Todos reclamam se um jogador de futebol falta ao treino. Pois é, na F-1, é proibido treinar. Não falo do preparo físico, que chega a durar oito horas na pré-temporada, mas da pilotagem em si. Visando a economia, os testes são limitados a 15 dias, no início do ano.
Dentre outras consequências, essa regra impede que vejamos outra temporada de estreia como o vice-campeonato de Hamilton em 2007, andando no mesmo nível de um bicampeão do mundo. Brindado com um grande carro logo de cara, o inglês andou mais de 10 mil quilômetros antes do primeiro GP.
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Hoje, um piloto estreia com menos de 3,5 mil rodados. Ou menos, já que Alguersuari só tinha feito testes em reta antes de participar de sua primeira prova. A prática já destruiu carreiras de pilotos que colecionam títulos nas categorias de base, como Nelsinho Piquet e Romain Grosjean. Antes mesmo da metade temporada 2010, pipocaram críticas pesadas principalmente a respeito de Hulkenberg e Petrov, campeão e vice da GP2, esquecendo-se de que quem deveria ser cobrada é a Federação Internacional, que impôs uma regra que pouco favor faz ao esporte.
Publicado no jornal Diário do Povo em 14.08.2010
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post irretocável!