F1 Massa lidera ranking, mas número de ultrapassagens cai - Julianne Cerasoli Skip to content

Massa lidera ranking, mas número de ultrapassagens cai

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Depois do sucesso da receita de pneus de baixa duração e DRS para auxiliar as ultrapassagens em um campeonato cheio de alternativas em 2012, a Fórmula 1 resolveu colocar ainda mais pimenta, com a Pirelli arriscando mais em seus compostos e a FIA determinando DRS duplas para 17 das 19 etapas – em 2012, isso foi feito apenas em três provas.

A resposta dos números é intrigante: o número de manobras caiu. Dez provas foram vencidas com mais pit stops do que ano passado (curiosamente, quatro delas depois que a construção dos pneus voltou aos moldes de 2012), mas apenas em metade destas 10 houve aumento no número de ultrapassagens.

Por outro lado, nas nove provas restantes em que o número de pit stops do vencedor ficou igual ou foi menor que em 2012, apenas em três delas houve mais ultrapassagens do que ano passado. E isto ocorreu mesmo com as duas zonas de DRS em oito destes GPs.

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Ou seja, como já havia ficado claro desde 2011, quando estas duas variáveis para fomentar as ultrapassagens foram adotadas, pneus com mais desgaste são mais eficientes do que a DRS. Porém, como vimos em 2013, especialmente no início da temporada, caso os pneus se desgastem em demasia, a tendência é que os pilotos busquem menos as manobras, temendo acabar com sua borracha.

É um equilíbrio difícil de atingir. Como vemos nos números, não há um padrão de número de ultrapassagens devido às diferenças dos circuitos. Além disso, a evolução dos carros durante o ano vai alterando sua relação com os pneus.

Ultrapassagens e os pilotos

Felipe Massa foi o piloto que mais ultrapassou, com 76 manobras, seguido de Mark Webber (69), Fernando Alonso (68), Kimi Raikkonen (66) e Lewis Hamilton (63). Destes, destacaria o número do último, pois trata-se de um piloto que só largou atrás da segunda fila cinco vezes no ano, enquanto os demais ou se classificaram por muitas vezes “fora de posição” ou se chamam Webber e não largam bem.
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Outro piloto a ser destacado é Alonso, que pode ter feito uma temporada abaixo do esperado para Ecclestone, mas foi quem mais ultrapassou pelas primeiras posições: cinco vezes pela liderança, nove pelo segundo posto e seis pelo terceiro. O único que chegou perto destas marcas foi Vettel, que passou quatro vezes por cada um dos três primeiros postos. O campeão, aliás, não precisou se preocupar muito em ganhar posições na pista e fez “apenas” 37 ultrapassagens na temporada, menos da metade de Massa, que se manteve mais entre a oitava e quinta posições.

Se estudarmos apenas os dados dos companheiros, os que mais se encontraram na pista foram os da Mercedes: foram nove manobras envolvendo Rosberg e Hamilton, sendo seis delas com vantagem para o inglês. Lá atrás, Pic e Van der Garde se encontraram sete vezes, com o placar de 6 a 1 para o francês. Já Raikkonen, Maldonado e Ricciardo passaram cinco vezes por Grosjean, Bottas e Vergne, respectivamente.

Aliás, sabe-se lá que valor isso terá a partir da próxima temporada, mas os novos companheiros de Williams ficaram nas duas pontas das listas de ultrapassagens em 2013: se Massa foi quem mais ganhou posições, Bottas foi quem mais perdeu, com 92. Só não tem saldo pior que nosso “devagar e sempre” Max Chilton, que levou 70 e só fez sete ultrapassagens.

8 Comments

  1. É evidente que o Massa é o campeão das ultrapassagens, pois em todas as corridas ele cai para 20º ou 22º por causa de alguma burrada, aí, tem que recuperar posições e como termina sempre em 8º ou décimo, ele faz de 10 a 14 ultrapassagens por corrida.
    Nada pode ser pior para a história do Brasil, do que os históricos de Rubinho e Massa, dois fantoches que se sujeitavam a parar na pista para os companheiros de Ferrari passar e chegar na frente. Ridiculos, uma vergonha.

  2. Oi, Ju

    Post para imprimir e guardar, como tantos outros. Parabéns. São números muito, muito interessantes que só você poderia nos brindar!

    Chama atenção os números de ultrapassagens de Webber e Vettel. E mostra o quanto o braço do piloto ainda faz a diferença. Mesmo como o carro disparado o melhor do grid. Como Webber precisou trabalhar muito mais que Vettel para terminar o campeonato apenas em 3º e com a metade dos pontos do companheiro de equipe.

  3. Talvez se contasse apenas as ultrapassagens feitas a partir da posição inicial do piloto no grid, seria algo mais real. Mas mesmo assim seria algo meio impreciso, pois alguns pilotos com carros melhores são punidos e largam mais atrás e outros largam com pouca gasolina, dai as ultrapassagens acontecem.

  4. Pequeno comentário sobre Bottas.
    Cara Ju, lembro que nos anos 84, 85, 86 e 87 Senna era muito ultrapassado, especialmente nos três primeiros anos.
    Penso que era porque ele fazia uma super classificação, largando à frente de carros melhores e na corrida os demais conseguiam superá-lo.
    Talvez Bottas classifique “à frente” do que seu carro permita.
    E isso significa que ele pode ser um piloto muito bom e que o Massa pode passar um sufoco.

  5. Quanto ao resto do post.
    Ótimos dados.
    Inclusive me deu subsídio para reafirmar aquilo que já escrevi aqui. QUEM DÁ GRAÇA A CAMPEONATO É COMPETIÇÃO E NÃO ULTRAPASSAGEM.
    Afinal, acho meio lógico. Quem ultrapassa é quem tem o melhor conjunto (carro/piloto). Logo, em anos de grandes diferenças haverá muitas ultrapassagens sempre que um carro bom cair de posição.
    Sempre que vejo falar em maior número de ultrapassagens eu me pergunto. SERÁ QUE ACHAM QUE AS NANICAS VÃO SAIR ULTRAPASSANDO?
    Porque eu penso é o seguinte: AGORA É QUE AS GRANDES VÃO GANHAR TUDO.
    Quando digo grandes, me refiro a uma só, ou seja, a melhor de cada corrida vencerá sempre, sem margem para uma segurada de posição “no braço” como a do Alonso com Schumacher em San Marino 2005.
    Só pra lembrar: 2005 a 2009 teve cerca de 1/4 das ultrapassagens de 2011 e 1/3 das de 2013. Há aqueles que gostam dessas temporadas monopolizadas, mas para mim não tem comparação entre as de 2005 a 2008 e a desse ano por exemplo.

    • Realmente, o Augusto tem razão. Competição ferrenha não significa só ultrapassar; não é medida apenas por ultrapassagens, necessariamente. Algumas situações em que elas não ocorrem podem se tornar eletrizantes, como a segurada no braço, sem erros, ética e legítima por 39 voltas que Petrov, um estreante, deu em Alonso, um bicampeão mundial, em Abu Dhabi, em 2010. Embora menor em extensão, também foi emocionante ver Di Grassi com uma caquética Manor segurando Alonso ética e legitimamente no braço, por umas cinco voltas, eis que defendia sua posição, em 2010, em Mônaco. Aliás, em 2010, Alonso provou que tem um coração à prova de infarto. . . Também foi eletrizante ver Enrique Bernoldi segurando no braço, eticamente, com uma anoréxica Arrows, David Coulthard em Mônaco, em 2001, com uma McLaren, por 35 voltas (e só foi ultrapassado no pit stop). Bernoldi – como Petrov e Di Grassi – também defendia sua posição legitimamente, não tinha obrigação de deixar Coulthard passar.

  6. Ju, um detalhe interessante de seu post, é o fato do DRS duplo nas corridas diminuir em tese as ultrapassagens, talvez uma resposta plausível seria os pilotos comboiarem no primeiro trecho, esperando o ataque na segunda linha de medição, dificultando o revide, levando em conta que em muitas corridas, as duas zonas serem muito próximas…

  7. A FIA, se não me engano, reduziu a distancia das areas de DRS. Assim acredito que as ultrapassagens diminuira um pouco….
    Acho que festa de ultrapassagens faceis tambem não é muito legal…
    Na India por exemplo Vettel parou na volta 2 e sem problemas passou todo mundo de volta.


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