maravilhas sobre o GP da Rússia. Ouvi muitos relatos de pessoas que amaram Sochi na época da Copa, e só posso imaginar que a competição realmente faz milagres. É uma das provas que, se pudéssemos pular, o faríamos sem pensar muito. Ainda mais com essa dobradinha sem sentido com o GP do Japão (ah, o Japão!), uma vez que estamos falando de uma etapa russa que acontece às margens do Mar Negro, ou seja, bem mais perto de Baku. Se fosse o GP de Vladivostok pelo menos, geograficamente faria sentido… mas vamos lá!
GP da Rússia
Compre ingresso para: T2
Uma vantagem interessante em Sochi é que os ingressos valem a partir de quinta, quando é possível andar pelo pitlane. E essa arquibancada do T2 fica logo em frente à freada da curva 2, onde acontece grande parte da ação da pista. Isso, por pouco mais de 800 reais.
Hospede-se em: Sochi
Cuidado com o nome do GP da Rússia, em Sochi. O circuito não fica exatamente no balneário do Mar Negro, mas em sua vizinha, Adler. Mas o cidade que dá nome à prova é bem mais atraente que aquela que efetivamente a sedia.
Vá: de Uber
O serviço funciona bem por lá e é barato. Outra opção é ficar na própria Adler, de preferência na praia, e ir andando.
Não perca: Sochi e as atrações ao redor da cidade
É a riviera dos russos, com praia de pedra e tudo, como a francesa… brincadeiras à parte, você estará entre o Mar Negro e montanhas, que no inverno têm pistas de esqui e, quando não há neve, trilhas.
Combine com: Moscou ou Istambul
Aproveite que brasileiros não precisam de visto para visitar a Rússia (isso é raro!) e estique até Moscou e, se possível, até a belíssima São Petersburgo. A capital russa é muito particular, tem diversas atrações e provavelmente vai mudar sua imagem sobre o país. Outra opção seria usar a possibilidade de um stopover em Istambul, dependendo da companhia aérea. Talvez seja uma chance rara de ir para a Turquia antes que o regime do atual presidente acabe fechando de vez o país.
Quanto fica? Comprando com antedecência, a passagem sai cerca de 4700 reais. Dá para encontrar hospegadem a 500 reais para o GP, pois muitas pessoas abrem suas próprias casas, mas mesmo os hoteis não passam de 1000 reais. E, com o ingresso a 800, dá para calcular um gasto em torno de 7000.
GP do Japão
Compre ingresso para: B2
Na freada da primeira curva, por pouco menos de 1200 reais, lembrando que Japão tem sistema de “sexta-feira livre”, permitindo que você entre em qualquer uma das arquibancadas.
Hospede-se em: Nagoya
Não que haja qualquer coisa de especial sobre a cidade – na verdade, dia desses li que era a cidade mais chata do Japão! Mas, realisticamente, será o único lugar em que vai encontrar hospedagem na época do GP, e pelo menos o acesso é fácil para a pista.
Vá de: trem + ônibus
O caminho menos confuso para não-iniciados no sistema japonês é usar a linha Kintetsu até Shiroko e, de lá, pegar as vans que vão para o circuito. Trata-se da maior cidade das redondezas, e os organizadores colocam placas em inglês para orientar o público nesta estação.
Não perca: a fanzone
É a única fanzone na qual nós, jornalistas, fazemos questão de ir durante o ano. A criatividade das fantasias dos japoneses e a paixão deles pela F-1 são simplesmente incríveis.
Combine com: Tóquio e Kyoto
Com essas duas cidades você tem uma ideia de como era o Japão milenar na belíssima velha capital e o que o país se tornou agora. Só tome cuidado com Tóquio se você é sensível a muitos letreiros neon e música alta! Claro que é um país maravilhoso e dá vontade de se perder por meses por lá, mas alerto que isso sairia bem caro…
Quanto fica?
Ficando alerta às promoções, dá para pagar 4000 reais por uma passagem para o Japão. A hospedagem em Nagoya sairia por cerca de 2000 e o ingresso, 1200. Comer por lá é uma delícia, mas é caro, então dá para imaginar um gasto de, no mínimo, 8000.
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