F1 “Má fase” atual garante título de Vettel com sobras - Julianne Cerasoli Skip to content

“Má fase” atual garante título de Vettel com sobras

Com a vantagem que tem hoje, Vettel seria campeão na Coreia, justamente onde tudo pareceu perdido em 2010

A emoção das últimas provas mostrou que, ao menos, as oito etapas que restam do campeonato estarão salvas, em uma disputa, ao que tudo indica, liquidada. Sebastian Vettel poderia voltar de férias só no GP do Japão e, ainda assim, seria o líder. Em outras palavras, o alemão não precisa sequer chegar no pódio nas etapas que restam para ser campeão.

A ameaça mais do que clara de McLaren e Ferrari nas últimas etapas pode ter reascendido a esperança de vermos uma disputa mais igualada, mas os números são cruéis. Por mais que tenhamos corridas sensacionais dentro da pista, o domínio conseguido por Vettel – por uma série de fatores, que passam pela velocidade e confiabilidade do RB7, pela habilidade do piloto em dosar o ritmo, pela possibilidade em copiar as estratégias a algumas pitadas de sorte – nas sete primeiras etapas é algo difícil de ser replicado.

Média de pontos por prova até aqui

Vettel 21,2
Webber 13,5
Hamilton 13,2
Alonso 13,1
Button 12,1

É isso que alguém teria de fazer: vencer daqui para frente tanto quanto o alemão conseguiu. Mas com um agravante: tudo o que não aconteceu com Vettel, de quebras a colisões, precisaria acontecer agora.

Quando demos exemplos de campeonatos que pareciam definidos, mas que tiveram um final emocionante, havia um porém: um mesmo piloto teria que começar a ganhar tudo. Até para termos algo que se possa chamar de “disputa pelo título”, parece ser tarde demais. Para se ter uma ideia, ainda que alguém vença todas as etapas, a média de Vettel teria ser menor do que 15 pontos por corrida. Ou seja, ele precisaria ter a temporada de altos e baixos que os rivais tiveram até agora. Pouco provável.

Média de pontos por prova nas últimas 4 etapas

Vettel 18,25
Webber 13,75
Hamilton 15,25
Alonso 19
Button 8,25

Mesmo que Alonso tenha despontado como o piloto que mais pontuou nas últimas quatro corridas, em que visitamos uma gama considerável de circuitos, sua média de pontuação por prova é muito próxima de Vettel. Nas últimas três corridas, o espanhol tirou apenas 10 dos 99 pontos de desvantagem que tinha em relação ao piloto da Red Bull. Se continuar nesse ritmo, servirá apenas para seu segundo vice, a 63 pontos do alemão!

Uma das explicações para tanto domínio já tinha sido abordada no final do campeonato do ano passado (aqui e aqui). Calculando erros do piloto e quebras, Vettel perdeu por baixo 62 pontos em 2010 – e ainda assim foi campeão. Neste ano, podemos imaginar que ele tenha perdido 14, pela estratégia ruim na China e pela escapada no Canadá. Do contrário, completou todas as voltas disputadas até aqui.

O fato é que essa nova realidade das últimas provas só serve mesmo para dar emoção aos domingos. Se Vettel mantiver a fase “ruim” em que se encontra, de excepcionais 18,25 pontos por etapa, chegará aos 380 e, mesmo que o improvável aconteça e um mesmo piloto vença as próximas oito provas, não será suficiente para sequer levar a decisão à última etapa.

Portanto, ainda que já tenhamos aprendido que o alemãozinho gosta mesmo é de ganhar e colecionar marcas, não dá para chamar nenhuma ausência no pódio ou coisa que o valha de “tropeço”. Ele sabe que a margem de erro é gigante.

1 Comment

  1. Toda a sorte do mundo para Vettel e Red Bull, eles merecem.
    O título estará em boas mãos desde que não seja um Ferrarista.


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