F1 Se alguém olhar para a pista… - Julianne Cerasoli Skip to content

Se alguém olhar para a pista…

Motor Racing - Formula One World Championship - Australian Grand Prix - Practice Day - Melbourne, Australia

Os carros da Fórmula 1 voltaram à pista para a primeira etapa da temporada 2015 consideravelmente mais rápidos, barulhentos e até mais bonitos. Mas são os bastidores que vêm roubando as atenções neste final de semana, na Austrália. A briga judicial de Giedo van der Garde com a equipe Sauber, que colocaria em perigo a estreia de Felipe Nasr como titular e os mistérios envolvendo o acidente que tirou Fernando Alonso do início do campeonato fizeram com que a evolução demonstrada pelos carros ficasse em segundo plano.

O tempo mais rápido de Nico Rosberg no segundo treino de sexta-feira foi quase dois segundos melhor do que a marca mais rápida da mesma sessão, obtida pelo companheiro Lewis Hamilton. A diferença está, basicamente, na evolução das unidades de potência, que estavam em seu estágio embrionário nesta época ano passado. Apesar dos carros ainda estarem, pelo menos em Melbourne, 1s9 mais lentos que em 2013, deve-se levar em consideração que os pneus eram bem mais macios – e, com isso, mais rápidos – e havia menos restrições aerodinâmicas, ‘colando’ a traseira dos bólidos e tornando-os mais estáveis.

Essa evolução dos motores acabou fazendo com que, naturalmente, o barulho dos motores ficasse mais forte, algo que preocupava os fãs. E as novas regras para os bicos trouxeram mais harmonia para a estética dos carros, o que também era uma queixa.

Na verdade, ainda que a categoria venha sofrendo críticas que vão desde a artificialidade da asa traseira móvel, que reduziu a dependência aerodinâmica dos carros e facilitou as ultrapassagens, até à suposta facilidade de pilotagem, impressão que vem junto do aumento da divulgação das transmissões via rádio, os números mostram uma Fórmula 1 mais competitiva do que nunca.

O domínio da Mercedes mascara alguns números de uma década que está se firmando como a mais parelha da Fórmula 1. A diferença de tempo entre o primeiro e segundo colocados, por exemplo, que era de 51s73 em média nos 1960 e de 24s82 na época considerada áurea da categoria, os anos 1980, hoje não passa de 9s16. Outro dado aponta que, mesmo com o grid reduzido, o número médio de carros que cruzam a linha de chegada na mesma volta do vencedor pulou de 4,1 nos anos 1980 para 12,36 na década atual. A média de ultrapassagens por prova, por sua vez, passou de 14,93 nos 1990 para 39,29 hoje.

Frank Williams já dizia que a Fórmula 1 é um esporte apenas por duas horas no domingo. De resto, é um negócio. Bastidores à parte, tomara que seja essa Fórmula 1 mais rápida e competitiva que ganhará destaque – pelo menos – nas madrugadas deste sábado e domingo.

6 Comments

  1. Julianne eu acho que vai chegar nos tempos de 2013 se não estou enganado a pole de 2013 foi 1,27 alguma coisa a de 2012 foi um 1,24 alguma coisa acho que a pole esse ano vai ser 1,25 ou 1,26.

    • Em 2013 as condições de pista não deveriam estar muito boas, porque a pole foi 1min27s4, e ficou a 1s5 da volta mais rápida no final de semana. Em 2012, foi 1min24s9. Em 2014, choveu

      • Verdade se chegar a 1.25 vai ficar ainda a 1 segundo dos v8

  2. Julianne, não acredito que você, inteligente como é, queira brincar com nossa inteligencia jogando dados da decada de 60 (!) para justificar um artificial equilíbrio, criado através de invenções tão falsas quanto o carater dos chefes da F1, da categoria dos anos 2010.

    • Concordo Victor, não dá para acreditar que seja um texto da Julianne. Vamos, lá, o barulho dos motores continua horrível, e não é culpa do turbo, visto que em 1988 eram turbo giravam por volta de 12.000 rpm e era ensurdecedores.

      Aumentaram alguns decibéis, mas jornalistas europeus já disseram que continua possível ficar sem protetores auriculares, ridículo, F1 é ruído de F1, que hurra, berra, estridente.

      Outro dado é ver que os carros estão mais rápidos só em relação aos de 2014, tomam sova de 2012 e 2013, então não evoluiram nada e este papinho de UNIDADE de POTENCIA é algo medonho

      E dizer que a F1 está mais competitiva é piada, ver uma equipe sumir na frente não é competição, nunca gostei disso, nem em 88 e 89 nem em 92 e 93.

      Por fim, esta tecnologia de “unidade de potência” é piada, não há evolução ali que chegara as ruas, até porque os líderes em tecnologia hibrida são VOLKSWAGEN, BMW e TOYOTA que não estão na F1.

      F1 continua patética.

  3. Ju, concordo com vc em 99,9% das vezes, mas hj discordo. Essa f 0,5, kkkk eco/hitech é chata mesmo, enfadonha! Sem barulho, p1 e p2 sacramentadas antes de começar o campeonato! Pode parecer birra com Hamilton ou Rosberg, mas não tem disputa pela primeira posição fora da Mercedes, simples, os outros são meros coadjuvantes…a meritocracia é uma medida de competitividade, mas não pode ser imutável, tudo bem que os alemães fizeram um grande trabalho, mas esse regulamento esdruxúlo não possilita recuperações, sabemos quem será campeã dos construtores e 50/50 na luta pelos pilotos ainda na pré-temporada, isso é brochante!!! São duas categorias em uma. Na real, essa f 0,5 eco/mega/hightec está pisando na alma do esporte competitivo, amarrando as mãos de quem está em desvantagem com a pseudo economia de recursos… tenho minhas dúvidas se motores para cada corrida não seriam mais baratos que esses super motores ecológicos, ora, durariam menos, fariam mais barulho, mas não teriam que ter tanto esmero em sua produção, enfim, ter que polpar giros, pensando já no fim da temporada me parece corrida de regularidade, e não a categoria máxima da velocidade! Pra mim, começou a derrocada da competitividade na f 0,5 quando apartir de 2007 instituiram 10 motores por temporada, o que obrigou as equipes a regularem giros afetando a disputa de velocidade. Espero que em 2017 os caras pirem de vez e voltem com 1 motor por corrida, ai sim teremos disputa verdadeiras, pé no fundo, emoção, na real, a f 0,5 não vai salvar o mundo, deixemos essa responsabilidade para os protótipos do WEC, a f 0,5 atual tem de tudo, menos disputas emocionantes, essas, raríssimas! Quem diria, estou sentindo falta do difusor soprado e seus V-8 barulhentos…


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