F1 As 5 melhores corridas da era Pirelli - Julianne Cerasoli Skip to content

As 5 melhores corridas da era Pirelli

É normal que corridas com reviravoltas, ora trazidas com a chuva, ora com oportunidades geradas pelo Safety Car, sejam emocionantes e inesquecíveis. Provas como em Abu Dhabi e Brasil em 2012 ou Canadá em 2011 estão certamente entre as mais movimentadas dos últimos 20 anos na F-1. Mas a grande valia da Pirelli nestas duas temporadas em que atendeu aos anseios de fornecer pneus menos duráveis foi trazer grandes disputas a GPs “normais”. Sem Safety Car ou água e quebrando a cabeça dos estrategistas, eis minha lista das cinco melhores provas da Pirelli nestes dois anos. Esqueci alguma?

1º GP do Canadá de 2012

Qual não deve ter sido a surpresa de Lewis Hamilton quando ouviu do engenheiro, tentando manter a fleuma britânica: “Continue forçando, acreditamos ser possível que eles não parem.” Era uma referência a Alonso e Vettel que, ao contrário do que esperava a McLaren, não haviam coberto o segundo pit do inglês. E Hamilton sentou a bota. Percebendo o erro, a Red Bull parou Vettel, mas era tarde demais, pois o alemão só escalou até a quarta posição. Alonso arriscou ir até o final e fechou em quinto. Enquanto isso, fazendo uma estratégia inversa em relação aos compostos usados pelos líderes, Perez e Grosjean escalaram o pelotão para terminar em segundo e terceiro.

2º GP de Mônaco de 2011

Costuma-se apontar as ultrapassagens como grande exemplo do tipo de emoção que a Pirelli ajudou a devolver à Fórmula 1. Porém, elas são resultado de algo ainda mais marcante: a abertura do leque de estratégias. E um grande exemplo disso foi o GP de Mônaco de 2011. Mesmo em um ano dominado por Sebastian Vettel, a Red Bull se colocou em posição de risco e, ajudada por uma bandeira vermelha providencial, acabou saindo vitoriosa nas ruas de Mônaco. Mas não dá para esquecer as emocionantes voltas em que Vettel, que se segurava com uma parada, Alonso, após duas trocas, e Button, voando na tática de três pit stops, andavam pelo sinuoso circuito como se fossem um só.

3º GP da China de 2012

Pilotos adotando estratégias diferentes, de três ou duas paradas, fizeram com que o GP da China chegasse ao seu final com boa parte do top 10 indefinida. Nada que tenha atrapalhado o vencedor Nico Rosberg, que dominou a prova, mas a mão de obra foi grande para pontuar. “Teve uma hora em que éramos oito na reta”, contava Button após chegar em segundo, em corrida na qual Felipe Massa e Kimi Raikkonen andaram entre os primeiros até sofrerem com o desgaste excessivo nas voltas finais. Enquanto isso, na mesma estratégia, Vettel pulou de 15º a 5º. Para se ter uma ideia, 12s7 separaram do terceiro ao décimo, após duelo incrível nas últimas voltas.

4º GP da China de 2011

Formula1 2011 Chinese Grand Prix Official Race…

Na terceira corrida da Pirelli após o retorno, Lewis Hamilton abriu definitivamente a porta para um tipo de estratégia que andava esquecido nos tempos de ultrapassagens difíceis: parar mais vezes que os adversários e confiar no ritmo mais rápido para batê-los. Apesar de muitas vezes as simulações apontarem que esse é o caminho mais rápido, é fundamental que o piloto se livre rapidamente do tráfego, como fez Hamilton em Xangai naquela tarde em que, por pouco, não largou por um vazamento. Tudo começou a funcionar no sábado, quando Lewis, percebendo que não brigaria pela pole, poupou um jogo de pneus macios. Vale lembrar que o inglês superou, na pista, Rosberg e Button que estavam na mesma estratégia que ele, além de Massa e Vettel, com pneus mais desgastados – sempre fora da zona de ultrapassagem. Prova de que a Pirelli é mais efetiva para tornar as corridas emocionantes do que qualquer outro aparato de regulamento complicado.

5º GP do Japão de 2011

F1 2011 Japanese Race Edit Official [HD]

Na frente, Vettel, Alonso e Button fizeram uma guerra estratégica vencida por quem conseguiu equilibrar melhor a economia de pneus x velocidade. Curiosamente, Vettel acabou selando seu bicampeonato mundial em uma das poucas provas em que não conseguiu impor a vantagem obtida na classificação. No final das contas, dois segundos separaram os três primeiros – e isso, sem a necessidade de chuva ou de Safety Car. Como se não bastasse, Hamilton, Webber e Massa travaram outra batalha à parte por grande parte da prova, mostrando que, naquela tarde japonesa, não havia muito entre Red Bull, McLaren e Ferrari. Só a tocada de cada um com os pneus.

5 Comments

  1. Só trocaria Mônaco 2011 por Turquia ou Malásia 2011. De resto, perfeito.
    Ótimo post!
    Bj

    • Quando falei Mônaco, quis dizer Japão.

  2. E o Lewis com duas vitorias e protagonista em no mino 04

  3. Até hoje não me conformo com a bandeira vermelha em Mônaco 2011, a disputa Vettel x Alonso x Button naquelas condições teria sido histórica

  4. Me lembro que a bandeira vermelha em Mônaco 2011 foi um anticlímax. Não me lembro bem, não sei se foi no Bahrein, China, sei lá, mas no final da prova foi uma chuva de ultrapassagens e, em uma tomada de câmera rápida, em uma curva, Perez, Alonso e Maldonado dividiam a mesma a mais de 200 por hora, enquanto havia luta pelas primeiras posições, hehe, tudo isso na última volta, emocionante!


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