Longas retas e curvas de alta velocidade. Essa combinação do circuito de Spa-Francorchamps dá confiança para a equipe Williams de que este final de semana pode ser um dos melhores do ano para o time. Mas isso depende diretamente de como os rivais irão acertar seus carros.
Em uma pista em que se fica com o pé no acelerador por 67% da volta, média considerada alta, e na qual usa-se normalmente uma configuração de baixa pressão aerodinâmica, justamente para aumentar a velocidade nas retas, o carro da Williams pode “mascarar” suas deficiências.
Porém, nos últimos anos, a Red Bull conseguiu andar bem em Spa mesmo sem ser um carro rápido nas retas, uma vez que apostava em ganhar tempo no segundo setor, com curvas de alta velocidade.
“Spa é uma pista que tem alguns pontos que podem ajudar o nosso carro”, observou Felipe Massa. “Obviamente, iremos sofrer em algumas partes, como no setor 2, mas é uma pista positiva, não só Spa, como Monza. Espero conseguir bons resultados e acredito que sejam as melhores do campeonato para a gente.”
Massa refere-se à próxima etapa do campeonato, na Itália, que será disputada em um circuito ainda com mais retas do que na Bélgica. Em Spa, é provável que a vantagem da Mercedes seja maior, uma vez que o carro, mais eficiente aerodinamicamente e, ainda por cima, com o mesmo motor da Williams, pode tirar bastante asa e ainda assim ser bem estável no segundo setor. “Acho que será muito difícil chegar nas Mercedes. Eles têm um carro ótimo no motor e na aerodinâmica, mas temos que acreditar que alguma coisa pode acontecer, se conseguirmos o segundo carro mais rápido seria um ótimo resultado”, disse Massa.
Mas Lewis Hamilton, por outro lado, apontou que a Williams pode, sim, incomodar. Como o FW36 naturalmente produz menos carga aerodinâmica, caso todos optem por usar asas menores e favorecer a velocidade de reta, o carro de Massa e Valtteri Bottas se adaptará melhor. “Até agora a mídia tem sugerido que a Williams estará próxima e que Spa poderá ser sua melhor chance. Não sei se eles vão tirar pressão aerodinâmica nessa corrida – eu sei que nós iremos, assim como outras equipes que estarão lutando pela vitória. Talvez esse nível de pressão aerodinâmica mais baixo seja favorável para eles. Não sei o que vai acontecer.”
Dependendo do cenário, veremos o quão boas serão as chances da Williams onde o time deve ter, de fato, sua melhor chance no ano, em Monza.
5 Comments
Ju, pelo visto tá bem frio em Spa hoje e essa é a previsão para todo o fim de semana. De que forma isso pode afetar os pneus? Dá pra falar em alteração importante de rendimento por conta dessas temperaturas mais baixas?
O Massa acabou de falar que gerar temperatura no pneu não tem sido um desafio (talvez será para quem está usando menos carga aerodinâmica). O problema é a pouca duração do pneu macio, pois foi uma escolha ousada da Pirelli. Então a temperatura na verdade está ajudando o pneu a durar um pouco mais.
Detalhe interessante: os tempos de volta estão próximos ao da corrida de 2012 – ano passado o treino classificatório foi com chuva.
Será o benefício das longas retas, ou os carros começam a se aproximar dos tempos da F1 V8?
Tem um pouco dos dois, mas o primeiro fator é mais decisivo. Em Monza eles devem voar.
Uma sugestão de pauta.
Sou fã declarado de pilotos que não dão a mínima para a política da F1.
Portanto, gosto de Raikkonen e detesto Don Mimadon (vulgo Alonso).
A mídia de maneira geral anda sentando a lenha no finlandês. Só que, engraçado, ninguém comenta que o carro dele vive dando problemas. Nos treinos, normalmente, passa um tempo na garagem consertando a rebimboca da parafuseta.
Façam o seu serviço e vão lá na Ferrari perguntar por que só o carro dele tem problemas.
Vcs acham coincidência?
Lógico que não é.
Ele paga pelo fato de ter sido contratado à revelia de Don Mimadon.
Mas, tudo bem.
Gostaria de ler matéria sobre o tema.
Será que a Ferrari não é capaz de manter dois carros em ordem o tempo necessário?
E, sempre o carro do companheiro de Mimadon apresenta problemas???
Obrigado.
Luiz