O ano começou com quatro vagas em potencial nas equipes grandes, pois Mark Webber, Felipe Massa, Lewis Hamilton e Michael Schumacher tinham contratos até o final da temporada. Destes, apenas o primeiro confirmou a renovação até agora e, por mais que muita gente se agite para mudar as peças – principalmente depois que Eddie Jordan, provavelmente abastecido por Ecclestone e XIX Management, abriu de vez as porteiras para as especulações que colocam Hamilton na Mercedes – o mais plausível no momento é que tudo continue como está.
Porém, o mais curioso de acompanhar a onda de boatos é a dificuldade em encontrar substitutos para estes pilotos de equipes grandes. Mesmo sabendo, por exemplo, que Massa não vem fazendo um grande trabalho na Ferrari há algum tempo ou que Schumacher está próximo da aposentadoria, não dá para cravar que haja alguém no grid com todas as credenciais para superá-los.
Nos últimos anos, quando a Ferrari precisou, havia um Alonso pronto para se tornar o líder de que a Scuderia pressentia. Quando a McLaren quis, Button estava louco para se livrar do barco furado da Brawn/Mercedes.
Há, claro, Kimi Raikkonen, mas o finlandês não saiu morrendo de amores pela McLaren, e muito menos pela Ferrari. Um retorno a um dos times grandes muito provavelmente estaria relacionado à flexibilidade do contrato como, aliás, já foi o caso na época de Maranello.
Fora o campeão de 2007, o grid conta com uma série de apostas e alguns que já tiveram suas oportunidades e não vingaram. Sergio Perez tem apenas 22 anos, grandes atuações no currículo relacionadas a sua capacidade de andar forte economizando pneus, mas peca em classificações e não goza exatamente do amor de sua equipe, a Sauber, no trato interno. Tanto, que as informações correm rápido e a Ferrari vem dando indicativos há algum tempo de que vai deixá-lo em banho-maria.
A Sauber é daquelas equipes que dão a impressão de que, com o carro que tem, deveria obter resultados melhores e de maneira mais constante. O mesmo ocorre com a própria Lotus e, especialmente, com a Williams. Todas elas têm o ano marcado por erros ou pelo menos oportunidades perdidas dos pilotos, seja em classificação, largadas ou incidentes durante as corridas. Na Toro Rosso, até pela renovação adiantada de Webber, a impressão é de que a dupla ainda está verde demais para voos mais altos.
Não é por acaso que os nomes mais fortes no mercado das especulações hoje venham da Force India, com Nico Hulkenberg e Paul Di Resta, e da Caterham, com Heikki Kovalainen. Nenhum deles, no entanto, deixa de ter seu porém. Estaria Hulkenberg pronto – e qual seria sua relação contratual com atual time? – teria Di Resta mostrado o bastante, após bons inícios de temporada, mas batido por vezes demais por seu companheiro, seja o alemão de hoje ou o do ano passado, Adrian Sutil? E Kovalainen, já não desperdiçou sua chance na McLaren?
Não é de se estranhar essa demora na definição dos postos mais importantes. Ainda que o pelotão tenha qualidade, sobra diamante bruto no grid. E quando falamos nos times que constantemente lutam por vitórias e por fortunas no Mundial de Construtores, a coisa se afunila.
18 Comments
Com certeza issa bizarrice acontece pela falta de treinos com os guris. Pena.
Pois é, parece haver uma certa desconfiança quanto à essa nova geração.
Julianne isso se deve a que ? Falta de testes ? Falta de talento ? Falta de apoyo psicologico ? Necessidade de $ antes de tudo ?
Espero que nao me matem por perguntar mas :
Nao seria o Barrichello ainda uma boa opcao por exemplo ?
By the way li a entrevista do Cristiano da Matta e minha pergunta eh o que raios o Mike Gaskoyne segue fazendo na F1 ??
Obrigado
cara, acho que o Gascoine está por aí até hoje porque por mais que ele tenha avacalhado com o projeto da toyota (e sou puto com ele por ele ter queimado o Cristiano no processo), são poucos os que têm o know how necessário pra F1. Olha aí o(s) cara(s) envolvido(s) na espionagem McLaren/Ferrari de volta ao trabalho…
Bela observação, e o pior é que o Coughlan deve ser bom mesmo, já que a Williams melhorou após sua chegada. Gascoyne é um mistério para mim, mas já está meio escanteado na Caterham ao que parece. E as atitudes no tempo de Toyota foram inomináveis, tipo fazer commute Inglaterra-Colônia de avião
Não mato o Fernando pela pergunta e ainda lembro que, em 2009/2010, a primeira opção da McLaren era o bom e velho Barrica. Mas ele, sempre apostando no cavalo errado, já tinha assinado com a Williams. Só então, convidaram o Button.
É mesmo, LG, o Fernando lembrou bem. Mas o barrichello sempre teve o timing meio errado… Tirando o caso da Brown, mas ele tava no desespero, e mesmo com aquele carro ele teve problemas com as especificações de freio, e quando mudaram pro que ele queria, mesmo passando a andar mais que o Button, já era meio tarde no campeonato…
Mas será que é correta essa sua info? Porque na Mclaren em 2009/2010 o natural seria mesmo o Button ser o contratado, e não o Barrichello. Teve o convite antigo, da época da Jordan, mas o próprio explicou que o contrato não garantia que ele seria piloto titular, então não assinou, e acabou na Ferrari.
mas o problema é que hoje o Barrichello tá tipo a música/disco do Jethro Tull: “too old to rock and roll, too yung to die”. mas eu acho que ele ainda daria um caldo, a Williams estaria bem melhor com ele no lugar o Senna ou do Maldonado, por exemplo.
Concordo com você, Pedro. Uma pena o Barrichello não ter pego esse carro da Williams. Quanto à info de 2009/2010, foi divulgada pelo próprio na época e apurada pelo Felipe Motta. O plano do Ross Brawn era uma dupla Button-Rosberg na Mercedes. Inclusive, lembro de falarem muito que o Schumacher não se adaptou àquele carro que teria sido projetado com o estilo do Button em mente. Mas enfim, o passado é passado… rs
De todos esses, vejo o Paul di Resta o piloto mais bem preparado, seja pela constância, velocidade e por não se envolver em acidentes com frequência. Se não fosse sua ligação íntima com o pessoal da Mercedes, acharia ele a peça mais provável para encaixar no sistema da Ferrari. Um piloto rápido e que saberia lidar bem com o Alonso, sem entretanto ameaçá-lo na liderança da scuderia. Sutil? Não sei… apesar de rápido, vejo que um retorno é difícil para quem não é piloto “top”.
Julianne,
Penso que na maior parte dos casos deve continuar tudo como está, à exceção de uma eventual nova aposentadoria de Schumacher. Para a vaga dele não me surpreenderia se fosse Sérgio Perez, que já admitiu há algum tempo manter contatos com equipes melhores que a Sauber e ainda por cima tem Carlos Slim apoiando-o. Lembro também que Grosjean e Raikkonen tem contratos que terminam este ano, mas que devem ser renovados sem maiores surpresas. Massa – por motivos óbvios e já exaustivamente expostos e debatidos por todo mundo – é o companheiro ideal para Alonso, que deve até estar fazendo pressão por ele. Talvez Christian Horner consiga encaixar Razia (que merece) na Toro Rosso, no lugar de alguém dessa dupla fraquíssima que está lá, sendo difícil apontar qual o pior. Ecclestone vai ter que encontrar um lugar para Valsecchi, que muito provavelmente deverá ganhar o título da GP 2. Não sei o que Kovalainen ainda faz na F 1, não passou apenas pela McLaren, mas também pela Renault e não emplacou em qualquer das duas, não seria agora que iria surpreender. Di Resta e Hulkenberg encruaram: o primeiro anda sendo batido pelo segundo e este já andou tomando passão (ele próprio, Hulkenberg, admitiu) até de Bruno Senna este ano, que é um piloto de capacidade controversa para muita gente. À exceção daquele brilhareco atípico em Interlagos, Hulkenberg na Williams não conseguiu se impor a um Barrichello em fim de carreira. Mas alguns desses valores novos do meio do pelotão são realmente muito rápidos, o problema é que não podem aspirar a voos mais altos porque tiveram a falta de sorte de serem contemporâneos de Hamilton, Vettel e Alonso, todos três ainda muito jovens e com muitíssimos anos pela frente de pilotagem em altíssimo nível. Por último, se Hamilton for para a Mercedes, o que acho improvável, só vejo dois pilotos dignos de ocupar o seu lugar na McLaren: Raikkonen e Perez. Ambos têm muita velocidade: Kimi é uma realidade e Perez uma grande promessa. Julianne, procedem alguns comentários de que a McLaren estaria oferecendo a Hamilton um salário menor que o de Button?
Julianne,
Penso que na maior dos casos deve continuar tudo como está, à exceção de uma eventual nova aposentadoria de Schumacher. Para a vaga dele não me surpreenderia se fosse Sérgio Perez, que já admitiu há algum tempo manter contatos com equipes melhores que a Sauber e ainda por cima tem Carlos Slim apoiando-o. Lembro também que Grosjean e Raikkonen tem contratos que terminam este ano, mas que devem ser renovados sem maiores surpresas. Massa – por motivos óbvios e já exaustivamente expostos e debatidos por todo mundo – é o companheiro ideal para Alonso, que deve até estar fazendo pressão por ele. Talvez Christian Horner consiga encaixar Razia (que merece) na Toro Rosso, no lugar de alguém dessa dupla fraquíssima que está lá, sendo difícil apontar qual o pior. Ecclestone vai ter que encontrar um lugar para Valsecchi, que muito provavelmente deverá ganhar o título da GP 2. Não sei o que Kovalainen ainda faz na F 1, não passou apenas pela McLaren, mas também pela Renault e não emplacou em qualquer das duas, não seria agora que iria surpreender. Di Resta e Hulkenberg encruaram: o primeiro anda sendo batido pelo segundo e este já andou tomando passão (ele próprio, Hulkenberg, admitiu) até de Bruno Senna este ano, que é um piloto de capacidade controversa para muita gente. À exceção daquele brilhareco atípico em Interlagos, Hulkenberg na Williams não conseguiu se impor a um Barrichello em fim de carreira. Mas alguns desses valores novos do meio do pelotão são realmente muito rápidos, o problema é que não podem aspirar a voos mais altos porque tiveram a falta de sorte de serem contemporâneos de Hamilton, Vettel e Alonso, todos três ainda muito jovens e com muitíssimos anos pela frente de pilotagem em altíssimo nível. Por último, se Hamilton for para a Mercedes, o que acho improvável, só vejo dois pilotos dignos de ocupar o seu lugar na McLaren: Raikkonen e Perez. Ambos têm muita velocidade: Kimi é uma realidade e Perez uma grande promessa. Julianne, procedem alguns comentários de que a McLaren estaria oferecendo a Hamilton um salário menor que o de Button?
Teste. //////////////
Julianne,
Penso que na maior dos casos deve continuar tudo como está, à exceção de uma eventual nova aposentadoria de Schumacher. Para a vaga dele não me surpreenderia se fosse Sérgio Perez, que já admitiu há algum tempo manter contatos com equipes melhores que a Sauber e ainda por cima tem Carlos Slim apoiando-o. Lembro também que Grosjean e Raikkonen tem contratos que terminam este ano, mas que devem ser renovados sem maiores surpresas. Massa – por motivos óbvios e já exaustivamente expostos e debatidos por todo mundo – é o companheiro ideal para Alonso, que deve até estar fazendo pressão por ele. Talvez Christian Horner consiga encaixar Razia (que merece) na Toro Rosso, no lugar de alguém dessa dupla fraquíssima que está lá, sendo difícil apontar qual o pior. Ecclestone vai ter que encontrar um lugar para Valsecchi, que muito provavelmente deverá ganhar o título da GP 2. Não sei o que Kovalainen ainda faz na F 1, não passou apenas pela McLaren, mas também pela Renault e não emplacou em qualquer das duas, não seria agora que iria surpreender. Di Resta e Hulkenberg encruaram: o primeiro anda sendo batido pelo segundo e este já andou tomando passão (ele próprio, Hulkenberg, admitiu) até de Bruno Senna este ano, que é um piloto de capacidade controversa para muita gente. À exceção daquele brilhareco atípico em Interlagos, Hulkenberg na Williams não conseguiu se impor a um Barrichello em fim de carreira. Mas alguns desses valores novos do meio do pelotão são realmente muito rápidos, o problema é que não podem aspirar a voos mais altos porque tiveram a falta de sorte de serem contemporâneos de Hamilton, Vettel e Alonso, todos três ainda muito jovens e com muitíssimos anos pela frente de pilotagem em altíssimo nível. Por último, se Hamilton for para a Mercedes, o que acho improvável, só vejo dois pilotos dignos de ocupar o seu lugar na McLaren: Raikkonen e Perez. Ambos têm muita velocidade: Kimi é uma realidade e Perez uma grande promessa. Julianne, procedem alguns comentários de que a McLaren estaria oferecendo a Hamilton um salário menor que o de Button?
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Julianne,
Penso que na maior dos casos deve continuar tudo como está, à exceção de uma eventual nova aposentadoria de Schumacher. Para a vaga dele não me surpreenderia se fosse Sérgio Perez, que já admitiu há algum tempo manter contatos com equipes melhores que a Sauber e ainda por cima tem Carlos Slim apoiando-o. Lembro também que Grosjean e Raikkonen tem contratos que terminam este ano, mas que devem ser renovados sem maiores surpresas. Massa – por motivos óbvios e já exaustivamente expostos e debatidos por todo mundo – é o companheiro ideal para Alonso, que deve até estar fazendo pressão por ele. Talvez Christian Horner consiga encaixar Razia (que merece) na Toro Rosso, no lugar de alguém dessa dupla fraquíssima que está lá, sendo difícil apontar qual o pior. Ecclestone vai ter que encontrar um lugar para Valsecchi, que muito provavelmente deverá ganhar o título da GP 2. Não sei o que Kovalainen ainda faz na F 1, não passou apenas pela McLaren, mas também pela Renault e não emplacou em qualquer das duas, não seria agora que iria surpreender. Di Resta e Hulkenberg encruaram: o primeiro anda sendo batido pelo segundo e este já andou tomando passão (ele próprio, Hulkenberg, admitiu) até de Bruno Senna este ano, que é um piloto de capacidade controversa para muita gente. À exceção daquele brilhareco atípico em Interlagos, Hulkenberg na Williams não conseguiu se impor a um Barrichello em fim de carreira. Mas alguns desses valores novos do meio do pelotão são realmente muito rápidos, o problema é que não podem aspirar a voos mais altos porque tiveram a falta de sorte de serem contemporâneos de Hamilton, Vettel e Alonso, todos três ainda muito jovens e com muitíssimos anos pela frente de pilotagem em altíssimo nível. Por último, se Hamilton for para a Mercedes, o que acho improvável, só vejo dois pilotos dignos de ocupar o seu lugar na McLaren: Raikkonen e Perez. Ambos têm muita velocidade: Kimi é uma realidade e Perez uma grande promessa. Julianne, procedem alguns comentários de que a McLaren estaria oferecendo a Hamilton um salário menor que o de Button?
Enquanto Hamilton e Vettel já chegaram arrasando e sendo campeões, ao que parece, a nova geração ainda deverá amadurecer mais.
Acho que até pela maneira meteórica que estes ascenderam é que temos criado expectativas demais com os pilotos mais jovens. Pra mim, eles criaram um patamar quase inatingível pra geração seguinte. E olha que tanto Hamilton quanto Vettel sofreram com seus erros quando mais novos na categoria.
Cito
“A Sauber é daquelas equipes que dão a impressão de que, com o carro que tem, deveria obter resultados melhores e de maneira mais constante.”
Muito bem observado Ju, e por isso é que eu acho que tanto o Perez como o Kobayashi não sejam aquilo que se pensan deles. O carro da Sauber é um carro bem nacido que um piloto medio pode levar à vitoria. caso contrario da carroça Willians, que com o maluco Maldonado, tem chegado a posições que não o correspondem no plano real das suas possbilidades. Até os diretivos da William asumen que só chegaram a ser competitivos em 2014.
E sim, o circo melhoraria muito com a liberação de treinamentos. Mas tem tanta coisa errada com essa FIA do caramba, de comisarias truculentas, piloticos mimados e de bibas loucas, que viajam no que deve ser politicagem correta… e quem dice que tem alguma coisa que seja política e seja correta. Maricas. SÁCAMELO!!!
Concordo absolutamente quanto à Sauber, Lotus e Williams.
Mas Di Resta é, sim, um baita bota, assim como Hulk. Formam a dupla mais promissora do grid.