Mark Webber quebrou a sequência de cinco poles de Sebastian Vettel e igualou-se a Jacques Laffite e Jenson Button no quesito. No entanto, com o mesmo carro que liderou 75.85% voltas no ano, o australiano não cruzou a linha de chegada em primeiro em nenhuma oportunidade após 294 voltas disputadas. Assim, foi o primeiro pole a não vencer o GP da Espanha desde 2000, quando Schumacher largou na frente e foi superado por Mika Hakkinen.
As glórias ficaram mais uma vez com Vettel, que largara pela décima vez seguida na primeira fila – desde Cingapura, 2010. Nesse quesito, há apenas quatro pilotos a sua frente na hitória.
Piloto | 1ª fila | Sequência de corridas |
Ayrton Senna | 24 | Alemanha 1988 – Austrália 1989 |
Damon Hill | 17 | Austrália 1995 – Japão 1996 |
Alain Prost | 16 | África do Sul 1993 – Austrália |
Nigel Mansell | 15 | Austrália 1986 – México 1987 |
Mario Andretti | 10 | Bélgica 1978 – EUA Grand Prix |
Sebastian Vettel | 10 | Cingapura 2010 – Espanha 2011 |
A comparação com um dos pilotos desta lista, Damon Hill, é interessante. O inglês pilotou uma Williams, também de Adrian Newey, entre 1994 e 1996, e obteve números semelhantes aos de Vettel, se contarmos apenas as corridas de 2009 para cá, quando o alemão assumiu o cockpit da Red Bull.
Hill | Vettel | |
Vitórias | 18/49 (36.7%) | 13/41 (31.7%) |
Poles | 18/49 (36.7%) | 18/41 (43.9%) |
1ª fila | 35/49 (71.4%) | 26/41 (63.4%) |
Pole e vitória | 7/18 (38.9%) | 9/18 (50%) |
Vitória sem pole | 11/18 (61.1%) | 4/13 (30.8%) |
Essa foi a 14ª vitória de Vettel, que se igualou a Graham Hill, Jack Brabham e Emerson Fittipaldi. Todos ao menos campeões do mundo duas vezes. Assim, agora é o piloto em atividade com melhor aproveitamento: ganhou 20.9% das provas que disputou, contra 33.2% de Schumacher.
Entre as poles, no entanto, Vettel saiu na frente em 28.4% das provas que disputou, contra 24.8% de Schumacher e 23.7% de Hamilton.
Toda essa supremacia lhe garantiu 118 pontos após cinco etapas, pontuação que só tinha alcançado ano passado após 10 provas.
Os resultados dessas primeiras cinco provas já coloca Vettel entre pilotos com melhor aproveitamento em inícios de campeonato. Todos eles foram campeões nestes anos:
Piloto | Ano | Resultados |
Clark | 1965* | 1,1,1,1,1 |
Mansell | 1992 | 1,1,1,1,1 |
Schumacher | 2004 | 1,1,1,1,1 |
Schumacher | 1994 | 1,1,1,1,2 |
Vettel | 2011 | 1,1,2,1,1 |
Button | 2009 | 1,1,3,1,1 |
Schumacher | 2002 | 1,3,1,1,1 |
*não disputou a segunda prova do ano, em Mônaco
Com apenas quatro pilotos na volta do líder ao final da prova, é o maior número de retardatários desde o GP da Inglaterra de 2008, quando apenas o vencedor Hamilton, Nick Heidfeld e Rubens Barrichello estavam na mesma volta, numa prova afetada pela chuva.
Mesmo assim, com a pressão de Hamilton, o GP da Espanha teve a menor margem entre os dois primeiros colocados – 0s630 – desde Cingapura ano passado, quando Vettel chegou a 0s293 de Fernando Alonso.
Sergio Perez já havia terminado a corrida de abertura do campeonato nos pontos, mas, por ter sido desclassificado em decorrência de uma irregularidade milimétrica no carro, teve que esperar até a quinta corrida do ano para ser o primeiro mexicano a pontuar desde Hector Rebaque, de Brabham, em 1981.
Numa prova em que tivemos os últimos três campeões do mundo no pódio, Jenson Button se tornou o quinto piloto diferente em cinco provas a subir no terceiro posto, juntando-se a Petrov, Heidfeld, Webber e Alonso.
Falando no piloto inglês, Jenson vem confirmando a fama de cuidar bem dos pneus: foi quem mais tempo usou o composto macio até agora, 199 das 294 voltas disputadas. Já Sebastian Buemi prefere o pneu duro: fez 136 voltas na borracha mais durável.
4 Comments
Vendo todos esses números, fica claro o velho ditado: bom carro+bom piloto=vitórias e recordes. Não sei se é pessimismo ou realismo, mas quando vc citou a pequena diferença de Vettel para Hamilton, me lembrei da fala de Helmut Marko sobre o “fator Alonso” no desfecho da prova. Pensando bem, faz sentido. Por mais que a Mclaren tenha crescido, a RBR ainda tem uma reserva em corrida, afinal como Vettel ficou encaixotado atrás da Ferrari, deixou de abrir distância para Webber e Hamilton por exemplo. Chutaria algo em torno de uns 8 seg. Além é claro do preguiçoso KERS dos touros, hehe. Nada está perdido no campeonato, mas os rivais têm que melhorar mt ainda. O fator Alonso foi tão forte, que acabou até mesmo com a corrida de Webber. Em condições normais de temperatura e pressão, seria uma confortável dobradinha taurina. A bela largada de Alonso ajudou e mt a Mclaren.
Oi Julianne! Primeiramente, parabéns pelo novo espaço no Total Race. Era o reforço que faltava para esse time já espetacular!
Deixei uma dúvida lá no blog do Ico mas acho que você pode ajudar a responder essa:
Passado o choque da quantidade de ultrapassagens, o que tem chamado minha atenção agora é a durabilidade dos carros. Os danados não quebram! (ou têm quebras fictícias, né Felipe Massa?). Eu estou com a impressão de que em nenhuma outra temporada tivemos tão poucos abandonos ao final de 5 etapas (será que alguém tem essa estatística?). Alguma explicação para isso?
Parabéns mais uma vez pela quqalidade do seu blog e muito sucesso!
Olá! Fiz um post sobre isso recentemente: http://www.totalrace.com.br/blog/juliannecerasoli/2011/05/17/confiabilidade-tem-sido-o-requisito-basico-em-2011/
Veja se te responde!
Responde sim. Tinha passado batido por esse post. Obrigado!