Numa corrida em que o cérebro contou mais que o pé, os dois pilotos mais “estratégicos” do grid lutaram décimo a décimo em busca de lucrar com os dias pouco produtivos dos líderes do campeonato. Mesmo depois de uma largada a lá Vettel, Fernando Alonso se recuperou para, com um tempo total de perda de box 8 décimos mais rápido e um ótimo trabalho nas voltas logo antes e depois da parada – Schumacher, alguém? – vencer seu 1º GP na casa da Ferrari, com direito a pole e volta mais rápida.
Muitos estranharam o fato do asturiano não parecer muito preocupado com o desastre da Bélgica. Finalmente, sua crença de que a má sorte se divide entre os concorrentes ao título de forma igual fez algum sentido hoje, com o abandono prematuro de Hamilton – que, pela meia volta que completou, prometia fazer uma corrida daquelas – e o 6º lugar (e outra má largada) e Webber.
Em época de muita discussão acerca de ordens e táticas de equipe, uma decisão no mínimo interessante da Red Bull. Depois de Webber passar Vettel na pista, o time inverteu as posições modificando a estratégia do alemão – que, parando na última volta, mostrou que a Bridgestone foi muito conservadora na escolha dos pneus. Ao invés de pensar em aumentar a liderança do australiano no campeonato e maximizar seus pontos num dia em que Hamilton não completou, preferiu manter o protegido na luta pelo título.
No mais, grande corrida de Rosberg, em 5º, coroando um belo final de semana, enquanto Hulkenberg dá outra mostra do legado de Schumi na F1. O alemãozinho cortou a chicane, pelo que a transmissão mostrou, 3 vezes, para permanecer à frente (repetindo o mestre na Hungria, em 2006) e espremeu Webber o tanto que pôde para segurar a posição. Como Schumi – e Hamilton, muitas vezes – sempre flertando com os limites do aceitável. Deu certo. Terminou num 7º posto, à frente de Barrichello.
2 Comments
Seu título para este post não poderia ter sido mais perfeito.
a parada de vettel mais tardia, colocou a ordem na empresa.