F1 Ele chegou chegando - Julianne Cerasoli Skip to content

Ele chegou chegando

GP MALESIA F1/2015

Aqueles momentos em que as câmeras buscam a tensão nos rostos dos membros das equipes antes que as luzes vermelhas se apaguem já não são mais os mesmos se ele não aparece. Maurizio Arrivabene comanda a Ferrari há apenas quatro corridas, mas se mostra tão à vontade, em um posto que fez duas ‘vítimas’ no último ano, que parece que sempre esteve ali.

Quando Arrivabene assumiu a chefia da Ferrari, em dezembro do ano passado, a situação era crítica: o astro do time, Fernando Alonso, estava de saída, dois chefes – Stefano Domenicali e Marco Mattiacci – tinham sido demitidos em oito meses, o presidente Luca di Montezemolo caíra após 23 anos e o time vinha da primeira temporada sem vitórias desde 1993.

Menos de cinco meses depois, o cenário não poderia ser mais diferente. Uma vitória política obtida no final do ano passado permitiu o desenvolvimento dos motores ao longo da temporada e abriu a brecha de que a Ferrari precisava para enfrentar a Mercedes. O time também melhorou o carro e contou com o ânimo novo injetado pela chegada de Sebastian Vettel para se tornar o único rival dos até então imbatíveis alemães.

Tudo isso, sob o pulso firme de Arrivabene, um daqueles chefes que apostam no corpo a corpo com seus funcionários para manter o controle. O italiano de 58 anos sempre foi do marketing e está envolvido com a Ferrari desde os anos 1990, quando trabalhava na Philip Morris, patrocinadora da Scuderia. Em 2010, tornou-se representante do time italiano na Comissão de F-1, principal organização política da categoria. Pela “compreensão não apenas da Ferrari, mas também dos mecanismos de governança do esporte”, foi indicado pelo presidente da Fiat e da Ferrari, Sergio Marchionne, à chefia.

O dirigente mostrou seu cartão de visitas nos testes de pré-temporada quando, depois de ter o acesso a seus convidados vetado no paddock, sentou com outros membros da Ferrari nas arquibancadas. O italiano vê a categoria mais como um show, quer aproximar os fãs, fala em carros “sexy” e motores “barulhentos como uma banda de heavy metal”.

Mas que ninguém se engane com o estilo que ora pende para o rock’n’roll, ora ganha ares de tarantella: Arrivabene não titubeia a pressionar seus pilotos abertamente ou a entrar em rota de colisão com o promotor da Fórmula 1. Afinal, foi recrutado justamente para isso: recolocar o time no caminho das vitórias e se certificar de que os italianos sigam influentes no cenário político da categoria. Pelo menos por enquanto, não poderia estar fazendo um trabalho melhor.

12 Comments

  1. Julianne gostaria de sua opinião quanto ao meu comentário, levando em conta que a Ferrari não levou update nenhum nessas 4 provas do início do campeonato só basicamente maximizou o seu setup nessas provas e consequentemente se aproximou bastante da Mercedes apesar de a própria prometer atualizações para a próxima etapa, mas como ela já antecipou algumas para etapa da China e Bahrein não é de se imaginar que a Ferrari tem um potencial de crescimento maior do que a Mercedes e brigar ferozmente pelo campeonato a partir dessa fase que se inicia na Espanha já que a Ferrari promete muitas atualizações na parte aerodinâmica, mecânica, e o motor a partir da etapa do Canadá.

    • Essas coisas não são tão “matemáticas” assim. Note que o grande problema da Ferrari nas disputas de título de Alonso nos últimos anos foi trazer peças que efetivamente melhoravam o carro. Por isso, eles passaram todo esse tempo remodelando o túnel de vento. Nesse aspecto, essa será uma temporada muito importante para Maranello.

  2. Entendo seu ponto de vista Ju, sabemos que a adiministração é fundamental para o sucesso, mas pra mim, quem chegou ou chegaram chegando, foi James Alisson e o pessoal de motores, pois a calmaria reflete a máquina bem construída e que recoloca a equipe italiana na vitrine novamente, retirando parte do peso dos ombros dos diretores…sendo assim, quanto melhor dentro da pista, a burocracia agradece.

    • Concordo,se o carro é ruim,ninguem motiva coisa alguma e o ex engenheiro da Lotus acertou de novo,agora com recursos quase ilimitados.

    • Li por aqui que o problema de motor da Ferrari no ano passado era causado mais pelo “habitáculo” do mesmo, que pelo motor em si… James Alisson, sim merece reconhecimento! Não estou desmerecendo os avanços no motor, apenas esclarecendo.

      Sim, concordo que quem “chegou chegando”, mais que Arrivabene, fo Alisson. Mas ele chegou de mansinho, comendo pelas beiras… Arrivabene chegou fazendo mais barulho que os motores antigos da F1…. 🙂

    • Tbem concordo com vc Wagner. O próprio Marco Mattiacci, que era um dos grandes executivos da Ferrari EUA, nao sobreviveu aos resultados pífios.
      Parabéns ao Alisson que fez uma máquina competitiva.
      Abrçs

  3. Ferrari agora tem um conjunto completo, mas se o carro largou duas vezes na primeira fila e venceu uma prova, isso é graças a Vettel que sempre foi fera em classificação. O alemão também sempre foi forte em ritmo de corrida, piloto inteligente que sempre soube administrar ação dos pneus.

    Raikkonen poderia ter vencido a última corrida se tivesse largado mais a frente, melhor ainda se a Ferrari tivesse antecipado em duas voltas na última troca de pneus. O carro da Ferrari não é fantástico, mas eficiente! Em outro ritmo de corrida, Vettel não conseguiu passar Bottas, o alemão se aproximava nas entradas de curva, mas no retão o motor Mercedes falava mais alto. Pra brigar pelo campeonato, o motor Ferrari ainda precisa de umas dezenas de cavalos. Vejo a Mercedes como time de um piloto só(Rosberg não consegue tirar tudo do carro), Ferrari vejo time para dois pilotos, mas Kimi precisa urgente largar mais a frente. É sempre bom lembrar, quanto mais esse motor Ferrari melhorar, mais a Sauber poderá brigar com Felipe Nasr. Em termos de campeonato a coisa esta sem graça, Lewis esta pilotando sem pressão. O que pode salvar são as corridas mais disputadas, mas pra isso acontecer a Ferrari tem que estar bem em todas as provas. Hamilton vai levar o tri em cima de Massa e Rosberg, o que pra mim não é grande coisa. Então, que as provas de 2015 sejam mais difíceis para o inglês, isso só ia valorizar ele como piloto. Falta Hamilton bater um grande campeão em disputa pelo título. Em 2008 ele bateu Massa que não tinha título, a temporada foi de altos e baixos para os dois, Lewis foi campeão “raspando” em Interlagos. Em 2014 muitos problemas técnicos e quebras atrapalharam o inglês, mas na reta final…Rosberg não deu nem para o cheiro. Esse ano começa com massacre em cima de Nico…esta fácil demais para o inglês. O ponto fraco de Hamilton sempre foi o aspecto mental. Ele estaria pilotando sem erros se no lugar de Rosberg estariam Alonso, Vettel ou Raikkonen? Muito difícil…

    • Mas Marcelo, se for pensar assim, o Vettel entao ??? Somente 1 temporadas ele teve alguem no cangote…2010, nem conta…pois caiu no colo dele…ele era o ultimo na lista de probabilidades de ter o título, mas conseguiu devido a uma somatório de resultados negativos de outros. Entao, só sobra 2012…contra Alonso…do resto, foi sempre mamao com açucar…sempre contra um Webber (nem preciso dizer nada) e a RB, que sempre foi disparado o melhor do grid.
      Abrçs

  4. Ele tem a maior cara de pizzaiolo mas está fazendo um belo trabalho nesse início de temporada. Vamos ver como a equipe se comporta no desenvolvimento do carro, coisa que não funciona bem há anos.
    A etapa europeia já vai nos dar uma bela noção se a Ferrari está melhor, pior ou continua a mesma.

  5. O desenvolvimento é importante Dé, mas penso que o problema ferrarista foi mais crônico do que parecia, ou seja, carros mal nascidos, pois com uma base ruim, as melhoras teriam que ser extratosféricas para surtir efeito, e quando se diz que Alonso carregava a Ferrari nas costas, muitos dizem ser exagero, mas foi a realidade…fato é que a base do carro de 2015 é muito melhor vide os testes desse ano, onde tanto em volta lançada, quanto em long runs o carro mostrou potencial.


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