F1 A hora e o lugar da reação de Felipe Massa - Julianne Cerasoli Skip to content

A hora e o lugar da reação de Felipe Massa

Aproveitando a semana do GP Brasil, o FasterF1 inicia uma parceria com o Café com F1. A quatro mãos, traremos análises mais detalhadas e maior volume de informações.

Felipe Massa disputa o GP Brasil pela 1ª vez depois da dramática decisão do campeonato de 2008 com algo a provar. O brasileiro é o único das 3 equipes de ponta que está fora da disputa pelo título, depois de um ano de poucas alegrias.

Momentos como esse não são novidade na carreira do piloto, que faz sua 5ª temporada na Ferrari, tem um vice e um 3º lugar no campeonato. Estreante na Sauber, em 2002, Felipe mostrou-se tão rápido quanto irregular, e acabou demitido no final do ano. “Adotado” pela Scuderia e agenciado pelo filho de Jean Todt, Nicolas, Massa voltou como piloto titular do time suíço em 2004. Amadureceu. Dos 4 pontos conquistados no 1º ano, fez 12 em 2004 e 11 em 2005. No ano seguinte, foi “promovido” a companheiro de Schumacher na equipe italiana.

Desde então, mesmo guiando de maneira competente, já teve que responder muitas vezes sobre sua possível saída da Ferrari. E sempre deu a volta por cima.

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Foi assim quando teve que provar que poderia vencer na Ferrari de Schumacher. Quando foi relegado ao posto de 2º piloto de Raikkonen. Quando o finlandês falhou e coube a ele ser o candidato da Scuderia ao título. Quando sofreu um acidente que poderia ter-lhe tirado a vida e provou que tinha condições de voltar.

Os companheiros de Massa na Ferrari

Schumacher Raikkonen ** Alonso
Classificação 13 x 4 20 x 25 13 x 4
Corrida* 11 x 4 14 x 17 12 x 4
Pontos 121 x 80 217 x 191 93 x 67***

* abandonos não são considerados.

** somando-se os resultados de 07, 08 e 09.

*** traduzindo para a pontuação antiga. Na atual, são 231 x 143

Massa e Alonso

Mas, em 2010, Felipe enfrenta talvez seu pior rival. Não é mais um Schumacher em final de carreira ou um Raikkonen que nunca replicou na Ferrari o desempenho que tinha na McLaren. É Fernando Alonso, com 29 anos, no auge, extremamente motivado depois do calvário da McLaren e da reclusão na Renault. Um piloto calculista dentro das pistas, agressivo fora delas.

Para piorar, Felipe teve problemas com os pneus. A Ferrari, apostando num carro que fizesse a borracha durar, projetou um F10 que dificulta seu aquecimento. Com 31 pontos de desvantagem já na metade do campeonato e levando em média 0.4s nas classificações, Massa foi relegado a escudeiro de Alonso já no GP da Alemanha, o 10º da temporada.

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Uma decisão injusta? Prematura? Dentro do pragmatismo ferrarista, não se pode brigar com os fatos. Nas 90 sessões em que Massa e Alonso estiveram juntos na pista, o espanhol foi o mais rápido em 85,5% das vezes, ou 77 contra 13.

Treino livre 1: 12-4 (75%)

Treino livre 2: 16-1 (94%)

Treino livre 3: 14-1 (93%)

Q1: 15-1 (96%)

Q2: 10-4 (71%)

Q3: 10-2 (83%)

Não por acaso, Alonso chega a Interlagos como líder do campeonato, enquanto Massa é um distante 6º. Fica claro que o espanhol conseguiu contornar as imperfeições do F10. Resta saber se, ano que vem, o 1º em que fará parte do desenvolvimento desde o início, ele e Felipe começam zerados ou se é melhor o brasileiro procurar outra casa.

Massa e Interlagos

Não há hora melhor para Massa reagir. O piloto parece ter uma relação especial com Interlagos. Aqui, conquistou sua 2ª vitória na categoria, a 1ª de um brasileiro em casa desde Ayrton Senna, em 2006. No ano seguinte, teve que ceder o 1º lugar a Raikkonen, para que o finlandês fosse campeão do mundo, mas dominou a prova de maneira convincente.

Em 2008, era seu momento de decidir o campeonato. Novamente sem adversários, venceu de ponta a ponta, mas ficou a um ponto de garantir o título.

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Após não participar do GP Brasil de 2009 por estar se recuperando do acidente da Hungria, Felipe tem tudo para brilhar novamente em Interlagos. Seu passado no circuito, um carro competitivo e sua combinação de pneus favorita (médio e super macios) são os ingredientes perfeitos para que ele mostre que 2010 é só mais um dos momentos de provação por que passou na carreira.

No entanto, o brasileiro não pode esquecer que é seu companheiro quem está na luta pelo campeonato. Ao ser questionado nesta quarta-feira (03) se cederia a vitória a Alonso caso o espanhol estivesse atrás dele no fim da prova, Massa reafirmou o profissionalismo e disse que trabalharia para ajudar a equipe conquistar o título. Veja no vídeo:

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