Mônaco é mesmo um lugar propenso a gerar surpresas. Mas, neste sábado, o resultado incomum não fez favor algum ao campeonato: Lewis Hamilton adotou uma estratégia no mínimo questionável no Q3 e fez com que uma pole position, que se desenhava como uma clara possibilidade, após o inglês liderar o Q1 e o Q2, se tornasse um nono lugar.
Não dá para entender porque a McLaren decidiu fazer apenas uma tentativa no final do Q3 num circuito em que problemas com o tráfego e bandeiras amarelas/vermelhas são comuns. Pensando em economizar pneus super macios em uma prova na qual isso não se desenha como tão importante – espera-se que os ponteiros façam apenas duas paradas – o time jogou a classificação no lixo. Além disso, no circuito em que ela deveria ser priorizada.
Após uma tentativa frustrada pelo tráfego de Felipe Massa, Hamilton acabou tendo uma segunda chance, com a bandeira vermelha de Perez, mas a McLaren errou novamente: no afã de fazer com que seu piloto tivesse pista livre, recolocou-o em primeiro na “fila de espera” para o reinício da sessão, mas cedo demais, o que fez com que as temperaturas de freio e pneus caíssem de forma acentuada.
A sequência de erros do time que mais bem tem aproveitado as oportunidades em termos de estratégia, somada a mais uma tarde apática de Mark Webber, deixaram o caminho livre para Sebastian Vettel fazer sua quinta pole do ano e 20ª da carreira, igualando Fernando Alonso, mas com 95 largadas a menos.
Houve várias estratégias sendo utilizadas no Q3 de Mônaco. A tentativa única de Hamilton, duas voltas rápidas para cada saída ou apenas uma, alguns reabastecendo o carro entre ambas as saídas, outros não (como a Ferrari). Salvou-se quem atacou a primeira volta lançada como se fosse a última.
Com um Q3 tão movimentado, algumas supresas – elas de novo! – ficaram esquecidas. As Renault, perdidas com os pneus super macios, tiveram péssimo rendimento e pararam no Q2. Isso abriu caminho para os novatos Perez e Maldonado, que andaram melhor que seus companheiros com frequencia durante o final de semana. O venezuelano aliás, com uma tocada bonita de ver no Principado.
http://youtu.be/pAdsC-g75AM
Outro novato que superou o companheiro – este, um especialista de Mônaco – foi Di Resta, por três milésimos!
Com o resultado de hoje, caiu mais um zero no placar entre os companheiros, o de Michael Schumacher, que não se deixou levar – disse que foi um resultado atípico pela bandeira vermelha. E, por 38 milésimos, Trulli não conseguiu fazer frente a Kovalainen. Com as Hispania fora da classificação, o italiano junta-se a Karthikeyan e Massa entre os que ainda não superaram os parceiros de time na temporada. A “seca” do piloto da Ferrari vem desde o GP da Bélgica – 11 provas – e o de Jarno, desde Abu Dhabi.
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