A cara da China: Uma cumbuca de palha cheia de dumplings
O melhor lugar para comer: Xin Tian Di ou Tai Gu Hui. São os dois lugares em que o jornalista chinês e meu amigo Frankie Mao disse que levaria a namorada para comer. Confio no Frankie!
O que evitar: Não experimentar. A culinária local se ajusta a qualquer paladar.
Para deixar claro logo de cara: eu nunca vi um pastel na China. Não que essas comidinhas rápidas não estejam por todos os lados, mas elas raramente são fritas: com um nome genérico de dumplings em inglês, eles geralmente consistem em uma massa fina recheada por carne de porco, vaca, camarão, tofu ou vegetais, feita no vapor. Eles não têm um gosto muito marcante e geralmente são comidos com shoyu – e provavelmente o mais próximo do que se normalmente é encontrado no Brasil seria o gyoza (ainda que na maioria das vezes ele seja frito por aí, o que é um costume que me parece ser mais japonês).
Xiao long bao é meu dumpling favorito, mas na hora da fome confesso que não faz muita diferença: os sabores não mudam tanto assim, já que são receitas simples. E não existe um limite para o número de dumplings que você
consegue comer com fome, mas é fato que, nestas situações, sempre vai acabar pedindo mais do que precisa!
Deixando os dumplings de lado, quando penso no que geralmente como em Shanghai, só me vêm à mente diversas variações de ensopados de noodles (espécie de macarrão tipo espaguete, mas bem mais grosso) com alguma carne ou vegetais. São pratos – ou melhor, tigelas – que alimentam, são saudáveis, mas não ficam muito marcados na memória.
Isso porque essa história de sopa de macarrão é comum na Ásia, mas os vizinhos da China, especialmente ao sudoeste do país, como Vietnã e Tailândia, têm pratos com sabores mais marcantes – e picantes.
Claro que minha intenção aqui não é definir para ninguém o que é a culinária de um país gigante como a China tendo ido apenas a uma cidade no país, mas só falar da minha experiência caçando comida em Shanghai.
Acho uma pena, inclusive, que muitos colegas torçam o nariz para o país e prefiram a comida da sala de imprensa (que costuma ser arroz frito e alguma carne empanada com molho agridoce e salada), inclusive o famoso (não me pergunte por que) cachorro-quente que eles servem por lá. Por que ir até Shanghai comer cachorro-quente? Enfim…
Alguns de vocês devem estar pensando: mas como é pedir esses pratos? Na Ásia, é muito comum que o menu seja cheio de fotos, então é só apontar o que parece mais apetitoso e torcer para dar certo. E geralmente dá: não me lembro de ter comido algo de que não gostei em toda a Ásia, incluindo Oriente Médio. Bem diferentemente da Europa, mas chegaremos lá em algumas semanas…
Quando não há fotos, apenas a tradução para o inglês, as coisas podem se complicar: certa vez peguei um menu fixo de almoço em um restaurante japonês na China e uma porção. As descrições de ambos eram diferentes, mas um garçom veio confirmar umas duas vezes o pedido e eu não entendia por que, já que o inglês dele na verdade era uma linguagem de sinais. No final das contas, a porção que pedi era igual a parte do menu. Comi duas vezes,
fazer o quê!
O que não tem erro é o chá. Chineses tomam muito chá verde e suas variáveis, carregam suas garrafinhas para lá e para cá, e eles caem mesmo bem com a comida de lá. Já as sobremesas sempre me pareceram mais atrativas aos olhos do que ao paladar, e nem vendo ao vivo dá para saber direito o que é. Talvez nesse ano eu prove alguma para contar a vocês como foi.
Quer saber mais sobre Xangai? E que tal saber como é ver a F-1 por lá? Não é uma cidade cara, ingressos são baratos e chegar na pista é super simples.
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