F1 A chegada à F1 e o primeiro grande ídolo da Lotus - Julianne Cerasoli Skip to content

A chegada à F1 e o primeiro grande ídolo da Lotus

A história da quarta equipe mais vencedora de provas e títulos da Fórmula 1 começou em 1952 com a criação da empresa Lotus Engineering em Hornsey, na Inglaterra. Dois anos depois nascia a equipe Lotus, responsável por cuidar do time nas pistas. Depois de alguns anos disputando provas em outras categorias, como às 24 horas de Le Mans e a Fórmula 2, em 1958 eles estrearam na Fórmula 1 no Grande Prêmio de Mônaco com Graham Hill e Cliff Allison no volante dos dois carros da equipe.

Innes Ireland Watkins Glen Lotus
Innes Ireland em Watkins Glen

A primeira vitória da equipe, no entanto, só aconteceu em 1961, na corrida dos Estados Unidos com Innes Ireland. Porém, um carro Lotus já havia vencido antes na categoria, mas pela equipe Rob Walker Racing Team. Foi no GP. de Mônaco de 1960 com Stirling Moss ao volante. Essa foi, inclusive, a primeira e única vez na história que uma equipe que comprava seus carros junto a outra chegou ao lugar mais alto do pódio.
Mas foi em 1963 que eles se tornaram realmente grandes. Sob o comando de Jim Clark, a equipe conquistou sete vitórias das dez provas da temporada. Foi um domínio impressionante e o segundo colocado no campeonato, Graham Hill da BRM, marcou apenas pouco mais da metade dos pontos de Clark. No ano seguinte, eles estavam novamente na briga, mas perderam o título por apenas 1 ponto para John Surtees, da Ferrari.

jim clark lotus 1965
Jim Clark, após a vitória na Alemanha, comemorando o segundo título

Em 1965, lá estavam eles novamente na briga pelo título. Jim Clark venceu seis das dez provas da temporada e novamente venceu com uma vantagem esmagadora para Graham Hill. A equipe passou então por vários problemas no anos seguintes, relacionados a segurança, e vários pilotos sofreram graves acidentes, inclusive alguns chegaram a morrer. A grande tragédia da história da equipe foi a perda, justamente, de Clark, numa prova de F2. A suspeita é de que um pneu furado tenha causado o acidente. Mesmo assim, Chapman tomou as dores da morte do amigo e chegou a cogitar abandonar as pistas. Isto não evitou, contudo, que eles conquistassem mais um título, em 1968 com Graham Hill, que, numa disputa emocionante contra Jackie Stewart, levou o campeonato por 12 pontos de diferença.

No próximo e último capítulo deste especial vamos tratar das décadas de 70 e 80, com Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna, além, é claro, de explicar a atual confusão envolvendo o nome da equipe.

3 Comments

  1. Clark é um capítulo à parte, que piloto! Fenomenal! Vendo a estrutura dos carros, não tem como não se lembrar do post de ontem, afinal segurança era algo bem distante nos carros da época, basta ver os capacetes abertos, que loucura. Tendo em vista as velocidades superiores aos 200 km/h, aliadas as pistas perigosas e materiais estruturais frágeis, foi um coquetel destruidor. Correr nessa época, além da paixão, necessitava-se de uma grande dose de coragem e insanidade.

    • O Clark tinha tudo pra se transformar no melhor de todos os tempos. Pena que morreu novo, aos 31, e só podemos imaginar o que poderia ter sido. Ele venceu 34.72% das corridas que disputou, o que deve ser a melhor média da história – a do Schumacher é de 33% e de Senna e Prost, de 25%.


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