O hino alemão foi ouvido em todas as cerimônias de pódio em uma temporada da Fórmula 1. E Michael Schumacher não teve nada a ver com isso. 2015 foi, em vários sentidos, o ano em que a Mercedes conseguiu o que parecia improvável ano passado: ampliar seu domínio. E, quando o time alemão não conseguiu vencer, coube a Sebastian Vettel manter a tradição para o país que, curiosamente, ficou sem GP.
Mesmo que tenhamos tido a impressão de que a Mercedes teve uma concorrência mais forte, talvez pelo fato de que, diferentemente do ano passado, uma mesma equipe, a Ferrari, se mostrou como rival mais próxima dos alemães, com a diminuição dos problemas de confiabilidade, os bicampeões conseguiram bater alguns de seus próprios recordes.
O primeiro é o de pontuação: 703 pontos, dois a mais que em 2014 (mesmo sem pontos dobrados na última corrida). Isso quer dizer que o time chegou a 86% dos pontos possíveis, algo sem precedentes na história. A McLaren de 1988, considerada por muitos a equipe mais dominante de todos os tempos, conquistou 83% dos pontos.
Outros recordes foram as 15 vezes em que a Mercedes fechou a primeira fila do grid. E as 12 dobradinhas na temporada. Os prateados conseguiram ainda um pódio a mais que ano passado, e igualaram o recorde de 16 vitórias de 2014.
Essa temporada praticamente impecável da Mercedes acabou, curiosamente, com três vitórias de Nico Rosberg, saindo da pole, algo que o campeão e grande dominador do campeonato, Lewis Hamilton, não conseguiu. Com a sexta pole seguida, Rosberg está a duas de igualar outro recorde que Hamilton não atingiu neste ano, que pertence a Ayrton Senna. O inglês chegou a sete poles seguidas, algo que já foi feito pelo próprio Senna, além de Schumacher e Prost.
Mas, ao longo do ano, Hamilton foi superior em classificações, devolvendo exatamente o mesmo placar da derrota de 11 a 7 do ano passado. O inglês igualou o recorde de número de pódios em uma mesma temporada, de Schumacher, ainda que com menor porcentagem.
Quem não teve um ano tão positivo foi Kimi Raikkonen, que marcou 11 pontos a menos do que Fernando Alonso conseguiu ano passado, mesmo tendo nas mãos uma Ferrari bem melhor. Pelo menos o ano do finlandês terminou com um pódio, algo que só havia acontecido em outras duas provas neste ano. Todas, disputadas à noite – as outras foram Bahrein e Cingapura. Com isso, igualou os 80 troféus de Senna, ainda que com mais largadas.
Falando em Alonso, seu sucessor na Ferrari, Vettel, igualou sua melhor temporada na Ferrari, de 2012, com três vitórias, 278 pontos e 13 pódios. O ano não foi nada bom para o espanhol que, além de sofrer no fundo do pelotão, ainda teve de aceitar a primeira derrota para um companheiro em número de pontos da carreira, depois de ter sido superado por Hamilton nos critérios de desempate em 2007.
Os números do campeonato mostram um cenário de previsibilidade que, se não é único na história da Fórmula 1, também não é a norma da categoria. Pela oitava vez em 66 temporadas, apenas duas equipes venceram – a exemplo de 2014. E pela sétima vez apenas três pilotos chegaram em primeiro. Do GP da Austrália do ano passado para cá, Hamilton venceu 21 vezes, Rosberg 11 e Vettel e Ricciardo tiveram três triunfos cada. E, no momento, é difícil imaginar um cenário muito diferente em 2016.
21 Comments
Ou seja, 2016 serah um ano para os seguidores da F-1 tirarem um ano sabatico… *awesome*
Eu imagino um cenário diferente para 2016! Imagino a Scuderia produzindo um carro que traga grandes-dificuldades para a Mercedes na busca do seu 3º título consecutivo de… pilotos. Ferrari (eu-acredito!) produzirá um bólido para Fettel-boy que lhe proporcionará possibilidades de ir à caça do W07-do-Hamilton. E dependendo da política implementada para os pilotos na Mercedes, Vettel poderá aproveitar-se e conseguir suplantá-los na busca do título mundial. Este éh o cenário que eu aguardo e acho que tem grande possibilidade de se tornar realidade.
Mais otimistas que isso só imaginando a McLaren (ou seria McLata?) disputando o campeonato! Quem dera minha querida McLaren disputando a ponta novamente.
Não acredito nisso, assim que a Ferrari se tronar uma ameaça real a Mercedes vai priorizar um piloto e o campeonato, se será Lewis Hamilton, retirado a peso de ouro da McLaren e agora tri mundial, ou um esforçado Nico Rosberg é uma incógnita.
Um grande abraço a todos do blog e um bjo pra Julianne!
Eu acho que pior não fica kro Nato! A nossa-Mclaren creio que virá brigando ali com a Williams, Force-India e porque não a Hass no primeiro momento. Se tudo iniciar se bem (Carro & Unidade-de-Potência descentes) aí acho que eles disputarão com Toro Roso e perseguirão de perto a Red Bull. Isto tudo éh claro, são meras-projeções!
Complementando sua excelente compilação, Julianne, peço-lhe permissão para mencionar o link abaixo, referente ao ranking feito por todos os chefes de equipe sobre os melhores da temporada de 2015:
http://www.autosport.com/news/report.php/id/122079
Destaco o relevante quarto lugar de Max Verstappen, que considero THE STAR OF THE SEASON.
E, do alto da minha insignificância, dou-me ao desplante de discordar da colocação de Raikkonen como o décimo na lista, em detrimento de Carlos Sainz Jr. O pouco que Kimi fez não chega a ser o mínimo que se espera de alguém que já foi campeão mundial, de alguém que já foi muito rápido e tem uma respeitável estatística de voltas mais rápidas. Francamente, a fila na F 1 precisa andar, a começar por Raikkonen e Massa, que precisam dar lugar a notáveis novos talentos que estão surgindo e que precisam de oportunidade em equipes grandes para mostrar até onde vai o talento de cada um deles. É evidente que Raikkonen e Massa ainda podem ter seus lampejos aqui, ali e acolá, mas deveriam se retirar com dignidade, antes de atingirem um nadir onde apenas se arrastem melancolicamente pelas pistas (como já ocorreu com grandes nomes). Já passaram do ponto. Nem todo mundo tem a percepção do vigoroso e rápido Jack Brabham, que se retirou POR CIMA aos 44 anos de idade, conseguindo inclusive andar magistralmente na frente do EXCEPCIONAL Jochen Rindt (no ano em partiu, com apenas 28 anos). Vandoorne, Werhlein e Ocon, por exemplo, agradeceriam muito.
Por último, mais uma petulância da minha insignificância: eu acho que deveria haver uma inversão nessa lista, com Pérez à frente de Bottas. Não tenho convicção de que Bottas faria com a Force India o mesmo que Pérez fez.
Pra se ter uma ideia da grandeza do q vettel fez, mesmo contra essa mercedes DOMINANTE nas mãos de lewis e nico ,ele igualou a melhor campanha de alonso 2012 na ferrari….detalhe 2012 teve 7 vencedores diferente e o campeão 5 vitorias ,bem diferente de 11 como lewis conquistou. Realmente uma campanha de estreia na ferrari bem conduntende.
Espero q 2016 o SF 16 T seja um baita carro e com a mercedes tendo q dividindo a estrategia de ambos pode ser q pau quebre na interne e vettel empine o dedinho mas vezes esse ano foi 3 ano q veem sera 7 hehehee
Permita -me discordar da sua opinião e sem desmerecer o Vettel, que é um dos 3 top pra mim, mas o que Alonso fez em 2012 foi muito maior… Ele disputou o título daquele ano, e chegou a liderar com 40 pontos de vantagem com um carro que não era nem o segundo melhor do grid, quiçá o terceiro (basta ver os resultados do “nosso” Massinha…). Aliás, o mico que o Massa pagou ao lado de Alonso, foi algo que eu nunca vi na minha vida, uma diferença tão brutal de performance entre companheiros de equipe de mesma época(não era um veterano contra um novato)… Nem Schumacher conseguiu esmagar tão facilmente um companheiro de equipe assim… Mas voltando aos desempenhos de Vettel e Alonso, o Vettel não chegou perto de disputar o mundial de 2015 enquanto Alonso disputou até a última corrida com o terceiro, ou sei lá, pior carro, liderou o campeonato e só não ganhou porque foi alijado na largada da Bélgica e Japão, zerando essas duas corridas se não me engano… Por essas e outras, acho que seria também inesquecível um confronto Vettel/Alonso na mesma equipe, acho que seria mais interessante e de mais alto nível do que Vettel e Hamilton… Acho que esses dois estão um pouco acima de Hamilton… Acho o Vettel um pouco melhor em classificação, mas acho o Alonso um pouco melhor em ritmo de corrida, os dois são bons de chuva, o Alonso talvez cometa menos erros… Só os dois com máquinas igual para se saber a verdade…
Abraço a todos
Julianne, gostaria de te sugerir um tema para um post… Seria a semelhança que o Alonso está apresentando com o Senna nos últimos anos de carreira, tipo 1992/93… Tenho visto muitas semelhanças, na idade, no que guiam, na questão de serem considerados os melhores porém sem carro à altura, até mesmo fora das pistas, com Alonso reconhecendo o desafeto Hamilton, como Senna fez como Prost… Enfim, várias coisas… Poderia nos brindar com um post desse?
Hamilton e Rosberg fizeram nas 2 últimas temporadas 23 dobradinhas. Estão atrás somente da dupla Schumacher e Barrichello que precisaram de 5 temporadas pra fazer 24 dobradinhas. Ano que vem esse recorde cai. Na verdade, a antiga dupla da Ferrari só está na frente pelo melancólico GP dos EUA em 2005, em que correram só Ferrari, Jordan e Minardi. Algumas corridas esse ano lembraram aquela, com as mercedes fazendo papel de Ferrari e as demais fazendo papel de múltiplas Jordans e Minardis.
Não é só o domínio de uma equipe, isso tivemos antes. O problema é o monstruoso domínio da primeira para as demais e o domínio também enorme da segunda melhor para as restantes. Alias, a classificação do campeonato mostra isso, nas 2 primeiras posições os pilotos da Mercedes, em seguida os pilotos da Ferrari em 3º e 4º, os pilotos da Willians em 5º e 6º, depois os 2 pilotos da RBR, e depois os 2 da Force India. Só do 11º lugar em diante começa a intercalar. Isso nunca aconteceu na história. Ai temos uma mostra considerável da importância do carro nesta temporada.
O que nao vi esse ano foi alguem andando mais que o carro. Algo que o Alonso fez muitas vezes e mais para tras ate o pernostico Xenna fazia tambem. Do jeito que estao os carros, parece que o cara precisa ser muito muito muito bom para fazer a diferenca. Ou entao precisam de chuva para um destaque.
O Verstappen que me parece ter um futuro interessante tambem nao pilotava mais que o carro. Basta ver o que fazia quando o setup nao ajudava.
Nao sei porque eles nao conseguem transparecer nitidamente quem “anda” mais que o carro. Ou que consiga resultados melhores que o potencial do carro. De novo, Alonso chegava entre os 3 na Ferrari quando era para ser um 6, 7…. (vide Massa)
Caro Michael, permita-me tecer algumas considerações sobre aspectos que você levanta neste seu post, sem qualquer pretensão de mudar a sua opinião ou o seu ponto de vista.
O que é andar “mais que o carro”? Extrair um extra de um carro mal nascido ou fazer pontualmente coisas surpreendentes, obtendo performances épicas, fora do normal? Para mim, andar mais que o carro significa fazer coisas realmente surpreendentes em relação a outros concorrentes, não importando o resultado final da corrida ou do campeonato. Aliás, esse negócio de resultado final espelhado em números (ou pontos) mascara muito a real grandeza de um piloto, visto que o automobilismo é um esporte no qual os competidores dependem vitalmente daquilo que eles tem em mãos, vide Alonso este ano, inclusive SUPERADO em pontos por Button, que, como o espanhol, TAMBÉM teve os seus problemas mecânicos/cibernéticos/térmicos/eletrônicos, (e muitos até atribuem o fato de eles terem sido menores do que os de Alonso em função da pilotagem mais suave do britânico, mas isso é assunto para outro debate).
Voltando ao tema “andar mais que o carro” acho que não dá para comparar muito os carros que “Xenna” pilotava – analógicos/mecânicos e TOTALMENTE pilotados por ele MESMO e seus colegas da época – COM OS CIBERNÉTICOS CARROS DE HOJE, que são dirigidos em grande parte por uma estupenda retaguarda de técnicos e engenheiros que beira à ficção científica, e sem a qual os pilotos hoje em dia não conseguem dar uma volta sem o seu apoio, tal a complexidade da coisa. No entanto, vou fazer uma concessão e TENTAR fazer uma comparação RELATIVA: Piquet, por exemplo, andou MAIS que o carro naquela ultrapassagem que fez em Senna na Hungria em 86, com meios mecânicos semelhantes. Prosseguindo a comparação RELATIVA, já Alonso em situação bem parecida, em 2010 não conseguiu ultrapassar PETROV (que estava em sua primeira temporada na F 1), ambos dispondo de equipamento tecnologicamente parecido, bem mais assemelhado ao que temos hoje em 2015 (refiro-me à retaguarda de apoio). E aqui cabe até um parêntese para se constatar que Kobayashi SIM – em condições semelhantes – conseguiu a proeza de andar mais que o carro em 2009, um ano antes portanto, quando, naquele mesmo traçado de Abu Dhabi, considerado de ultrapassagem IMPOSSÍVEL, conseguiu ultrapassar Button com facilidade. Está no Youtube, pra quem quiser ver.
Considero Alonso um piloto genial, fora-de-série, e inclusive NÃO me alinho entre aqueles que o apedrejam acusando-o de ser campeão em cima de Schumacher apenas em função dos Michelin e dos amortecedores de massa. Nada mais equivocado do que pensar assim. E mais: não troco os 2 títulos de Alonso pelos 4 de Prost, que era uma tragédia na chuva, ao contrário de Alonso. Vejo Alonso com capacidade de extrair coisas inacreditáveis de carros fracotes (foi capaz de vencer outra vez – mas desta feita legitimamente – com aquele anêmico Renault naquele mesmo ano do Cingapuragate). Reputo Alonso como um piloto de uma capacidade de adaptação a qualquer carro superior à de Lewis e à de Vettel – vide o naufrágio à la Titanic de Vettel logo que ele se viu sem os difusores soprados em 2014, e as dificuldades iniciais que Hamilton teve com o tipo de freios na Mercedes em 2013, quando não tinha confiança neles por serem bem diferentes daqueles aos quais estava acostumado na McLaren).
Mas não vejo Alonso como um piloto que anda mais que o carro quando isso é imprescindível, ou capaz de extrair velocidade extra de um carro perfeito, como o fazem Vettel e Hamilton (remember Bahrein 2014). Aliás, acredito que Hamilton e Alonso também teriam sido tetracampeões com aqueles Red Bull que Vettel pilotou, porém NÃO COM AS MESMAS ESTATÍSTICAS SUPERLATIVAS que o alemão obteve: Hamilton por não ser tão e frio e preciso quanto Vettel, e Alonso por lhe faltar velocidade na mesma intensidade que Vettel a tem (aqueles Red Bulls requeriam IMPRESCINDIVELMENTE a pole position para poderem vencer, pois andavam bem menos que os outros nas retas , além de que necessitavam vitalmente de ar limpo na frente).
Quanto a Verstappen, dentro daquela tese de coisas excepcionais e surpreendentes, eu acho sim que ele andou mais que o carro em várias ocasiões (considerando-se ser esta temporada de F 1 a PRIMEIRA que ele faz COMPLETA NO AUTOMOBILISMO, VINDO QUASE DIRETO DO KART, SEM CONHECER NENHUMA DAS PISTAS, e, além de TUDO ISSO, ter sido empurrado por um ANORÉXICO MOTOR RENAULT – veja o que disse Allan McNish, que não é um comentador de sofá como eu, MAS duas vezes vencedor NA GERAL das 24 Horas de Le Mans e hoje um “pundit” da BBC, a propósito da ultrapassagem de MAX a mais de 185 milhas por hora, POR FORA, na Blanchimont, sobre NASR:
“That was big,” he said. “It is the first time in my life I have ever seen someone go around the outside of someone at Blanchimont”.
http://www.bbc.com/sport/formula1/34938970
Verstappen fez inúmeras, surpreendentes, belas e inesperadas ultrapassagens, mas aquele lance em que ele conseguiu “se contrabandear” atrás de Vettel em Mônaco para superar um adversário, a ultrapassagem sobre o encardido Pérez em Interlagos e o banho que deu em Nasr na Blanchimont foram realmente OUTSTANDING. Na minha opinião, andou mais que o carro (equipado com o anoréxico Renault, volto a lembrar).
Um abraço!
Kro AUCAM! Divagando em seu comentário, vc me faz (no fundo tenho este sentimento) pensar que, a trinca-de-ferro (Alonso, Hamilton e Vettel) tem qualidades que lhe são peculiares e deficiência em outros campos. Juntando então estas virtudes nós teríamos com certeza um super-piloto (ou superdotado) que jamais a F1 viu (?). Ainda nesta consideração, parece que o Verstappinho talvez seja este “supra-sumo” ou a soma das habilidades desta trinca-de-ferro. Vejo sim o Verstappen-Jr com grande possibilidade de marcar a categoria como um dos grandes. Não só estabelecendo ou batendo records más com uma pilotagem magnífica de encher os olhos. Compartilho com vc a expectativa desta nova estrela que desponta no automobilismo mundial. Ah! Sem deixar de fazer uma menção honrosa do Carlos Sainz.
Sim, caro BRAZ, é verdade, teríamos um HIPERPILOTO, pois superpilotos Alonso, Hamilton e Vettel já são. Aliás, eu ouso até mais que você, pois sempre os chamo de TRIO DE OURO (ou seria TRIO DE AÇO)? Quando eventualmente faço alguma crítica a algum deles é em relação aos outros dois, numa comparação entre gênios. E você sabe, BRAZ, como tem gente que nega essa genialidade a todos três, ora a um, ora a outro. Acho que esses críticos não refletem, não conseguem ter percepção histórica, apegados talvez a saudosismos que não se sustentam.
Quanto ao VERSTAPPINHO, não espero dele outra coisa a não ser grandes, épicas e inesquecíveis performances, e as veremos em número maior assim que ele tiver nas mãos um grande carro com um grande motor, pois, como eu frisei e é óbvio, o automobilismo é um esporte onde o competidor depende vitalmente do seu equipamento, haja vista os dois campeões nessa lamentavelmente melancólica McLaren. Além de todos aqueles extraordinários fatores que apontei lá em cima, quero referir-me a outro, que esqueci: o precoce amadurecimento para um menino que correu a maior parte da temporada com apenas 17 anos! MAX nasceu para ser grande, basta ver o que se dizia e se escrevia sobre ele quando AINDA ESTAVA NO KART e já assombrava todo mundo. Aliás, a mãe dele – exímia kartista – conseguia vencer até Jarno Trulli, Giorgio Pantano e outro ex-F 1 que não recordo agora (branco da idade, rsrsrs).
O tempo dirá a dimensão da grandeza de Max Verstappen, mas que ninguém se deixe iludir por números e estatísticas, pois o que faz uma lenda são as performances épicas. Lendas perpassam os tempos, ao contrário de estatísticas e recordes, que são estabelecidos para serem superados e inexoravelmente o serão. Veja que já estamos diante da possibilidade real de termos mais um TETRACAMPEÃO – Hamilton, que juntamente com Vettel, ofuscarão com seu brilho e sua completude Prost, (pois além de serem completos, já caminham para ter mais números), ao contrário do “Professor” que era uma tragédia na pista molhada e que precisará de Ayrton Senna para ser lembrado junto com Vettel e Hamilton – este no caso de conquistar o tetra (de antemão, esclareço que sou piquetista convicto).
Grande abraço!
E vou fazer um PS para Carlos Sainz Jr., que também tem muito potencial e foi e é um excelente parâmetro para o Verstappinho, pois, ao contrário de Max, o espanhol já chegou à F 1 com QUATRO anos de bagagem de automobilismo, com dois títulos (Renault 3.5 e 2.0), tendo passado pela Fórmula BMW, F 3 e até a GP 3. Esta de 2015 foi a quinta temporada COMPLETA de automobilismo para Sainz Jr., enquanto para Max foi apenas a PRIMEIRA completa. Acho que esses dois brigarão muito entre si no futuro.
Caro BRAZ, veja essa questão relativa à capacidade de adaptação, sobre a qual sustento que Alonso é melhor que Hamilton e Vettel – mas tem menos velocidade natural que eles (remember aquela “draga” da Ferrari – em 2011, se eu bem lembro):
http://www.autoracing.com.br/f1-hamilton-eu-perdi-meio-segundo/
O carro da Mercedes é infinitamente superior à todos os demais, por isso a temporada do Vettel foi espetacular. Conseguiu se enfiar entre Hamilton e Rosberg em algumas provas, venceu 3 Gps, fez pole. Fez a Mercedes mudar as estratégias algumas vezes. Foi impecável em 17 das 19 provas, errou apenas no Bahrein e no México. Vejo o alemão vindo muito forte para o ano que vem, quem sabe para brigar pelo título de pilotos. Quanto ao campeonato de construtores, será mais um passeio das flechas de prata em 2016.
Palavras do Hamilton:
“Eu poderia apontar o problema, mas não vou dizer o que é. Digamos apenas que o acerto do carro mudou bastante”
Pois éh kro AUCAM! Como tu bem observaste, o Hamilton tem mesmo uma boa-dose de dificuldade de se adaptar quando há importantes mudanças. Nesta postagem ele disse que estará mais presente na fábrica neste final de ano e início de 2016 (coisa que ele não vinha fazendo nestes últimos-tempos). Agora posso lhe afirmar que esta decisão significa que: o Rosberg vai levar outro-passeio em 2016 porque o Hamilton terá agora tempo para assimilar e se adaptar ao W07. Então, se a Scuderia não der um carro competitivo pro Vettel, será o ano-do-tetra do admirável-Hamilton.
Tudo indica que foram mudanças na suspensão dianteira, que mexeram no comportamento do carro em freadas. E já vimos por aqui como o estilo de pilotagem de Hamilton é bastante dependente de confiança nos freios.
Então, caríssima Julianne se puderes me responda: Por que a Mercedes decidiu mudar a concepção da suspensão sabendo que iria prejudicar em muito a pilotagem do Hamilton?
Porque entendeu que essa era a resposta que eles tinham de dar ao menor limite de pressão de pneus, caso contrário correriam o risco de viverem mais etapas como Cingapura.
E principalmente isto comprova que de fato o Alonso tem mais capacidade de se adaptar a qualquer bólido do que os seus outros dois oponentes (Vettel e Hamilton). Torço muito para que a Mclaren-Honda possam acertar a mão para 2016 para o bem da F1.