Várias questões que estavam travando os projetos de 2011 foram decididas hoje. A FIA escolheu a Pirelli como fornecedora de pneus, anunciou a volta da regra dos 107% – quem se classificar com um tempo 7% acima da pole não pode largar – e introduziu as asas traseiras ajustáveis para dar mais chances de ultrapassagem, além de outras mudanças.
107%: precisa?
A regra de performance parece uma vitória da Ferrari (e não estou sozinha nessa), grande crítica das equipes novas. Sempre quis saber de onde vêm os 107%. Quando descobrir, posto aqui. Caso esse número mágico tivesse em vigor, teríamos alguns grids mais enxutos nesse ano.
É uma contradição, já que a abertura de vagas para as equipes estreantes se deu justamente para aumentar o número de carros e sabe-se que F1 não é brincadeira e que eles demorariam para chegar ao nível das outras. Imagine ter um desempenho apenas 7% pior que uma McLaren com o orçamento 300% menor e sem o know how? E como, sem testes, essa equipe pode melhorar se não correr?
Outro detalhe é que, quando a regra era utilizada, até 2002, a classificação não era separada em 3 partes, como ocorre hoje. Qual é a chance de ficar dentro dos 107% se a sessão começa com chuva e termina no seco?
Quem seriam os degolados caso a regra dos 107% estivesse em vigor em 2010:
Piloto | Não largaria |
Lucas di Grassi | Malásia |
Bruno Senna | Bahrein, Malásia, Barcelona |
Karun Chandhok | Bahrein, Malásia, Canadá |
Asas ajustáveis: resolve?
Ross Brawn anda animado com as tais asas ajustáveis – e ele deve saber do que está falando. Elas só poderão ser usadas durante as ultrapassagens – e pelo piloto de trás. Isso é controlado pela centralina padrão e selada que os times são obrigados a usar. A ideia é reduzir a turbulência que a aerodinâmica do carro da frentre causa no que persegue. Artificial demais para mim – e tem gente achando que vai parecer o joguinho Mario Kart.
Peso: anima?
O limite de peso do carro + piloto passa de 620kg para 640kg. Isto, para encorajar as equipes a adotar o KERS, pesado sistema que transforma energia de freada em potência para o motor, que muito provavelmente volta em 2011 como forma de tornar a F1 mais ecológica.
2 Comments
penso que os retardatários são um mal necessário. cito dois exemplos: qual seria a graça de uma disputa, onde o cara que é perseguido, tem mais habilidade que o seu perseguidor para lidar com o tráfego, ou vice-versa?; -como não se lembrar daquele gp dos EUA, onde correram apenas 6 carros!!! foi uma das corridas mais monótonas da história que me lembro, portanto, os figurantes fazem diferença, para o bem ou para o mal! MARIO KART! HEHE! essa é a Ju de brincadeira! hehe!
Eles estão lá para todo mundo e alimentam o elemento sorte. Tem até quem queira o fim da bandeira azul…