Fernando Alonso demorou 12 GPs desde a última conquista, no GP da Alemanha de 2012, mas igualou a marca de 31 vitórias de Nigel Mansell, quinto maior da história no quesito. À frente do espanhol e do inglês estão Ayrton Senna (41 vitórias), Alain Prost (51) e Michael Schumacher (91). Todos os quatro, contudo, têm média de aproveitamento melhor que o piloto da Ferrari.
Piloto | Vitórias | GPs | % de vitória |
Michael Schumacher | 91 | 306 | 29.74% |
Alain Prost | 51 | 191 | 26.7% |
Ayrton Senna | 41 | 161 | 25.47% |
Nigel Mansell | 31 | 187 | 16.58% |
Fernando Alonso | 31 | 199 | 15.58% |
Jackie Stewart | 27 | 99 | 27,2% |
Sebastian Vettel | 27 | 104 | 25,9% |
Jim Clark | 25 | 72 | 34,7% |
Niki Lauda | 25 | 171 | 14,6% |
Juan Manuel Fangio | 24 | 51 | 47% |
Alonso é um dos quatro que participaram dos 10 GPs realizados na China, junto de Jenson Button, Mark Webber e Felipe Massa, mas o único a ter completado todas as 560 voltas. O espanhol comandou a segunda prova na história da F-1 em que cinco campeões mundiais chegaram nas cinco primeiras colocações, a exemplo do GP da Itália de 2011.
Na verdade, as últimas cinco provas foram vencidas por pilotos diferentes, mas com algo em comum: títulos. Essa é a primeira vez na história que essa coincidência acontece.
Um destes campeões, Kimi Raikkonen, voltou à primeira fila depois de um jejum de 34 GPs. Na corrida, completou um ano – e 20 GPs – nos pontos e está a quatro provas de igualar o recorde de Michael Schumacher. A Lotus, inclusive, é a única equipe que colocou ambos os carros nos pontos nas três provas até aqui. Outros que vivem boas sequências pontuando são Vettel (13) e Massa (10). Outra marca interessante incluindo o finlandês é o fato de que, pela primeira vez desde o GP do Brasil de 2011, os três primeiros colocados no grid subiram ao pódio.
Inclusive, a última vez em que Hamilton, Alonso e Raikkonen (os três, inclusive, ex-McLaren) haviam subido juntos no pódio fora no GP da Itália de 2007.
Com a conquista, a Ferrari aumentou para 20 a sequência de anos em que venceu pelo menos uma prova. A mais próxima disso é a McLaren, com 13 (1981-1993).
O GP da China marcou ainda o melhor resultado da carreira de Daniel Ricciardo, em sua segunda temporada completa. O sétimo lugar foi o máximo que a Toro Rosso obteve desde o GP da Coreia de 2011. O australiano também se classificou à frente de ambas as Red Bull. A última vez que a equipe “B” da empresa de energéticos obteve um feito do tipo foi no GP do Brasil de 2008, quando Vettel (7º) e Bourdais (9º) largaram dentro do top 10 e Coulthard (14) e Webber (12º) ficaram de fora. Com o nono lugar de Vettel e o 22º de Webber no grid, esta foi a pior classificação da Red Bull em média desde o GP da China de 2008.
Corridas mais lentas?
Muito tem se falado sobre a impossibilidade dos pilotos forçarem na corrida. Na verdade, o que acontece em 2013 é uma distância maior entre os ritmos de classificação e prova, já que os compostos deste ano têm performance e degradação maiores.
Prova disso é o fato da pole de Lewis Hamilton ter sido 0s7 mais rápida que do ano passado. A volta mais rápida de Vettel foi de 1min36s8, ainda que a maioria tenha ficado na casa dos 1min38 – mesmo os que terminaram a prova com os médios. Ainda assim, foram bem mais rápidos que em 2012, quando Kobayashi foi o mais veloz, com 1min39s9. Os mesmos compostos foram usados nas duas temporadas em Xangai.
Porém, Alonso levou as mesmas 1h36 que Rosberg precisou para vencer em 2012. Antes da Pirelli, a última prova em Xangai disputada sem chuva foi em 2008, quando Hamilton faturou em 1h31. A diferença de tempo entre as corridas nas eras Pirelli x Bridgestone não costuma passar de 4% – computando as provas de 2010, com reasbastecimento – mas varia de acordo com o circuito.
15 Comments
Não vamos esquecer que agora eles largão de tanque cheio, isso quer dizer, com combustivel para toda a prova, na era bridgestine não era assim, tanto é que nem tinha tanque que comportasse combustivel para uma prova inteira.
Sim, Jackson. Por outro lado, gastava-se mais tempo nos pits para reabastecer. Fiz uma alteração no final para deixar esse ponto mais claro.
Tive que voltar a 2008 porque só teremos como fazer a comparação direta de 2013/2010, único ano de Bridgestone sem reabastecimento, na Espanha. Nas outras provas choveu em um dos anos ou o traçado era outro.
O português do amigo ai já se desgastou como os Pirelli, é “largam” e não “largão”…ahhahaha…para mim, Largão é nome de cidade do Mato Grosso do Sul………ahhahaha
Julianne,
Você comentou que os mesmos compostos foram utilizados nas duas últimas temporadas em Xangai. Mas o pneu macio, é ainda mais macio. Certo?
Pois a pole 0,7s mais rápida do Hamilton, tem mais relação com o aumento de performance gerado pelo pneu mais aderente e frágil, do que uma melhoria apenas do carro.
Abs.
Exato. O curioso desse dado é que o aumento da performance e do desgaste ao mesmo tempo faz com que o tempo de prova se iguale.
O tempo de prova realmente não alterou mtu, mas isso pq é considerado o tempo do 1º colocado, ou seja, o q teve a competência (sorte) de escolher bem a ordem dos pneus e os momentos corretos de troca. Infelizmente estas trocas estão praticamente decidindo os vencedores, sendo q a qualidade dos pilotos deveria fazer mais diferença (sem menosprezar os pilotos, q são excelentes e nem sei como conseguem domar aquela cavalaria do motor).
Espero q até na próxima temporada façam pneus mais resistentes msm q tenham aderência menor.
Seu comentário a princípio faz sentido, mas dei uma olhada nos resultados de 2008 para cá e notei que era mais comum termos vitórias por mais de 10s de vantagem antes do fim do reabastecimento do que hoje. Pelo visto há outros fatores influenciando.
Ju, penso que com os Bridgestone, a tendência dominante era os melhores carros sobressaírem, afinal, o normal é o melhor carro perder menos tempo em uma disputa linear e praticamente ininterrupta, ao passo que mesmo a tocada do piloto, e um bom entendimento de estratégia nos frágeis Pirelli serem importantes, o carro não precisa ser perfeito (ex: dominar sábado e domingo), ao menos no começo da temporada…Ps:tenho entrado em sites, e batem sempre na mesma tecla: “os pneus estão influenciando mt”, mas fica a pergunta: e pros pneus funcionarem a contento, além da estratégia, a “execução da estratégia” não é importante (fator piloto)? Ora, a velocidade/habilidade com que Alonso se livrou do tráfego não conta? Será apenas os pneus, ou os pilotos mais capacitados fizeram suas táticas darem certo!?
Desconsidere “tendência dominante”, kkkkkk
Hehe, acho que pelo horário deve ter “graining” em meu cérebro, rsrsrs
Julianne,
Vai dar tempo de fazer o Credencial?
Vamos tentar, mas garantido mesmo só pós-Bahrein. Tem pergunta?
Sim. Continuando nesta alternância de vitórias e equilíbrio entre RBR, Ferrari, Lotus e Mercedes. Qual vai ser a primeira equipe a abrir mão do desenvolvimento do carro deste ano, para focar no carro do ano que vem?
Lembrando que a grana não é tão abundante na Lotus e a Mercedes precisa mostrar algum resultado, ao invés de ser a eterna promessa do ano que vem.
abs.
GP da China 2011 – Lewis Hamilton McLaren 01:36:58.226
GP da China 2012 – Nico Rosberg Mercedes 01:36:26.929
GP da China 2013- Fernando Alonso Ferrari 01:36:26.945
Resumindo, durante os últimos 3 anos, nos quais quase não houveram mudanças técnicas na Fórmula 1, os tempos finais de corrida tem sido quase os mesmos. Independente dos pneus.
Julianne,
O companheiro de Vettel em 2008 era o Bourdais.
Abraço!