Há mais de um mês, todos na Williams colocavam grande expectativa nas mudanças que fariam sua estreia no GP da Áustria. Afinal, não é apenas o primeiro grande pacote da temporada como, possivelmente, o maior. E a experiência do ano passado demonstrou que praticamente tudo o que parecia funcionar no túnel de vento tinha o rendimento confirmado na pista.
De fato, a melhora veio, segundo informações de dentro da equipe. Mais precisamente, quatro décimos, salto bastante considerável no mundo da Fórmula 1. Porém, mesmo que, na Áustria, o ritmo do carro já tenha aparentado estar mais próximo da Ferrari – que vem trazendo peças novas a cada GP e vem em um crescimento mais baixo, contudo, regular – são nas próximas etapas que a evolução deve ficar mais clara.
Isso porque o grande alvo do pacote foi melhorar a estabilidade da parte traseira do carro, ponto fraco desde o modelo do ano passado e que compromete as freadas e, principalmente, o rendimento nas curvas de baixa velocidade. Com a traseira ‘controlada’, o próximo passo é trazer novidades para melhorar a aderência na frente do carro.
Por isso, há uma nova asa dianteira prevista para estrear no GP da Hungria. Mais do que Silvesrtone, a próxima etapa, a corrida em Budapeste será fundamental para a equipe determinar suas metas até o final do campeonato. As mudanças feitas para a Áustria já deixaram o time confiante de que o fiasco de Mônaco nas curvas lentas não vai se repetir, mas o tamanho da melhora vai determinar o quanto vale a pena para a equipe investir para roubar o segundo lugar da Ferrari entre os construtores.
Além do carro em si, a equipe tem confiança nos updates que a Mercedes ainda tem à disposição para utilizar em seu motor, o que deve acontecer a partir do GP da Bélgica. Vale lembrar que ambos os pilotos da Williams começaram a usar apenas no GP do Canadá seu segundo motor, enquanto a dupla da Ferrari já está no terceiro motor de combustão, o que certamente influenciará nos updates dos motores italianos, uma vez que, quando alguma novidade nessa área da unidade de potência for implementada, eles serão forçados a estrear o quarto e último elemento.
6 Comments
Ju, como anda a definição das regras dos motores para 2016 em diante? Tenho a impressão que enquanto o desenvolvimento continuar restrito, o cenário pouco mudará. Sim, Williams pode brigar com a Ferrari, ou não, pela 2a. posição do mundial de construtores. Mas sem McLaren-Honda e Red Bull-Renault, ficamos apenas com a briga entre Ferrari vs. Williams. Enquanto a briga entre apenas duas equipes e aceitável, a falta de perspectiva de evolução das outras potenciais postulantes é desestimulante.
Se os carros da Ferrari e Willians fossem iguais, o Vettel conseguiria alguns décimos a mais que os outros. Acredito que o alemão está um degrau acima, ou mais, de Bottas e Massa. Mas, para compensar, o Kimi tem estado um degrau abaixo deles.
Mesmo que a Willians encoste mais na Ferrari acho que o Vettel ainda vai fazer a diferença para os italianos. Quem vai ser o fiel da balança é o Raikkonen. Se o Vettel continuar sendo terceiro e a dupla da Willians fizer quarto e quinto, tem alguma chance de pegar a Ferrari, mesmo que pequena e vai depender dos resultados do Kimi. Se ele for mais consistente, a Willians deve ser terceira novamente.
Em números, a diferença de pontos é de 63. Se o Vettel for terceiro e a dupla da Willians quarto e quinto, eles tiram 7 pts. Mas a sexta colocação dá 8 pts e é ai que complica a Willians.
E apesar dos erros, o Kimi ainda está na frente dos pilotos da Willians. Então acho bem dificil a Willians passar a Ferrari, mesmo que melhorem bastante.
Sério mesmo que vc acha que o fiel da balança é o Kimi? Vc é torcedor que só lembra das últimas corridas mesmo. Te convido a olhar a posição de pista do Kimi, Bottas e Massa
Não tenho nada contra o Kimi, mas ele está sendo mais irregular que o Vettel. E os pilotos da Willians tem falado que acham que dá para superar o Raikkonen, e que o Vettel fica mais complicado. Não fiz nenhum comentário parcial, apenas no que tem acontecido.
Teria que ser um grande salto para bater sistematicamente os dois carros da Ferrari e lutar pelo vice. No universo de pontuação que eles lutam, o maximo de pontuação seria 27 pts ( 3° e 4°). Supondo que as duas Ferraris chegassem sempre em 5° e 6° e somassem 18 pts, eles tirariam apenas 9 pts por corrida. Demoraria 7 corridas para tirar os 63 pts nesse cenário perfeito. Digamos que vai ser difícil a Williams buscar esse vice, sem contar com quebras na Ferrari.
Acredito que o problema maior ainda seria o quanto de atualização da Mercedes a Williams receberá. Sempre entra a história do software, setups e por aí vai.
Ainda tem o comentário do Alex sobre o cenário perfeito e 7 provas para encostar. O que convenhamos, com Vettel do outro lado é ruim de acontecer, Plus, a Ferrari teria de ficar de braços cruzados vendo os ingleses atualizarem seu carro sem nenhuma reação.
Penso que deu pra Williams nessa temporada e é como todos sabem na F1. Equipe cliente, com a matriz nas pistas, no chance.