F1 Cinco na briga - Julianne Cerasoli Skip to content

Cinco na briga

Grandes viradas marcaram dois dos últimos mundiais de F-1. Kimi Raikkonen fez uma segunda metade de campeonato incrível para ser campeão de 2007 quando tudo apontava para uma briga caseira dentro da McLaren. Três anos depois, foi a vez de Fernando Alonso pular de quinto colocado para primeiro nas provas finais até ser superado por outro que se recuperou aos 45 minutos do segundo tempo, Sebastian Vettel.

Tanto a virada de Raikkonen, quanto a de Alonso, tiveram início na fase do campeonato que começa a partir de agora, com a disputa das nove provas finais. Em teoria, são 225 pontos em jogo e qualquer um poderia ser campeão. Mas o histórico recente mostra que a disputa deve se resumir entre o atual líder Alonso e os quatro pilotos que estão a menos de 50 pontos da ponta: Mark Webber, Vettel, Lewis Hamilton e Raikkonen.

Em 2010, Alonso saiu de uma desvantagem de 47 pontos a nove GPs do final para perder o título por um erro de estratégia na última prova – e o dono do caneco daquele ano, Vettel, estava 24 pontos atrás do então líder Hamilton com nove etapas por cumprir. Neste mesmo ponto do campeonato, em 2007, Raikkonen se recuperou de uma diferença que, na pontuação usada hoje, ficaria em torno dos 55 pontos.

Neste ano, o prejuízo do finlandês, quinto na tabela, é menor, de 48, mas há um complicador que serve para todos: com muitos pilotos dispondo de bons carros, a tendência é que os pontos se dissipem. Na prática, isso quer dizer que, se os quatro perseguidores se alternarem nas vitórias, Alonso só precisa manter-se próximo do pódio até o final para levar o tri.

Outro complicador é que não há indicativos de que um carro dominará a segunda metade. A McLaren cresceu nas últimas etapas, mas as performances têm variado de acordo com a interação entre tipos de pista, carro e pneus e dependem ainda da fase de desenvolvimento em que cada equipe está. Ferrari e Lotus, por exemplo, há algum tempo não estreiam um extenso pacote de alterações e devem fazê-lo em breve, o que pode sacudir a ordem entre as equipes.

Isso aumenta a responsabilidade dos segundos pilotos. A Red Bull terá de lidar com Vettel e Webber disputando as atenções na luta pelo título, enquanto, embora digam o contrário, Jenson Button e Romain Grosjean estão longe demais de Alonso e devem ajudar Hamilton e Raikkonen. Ao espanhol, resta contar com Massa. Se o brasileiro quiser manter seu emprego, é bom começar já no GP da Bélgica, em duas semanas, a tirar pontos da trupe que vem babando em cima de seu companheiro.

Coluna publicada no jornal Correio Popular.

2 Comments

  1. QUEM ESTÁ EM BOA SITUAÇÃO É O RAIKKONEN,SEU COMPANHEIRO NÃO DEVE ATRAPALHAR MUITO ELE E ESTÁ SEMPRE NO BOLO,ATRASANDO OS RIVAIS.JÁ OS OUTROS ESTÃO INDEFINIDOS E NO CASO DA FERRARI ALÉM DA MÁ PERFORMANCE DO MASSA PARECE QUE O CARRO JÁ CHEGOU NO LIMITE DO DESENVOLVIMENTO. VAI SER UM FINAL DE TEMPORADA SENSACIONAL.

  2. Interessante vai ser ver como será a relação de forças, tendo em vista que os postulantes tirarão pontos uns dos outros, sendo assim, teoricamente, quem esta na ponta fica um pouco melhor, não sendo obrigado à forçar tanto…


Add a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Adicione o texto do seu título aqui