Alonso (05/06) | Vettel (10/11*) | |
Vitórias | 14/36 (38,88%) | 11/28 (39,28%) |
Poles | 12/36 (33,33%) | 17/28 (44,73%) |
Conversão pole/vitória | 8/12 (66,66%) | 8/17 (47,05%) |
Vitórias abaixo da pole | 6/14 (42,85%) | 3/11 (27,27%) |
Voltas mais rápidas | 7/36 | 4/28 |
*após nove etapas
Fernando Alonso tinha 23 anos quando aquela temporada que o coroaria campeão do mundo começou. O espanhol iniciava seu quarto ano como titular na F-1, já havia ganhado uma corrida, feito pole position, mas nunca tinha tido um carro vencedor nas mãos. Mostrando uma maturidade incomum, pensando muitas vezes mais no campeonato que na vitória imediata, soube lucrar quando sua Renault caiu de rendimento em relação à rápida – e frágil – McLaren de Kimi Raikkonen e foi campeão com sobras.
Cinco anos depois, um outro jovem talento, Sebastian Vettel, teria chance parecida. Aos 22 no início de 2010, teve a oportunidade de guiar o melhor carro do grid também em sua quarta temporada, ainda que não completa. Como a Red Bull já superara os rivais desde meados do ano anterior, possuía uma pequena coleção de cinco vitórias no bolso e sabia o que era andar na frente.
Seu caminho rumo ao primeiro título, no entanto, não foi tão simples quanto de Alonso. Fez nada menos que 10 pole positions, mas sofreu com quebras, errou bastante. Conseguiu se recuperar a tempo de confirmar o favoritismo, vencendo três das últimas quatro provas de forma incontestável para se tornar o mais jovem campeão do mundo da história.
O domínio, tanto da Renault de Alonso, quanto da Red Bull de Vettel, continuaria nos anos seguintes – e os jovens campeões exerceriam seu domínio de maneira absoluta ao defenderem seus títulos. Ao final de nove etapas, tinham números idênticos: seis vitórias e três segundos lugares.
A comparação entre os dois cabe em vários sentidos e conta com apenas uma diferença marcante – Vettel tem desempenho melhor aos sábados (levando em consideração que estamos trabalhando com dois regulamentos distintos, a valia disso é ainda maior) e Alonso, aos domingos em voltas mais rápidas e as chamadas “drives through the field”. Até mesmo seus companheiros – Giancarlo Fisichella e Mark Webber, respectivamente – guardam semelhanças: bons pilotos, muito mais experientes, mas que nunca tiveram o brilho dos jovens rivais.
Trata-se de dois pilotos que deram sinais, desde cedo, de que teriam condições de dominar o esporte e que aproveitaram – e aproveitam – ao máximo os benefícios de contar com um carrão nas mãos.
2 Comments
Alonso me parecia mais maduro como homem e como piloto na época de seu bi.
Vettel tem guiado muito e mostra sinais claros de que amadureceu mas ainda não passa a imagem de um cara que sabe exatamente o que está fazendo.
A diferença do campeão para o piloto mediano, é maximizar as chances quando aparecem. e quando escassas, ainda dá uma beliscada.