O que aconteceu na Alemanha mostrou o que a maioria já tinha percebido, que a Ferrari aposta todas suas fichas em Alonso, mas tirou o foco da forte reação que a equipe italiana mostrou em Hockenhein. O carro, que já era bom em pistas com curvas de baixa, como Mônaco e Canadá – Alonso era aposta certeira para a pole no principado e foi 3º porque se atrapalhou com retardatários em Montreal –, é o que mais evoluiu nas últimas 3 provas.
Na Turquia, pista de alta, perdiam 0.5s para a Red Bull apenas na curva 8 e pareciam atrás da Mercedes e no mesmo nível da Renault. Em Valência, circuito parecido com Montreal, já com os primeiros de uma série de upgrades no carro, Alonso era o mais rápido da pista quando o Safety Car entrou. Era de se esperar que a história turca se repetisse em Silverstone, mas o espanhol se classificou em 3º, a 0.7s de Vettel. Uma melhora, ainda não era o suficiente.
Na Alemanha, com apenas duas curvas de alta, os vermelhos finalmente superaram a Red Bull. Frear e tracionar é o que o F10 faz de melhor, e o panorama deve ser o mesmo na Hungria, ainda mais com a utilização dos pneus médios e super macios.
Nos GPs seguintes, Spa deve ser território Red Bull; Monza, com suas intermináveis retas, parece mais à feição da McLaren. A Ferrari deve voltar ao topo em Cingapura. Depois, as curvas rápidas Suzuka têm a cara da Red Bull e a Coreia é uma incógnita. Por fim, chegamos a Interlagos e Abu Dhabi, onde os italianos têm o rendimento necessário para voltar à ponta.
Alonso está a 34 pontos de Hamilton, ou 1 vitória e um 5º lugar. Dá para sonhar. Mas só, e a Ferrari parece saber bem disso, se todas as chances forem maximizadas. Começando por uma vitória na Hungria.
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