GP de Imola ao vivo: Turistando na F1

Ele chegou como um dos GPs substitutos durante a fase mais aguda da pandemia em 2020 e acabou ficando. E não é que ver o GP de Imola ao vivo se tornou uma boa opção? A pista estará no calendário pelo menos até 2025 e não é daquelas em que os ingressos começam a ser vendidos com um ano de antecedência. Para o GP de 2023, as vendas começaram em dezembro, cinco meses antes do GP.

Compre ingresso para: arquibancada Tosa ou Acque Minerali

É uma pista com poucos pontos de freada forte, ou seja, poucos pontos de ultrapassagem. A melhor visão é no conjunto de arquibancadas que fica na Acque Minerali (preferência para a 1). Outra boa opção é a arquibancada da Tosa.

São ingressos que aumentaram consideravelmente e batem nos 500 dólares. A venda não é feita pelo site do circuito, e sim pela TicketOne. É possível comprar ingressos individuais para cada um dos três dias de evento. Crianças de até 12 anos pagam meia.

Hospede-se em: Bologna (ou do outro lado)

A pista fica dentro da cidade de Imola. Na verdade, dentro do parque da cidade, com a vantagem deste parque não ser gigantesco como o de Monza. E há boas opções de AirB&B e B&Bs por lá. No entanto, elas não são muitas, e quem chegar atrasado vai ficar sem opções.

O lado bom é que Bologna é uma cidade muito maior, não está longe do circuito e está conectada com trens a toda hora. A caminhada da estação até a porta principal do circuito leva 25 minutos e você passa pelo centro de Imola, então acaba passando rápido.

Mas se você estiver de carro, é melhor ficar na outra direção para fugir do trânsito. Faenza é uma boa opção, Forlì também. Só não espalha porque a dica é boa mesmo!

Vá ao GP de Imola ao vivo: de trem

Dá para ir a pé da estação de trem, passando pelo centro da cidade, até a porta do autódromo em 25 minutos, e é uma caminhada agradável.

Os torcedores que estiveram em 2022 sofreram muito com o trânsito e dificuldades de estacionar (ainda que a um preço bem razoável de 10 euros por carro). Então o melhor é evitar preocupações com a bagunça italiana. Mas chegue cedo, pois as filas também são conhecidas.

Não deixe de ir: estátua de Ayrton Senna

Estou assumindo que você vai guardar um tempinho para ir até a estátua do Senna, cujo acesso é bem indicado dentro do parque. A estátua fica do lado de dentro da pista, ou seja, do lado contrário ao do acidente. O local é aberto ao público e é acessível entrando à direita do portão principal da pista.

Há, ainda, um mural pintado pelo artista brasileiro Eduardo Kobra. Ele fica no prédio da organização, perto da entrada principal da pista. O melhor é esperar para ir na segunda-feira após a prova.

Combine com: San Marino e Ferrari

Fora de Imola, há duas opções diferentes entre si. Você pode sentir na pele o quão longe (quase 3h de trem e ônibus) é San Marino, um país minúsculo que fica no alto de uma montanha. Para quem não lembra, por muitos anos o GP de Imola foi chamado de GP de San Marino. É um lugar que dá para conhecer um dia, tem uma história interessante e belas vistas.

Seguindo a oeste de Imola você não estará muito longe da sede da Ferrari. Também com um trem até Modena e um ônibus até Maranello, você chega lá. Mas a fábrica mais próxima da pista é a da AlphaTauri, ex-Minardi, que fica em Faenza. Dá para chegar rapidinho de trem, indo no sentido contrário a Bologna.

Mas é claro que, se esta é sua primeira vez na Itália, você não pode chegar tão pertinho e não ir mais ao sul, para a Toscana. Florença é uma das cidades mais espetaculares em que já estive (e ainda por cima tive o privilégio de morar, ainda que por pouquinho tempo).

A vista de San Marino: dá para ver que é difícil pensar em correr aqui. Foto: Julianne Cerasoli

Quanto fica ver o GP de Imola ao vivo?

As passagens em maio ainda não são tão caras quanto no verão, e saem por volta de 600 dólares somando o trecho São Paulo-Milão. Para quem já está na Europa, voar diretamente para Bologna é uma ótima opção, pois o aeroporto é atendido por várias companhias de low-cost.

A hospedagem em Bologna dá uma encarecida boa na época de GP e sai por 450 dólares, para um quarto de sexta a segunda em um hotel. No Airbnb dá para encontrar opções por menos de 400.

Não preciso dizer que come-se bem na Itália, mas os preços são um pouco mais altos do que na Espanha, por exemplo. Você vai pagar uns 25 euros por uma refeição em um restaurante médio. Mas é uma cidade com muitos estudantes, então tem para todos os bolsos.

Não é necessário ter visto prévio para brasileiros entrarem na Europa (isso muda em 2025). É possível ficar, sem visto, por até 90 dias a cada 180 dias nos países que fazem parte do Tratado de Schengen.

Lembrando que este não é o gasto mínimo para ver o GP. E, sim, o melhor custo-benefício:

Vale a pena ver o GP de Imola ao vivo?

Quem sou eu para deixar de indicar um GP da Emilia Romagna, nas proximidades da Toscana? Arrisco dizer que aquela região é onde se come melhor na Itália (e olha que a competição é dura!).

Mas as recomendações ficam por aí. Talvez seja melhor visitar essa parte da Itália turistando mesmo, e não na época da corrida. A organização não é das melhores, as corridas não são as mais emocionantes, e em maio a F1 ainda não está naquela clima de verão europeu, que dá uma transformada na atmosfera das corridas. Isso vai vir mais com as provas de julho até o GP da Itália, em setembro.