F1 Monza 2008, Brasil 2013 - Julianne Cerasoli Skip to content

Monza 2008, Brasil 2013

Três sessões afetadas pela chuva e dificultando a escolha do melhor acerto em um circuito já complicado, pancadas providenciais bem na hora em que aqueles que tinham os melhores equipamentos buscavam suas voltas rápidas e a vida facilitada sem o spray na corrida. Em uma época em que fica difícil não falar de Sebastian Vettel quando o assunto é Fórmula 1 e com esse clima incerto de GP do Brasil, não pude deixar de lembrar do feito mais épico do alemão: sua primeira vitória, em Monza.

Nunca se viu tanta água em Monza quanto naquele final de semana em setembro de 2008, em que os pneus de seco apareceram apenas brevemente na segunda sessão de treinos livres, liderada por Adrian Sutil. Como chuva não combina muito com a região em época de GP – a última vez em que havia chovido fora em 1981, as equipes tinham poucas informações sobre o acerto.

Foi então que o baixo downforce da Toro Rosso de Vettel ajudou, pois eles não precisavam colocar tanta asa para serem rápidos de reta. Acertando o tempo exato de entrar na pista em uma classificação em que protagonistas como Raikkonen e Hamilton ficaram no Q2 justamente por erros estratégicos, estava aberta a oportunidade para o alemão mostrar o que serviço. Dizem que piloto bom é aquele que, mesmo quando se classifica fora de posição, consegue fazer uma boa corrida – e como não lembrar do pobre companheiro de Vettel, Bourdais, quarto na classificação, que ficou parado no grid na volta de apresentação e perdeu a chance da vida. E o agora tetracampeão mostrou ali algumas qualidades que desenvolveu ainda mais ao longo dos anos, como a maximização de oportunidades, adaptação a condições diferentes e fez uma corrida sem erros para vencer mesmo aos 21 anos.

Olhando em retrospecto, não foi nenhuma “vitória em condições normais com a enésima força do grid”, como costumamos a ouvir por aí. Isso não existe em um esporte como a Fórmula 1. Mas foi uma oportunidade que apareceu e foi aproveitada com todo o mérito. Cinco anos depois, parece que ele se especializou em não dar nenhuma chance para um “novo Vettel” repetir sua história.

8 Comments

  1. Fantástica pole de Sebatisan Vettel, chupa Galvão!!!

    Número absoluto de poles:

    01-Schumacher, 68 (22.15%)
    02-Senna, 65 (40.37%)
    03-Vettel, 45 (37.82%)
    04-Clark, 33 (45.83%)
    05-Prost, 33 (16.58%)
    06-Mansell, 32 (17.11%)
    07-Hamilton, 31 (24.22%)
    08-Fangio, 29 (56.86%)
    09-Hakkinen, 26 (6.15%)
    10-Lauda, 24 (14.04%)

    Porcentagem

    01-Fangio, 29 (56.86%)
    02-Clark, 33 (45.83%)
    03-Ascari, 14 (43.75%)
    04-Senna, 65 (40.37%)
    05-Vettel, 45 (37.82%)
    06-Moss, 16 (24.24%)
    07-Hamilton, 31 (24.22%)
    08-Schumacher, 68 (22.15%)
    09-D.Hill, 20 (17.39%)
    10-Stewart, 17 (17.17%)
    http://www.statsf1.com/pt/statistiques/pilote/pole/nombre.aspx

    Questão de tempo para Vettel superar o recorde de poles de Schumacher! Pilotaço esse alemão de apenas 26 anos! Veloz, preciso e cerebral, seja em classificação ou corrida, seja no seco ou molhado!

    Vettel, mais jovem a fazer um pole na Formula Um(GP Itália 2008)
    http://www.statsf1.com/pt/statistiques/pilote/pole/age.aspx

    Recorde de poles em uma temporada(2011)
    http://www.statsf1.com/pt/statistiques/pilote/pole/annee.aspx

    Recorde de poles por grande prêmio diferente(ao lado de Prost com 20)
    http://www.statsf1.com/pt/statistiques/pilote/pole/grandprix-different.aspx

  2. “vitória em condições normais com a enésima força do grid”… Não pude deixar de lembrar do Hill na Hungria, embora ele não tenha ganho… 😉

    • Não creio que ela esteja falando exclusivamente de condições meteorológicas, mas sim, de “n” motivos que podem fazer um carro, até então 8ª força do grid, vencer.

      É a mesma coisa da Arrows na Hungria, pois se não fosse a falha no carro de Hill, teria vencido com 35 segundos de diferença. Isso, hoje em dia, é o que Vettel coloca tendo em mãos o melhor carro do grid.

      Logo, tais GPs passaram longe da “normalidade”.
      Em outras palavras, se uma equipe mequetrefe vence é porque não foi mequetrefe no triunfo em questão. Cresceu com os eventuais “n” motivos.

      Abraços.

      Só falo merda, mas acho que é isso. 🙂

  3. O problema do Vettel é que, por mais que ele faça, o povo ainda tem dúvidas de sua capacidade. Diferente de massa e rubinho que já tiveram o melhor carro e não deu em nada, o Seb vai lá e ganha tudo.

    Me lembro até de quando ele assinou com a RBR, vários “especialistas” questionavam se a equipe não tinha escolhido o “Seb” errado.

  4. Ju, foi Grand Chelem? Não me lembro se ele ultrapassou o Rosberg antes ou depois da linha de chegada na primeira volta.

    • Não foi Eric. Grand Chelem é fazer a pole, ganhar de ponta a ponta e fazer a volta mais rápida. Mas ontem a volta mais rápida foi de Mark Webber.

      • É vero. Grand chelem é hat trick (pole, vitória e melhor volta) e ainda liderar todas as voltas.

        Mas então não foi Grand Chelem em Spa, pois a pole foi do Hamilton.

  5. Esse moleque é assustador…


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